Trata-se do livro O Anticristo, de Monsenhor Augustin Lémann. Não é um livro de ficção, de literatura russa ou coisa que o valha, mas um estudo profundo de um teólogo que prescrutou as Escrituras e delas tirou as informações que lerão aqui.
O autor merece um livro à parte, e no livro fizemos questão de introduzir uma breve biografia que fará entender a envergadura dele e a importância para a Igreja e a Fé Católica. Dele e do irmão gêmeo, Monsenhor Joseph Lémann.
E, a fim de apresentar mais adequadamente o livro, transcrevemos a apresentação que dele consta. Que Deus ilumine nossa leitura a respeito deste tema tão atual:
APRESENTAÇÃO DO LIVRO O ANTICRISTO
Mala tempora currunt. As desordens que convulsionam a sociedade humana hoje, por toda parte e em todos os campos, nos remetem a eventos anunciados há milênios e registrados na Sagrada Escritura. Diante dos eventos que testemunhamos, é necessário buscar, na vasta literatura e na História católicas, subsídios para entender o nosso tempo.
Nessa busca, a Editora encontrou esta obra extraordinária de Monsenhor Augustin Lémann, “O Anticristo”, escrita em 1905, diante da devastadora crise anticlerical na França, como se depreende de uma apresentação da obra em francês, que vale a pena ler[1]: “O Padre Augustin Lémann é confrontado, nos anos de 1900, com uma França recém-saída do ‘Caso Dreyfus’[2], em uma das mais graves crises anticlericais da História: os bens da Igreja são confiscados, a maioria das congregações religiosas é proibida, a Igreja é separada do Estado. Diante desses acontecimentos, o povo crente fala de apostasia. As profecias de ‘Mateus, XXIV’ e de ‘2Tessalonicenses, II’ são relidas. O Padre Augustin Lémann produz sua célebre obra a fim de aclarar a Fé, e para que cada um possa distinguir o que é certo do que é provável ou puramente hipotético”.
A presente obra ganha destaque por ser da lavra de um célebre judeu convertido, dedicado estudioso do Judaísmo, a tal ponto que a conversão se fez cogente, pois, como ele teve oportunidade de dizer em várias ocasiões, não há como estudar as Escrituras e não ser católico, uma vez que o Novo Testamento não muda, mas completa o Antigo. E, ao estudar as Escrituras e os tempos em que vivia, Mons. Lémann se deparou com a figura do Anticristo e com os sinais preanunciados de sua vinda. Escrever sobre isso se fez, então, mister!
Ao lermos o livro, não há como não traçarmos um paralelo com os tempos em que vivemos. Não sabemos nem podemos dizer se nossos olhos testemunharão a vinda do Anticristo, mas os sinais estão cada vez mais claros, os tempos cada vez mais maduros. O que mais explicaria, afinal, tudo o que vemos, ouvimos e lemos?
Esta edição, a primeira em português, foi traduzida da 2ª edição em italiano de 1919, que fora traduzida, por sua vez, do francês, pelo Canônico Benedetto Neri, a “única tradução aprovada pelo Autor”(*).
Tomamos a liberdade de acrescentar algumas informações úteis, como a indicação ou transcrição das passagens bíblicas, com base na versão do Padre Matos Soares, a mais confiável no idioma nacional. Acrescentamos, ainda, informações históricas, para uma melhor compreensão da época em que o Autor viveu e que eram de conhecimento comum dos contemporâneos dele e podem não o ser dos leitores atuais. Os acréscimos – assinalados por NdE: Nota da Editora – estão nas notas de rodapé para não interferir na leitura.
A obra original, em francês, consta de cinco capítulos e começa a partir do Capítulo II da obra italiana; o acréscimo deve ter se dado em uma edição posterior à de 1905, e, por completar a obra, será mantido.
Não foi fácil formar uma biografia do Autor, foi preciso uma vasta pesquisa, nos principais idiomas e em obras que mencionam o Autor ou seus escritos. Um verdadeiro trabalho de garimpo que trouxe à tona um personagem admirável, obras interessantíssimas e tantas riquezas da Igreja que poderá render algum livro à parte, algum dia.
Da edição italiana, copiamos, ainda, para registro histórico, uma carta do Cardeal Merry Del Val ao Autor, as aprovações da 1ª e da 2ª edição e o Imprimatur.
Oferecemos esta obra por nós traduzida e editada à Virgem Santíssima, para a glória de Deus e o bem de todas as almas que buscam a Verdade e o reto conhecimento.
Viva Cristo Rei!
A Editora
Notas:
[1] “Le Portail Catholique Sur Les Fins Dernières. L’Antéchrist”. In www.goo.gl/jXNNxS. 15/11/2017 — NdE.
[2] Em 1894, o judeu Alfred Dreyfus, oficial da Artilharia francesa, foi condenado à prisão perpétua na Ilha do Diabo (Guiana Francesa), por espionagem. Uma revisão do caso (1906) apontou o Major Charles-Ferdinand W. Esterhazy como culpado — Em defesa de Dreyfus, o escritor Émile Zola (judeu, maçom, ateu, libertário, socialista e pornógrafo; no Index Librorum Prohibitorum pelo conjunto da obra; foi um ferrenho contestador da aparição da Virgem em Lourdes) escreveu a célebre carta aberta ao Presidente Félix Faure, intitulada “J’accuse!” (Eu acuso!), publicada no “L’Aurore” (13/01/1898) — Outro defensor de Dreyfus: Theodor Herzl, fundador do Sionismo (nota 106) — NdE.
(*) No livro, constam os nomes das três tradutoras.
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