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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Do batismo de desejo. O Magistério inerrável da Igreja


Do batismo de desejo. 

O Magistério inerrável da Igreja



Acerca do tema do Batismo de desejo ou de fogo, que almas despreparadas (ou heréticas mesmo!) ficam ressuscitando de tempos em tempos, vamos ouvir o Magistério da Igreja. 


Catecismo de São Pio X 


O Catecismo de São Pio X fala claramente sobre isso, na questão 280:
Se o Batismo é necessário para todos, alguém pode se salvar sem o Batismo? 
Sem o Batismo ninguém pode se salvar; no entanto, quando não se possa receber o Batismo de água, basta o Batismo de sangue, isto é, o martírio sofrido por Jesus Cristo, ou o BATISMO DE DESEJO, que é o amor da caridade, desejoso dos meios de salvação instituídos por Deus.

Esta HERESIA de que a Igreja não reconhece o batismo de desejo vem sendo insistentemente propagada pela dupla de irmãos Michael e Peter Dimond, do Mosteiro da Sagrada Família de Fillmore, NY, EUA, com informações falsas ou distorcidas. Neste caso, afirmam três idiotices: 

I. Que o Catecismo da Doutrina Crista de São Pio X, de 1912, não é de São Pio X, mas atribuído a ele. 

II. Que o erro dos que creem no Batismo de Desejo estaria na questão 568 desse catecismo, sendo que esse catecismo só tem 433 questões… 

III, Que a verdade verdadeira estaria na suposta questão 567 do mesmo catecismo que eles dizem ser herético, ou seja, são eles que decidem o que vale e o que não vale no Catecismo de São Pio! 

Bom eles se baseiam no Catecismo de São Pio X de 1905, que, na verdade, foi censurado pelo próprio Papa, o qual, então, escreveu o de 1912. Que é válido.  

Pode se discutir acerca da validade ou não para tooooda a Cristandade, tendo em vista que foi dirigido à diocese e à província eclesiástica de Roma (não à Itália como um todo, como afirmam erroneamente os irmãos Dimonds…), mas, em tempos de crise da Igreja, uma verdadeira batalha espiritual, e não tendo outro catecismo posterior para toda a Cristandade, não é de se negar que, por sua utilidade, serve para toda a Igreja. Outra opção seria reportar-se ao Catecismo Bellarmino ou de Trento. Mas eu questiono aos teólogos de botequim: No que discordam os dois catecismos? Me provem! 

Ainda sobre a dupla de irmãos heréticos, registro que o que lhes falta, além do catecismo básico, é interpretação de texto. Vejamos o que dizem: 

“O Catecismo ATRIBUÍDO ao Papa São Pio X repete para nós o mesmo ensinamento de fide da Igreja Católica sobre a NECESSIDADE ABSOLUTA do batismo de água para a salvação. 
Catecismo do Papa São Pio X, Os Sacramentos, ‘Baptismo’, Q. 567: ‘O Batismo é necessário para a salvação? O Batismo é absolutamente necessário à salvação, porque o Senhor disse expressamente: ‘Quem não renascer na água e no Espírito Santo, não poderá entrar no reino dos céus’.’ (Grifos nossos.)
 
Vejam bem, o catecismo não diz que a ÁGUA é necessidade absoluta para a salvação, mas que o BATISMO é necessidade absoluta para a salvação. O texto não precisa de uma interpretação iluminada, é claro e objetivo.

Essa questão 567 citada por eles, e que menciona as palavras de Nosso Senhor sobre renascer na água, sequer tem uma correspondência no Catecismo de 1912. As duas questões anteriores (278279) tratam da necessidade do batismo e da penitência para a salvação e se são igualmente necessários… 

Acontece que, quando partimos de uma PREMISSA ERRADA, não há a menor possibilidade de chegarmos a uma CONCLUSÃO CORRETA. Há uma falha invencível no raciocínio. 

No mesmo texto, dizem, ainda, que São Pio X afirmou heresias (SIC!!!). Não vou tratar disso aqui, porque o tema é outro. E também porque São Pio X não precisa ser defendido contra as idiotices heréticas de dois NADAS, uma vez que ele já foi canonizado infalivelmente pela Santa Madre Igreja. Roma locuta causa finita. Avante. 

Assim, trago agora à colação outro Magistério da Igreja: a Carta “Debitum pastoralis officii” de S.S. o Papa Inocêncio III (1198-1216), em resposta ao bispo Bertoldo (?-1212) ou Bertram, que foi bispo de Metz, na França, de 1179/1180 a 1212. 


Do ministro do batismo e do batismo de fogo[1]


Da Carta Debitum pastoralis officii, a Bertoldo, bispo de Metz, de 28 de agosto de 1206.

788. Dz 413. Tu nos comunicaste que um certo judeu, estando na iminência de morrer, como se achasse sozinho entre judeus, imergiu a si mesmo na água dizendo: ‘Eu me batizo, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.’

Respondemos que, tendo que haver uma diferença entre o batizante e o batizado, como evidentemente se conclui das palavras do Senhor, quando diz aos seus Apóstolos: Ide […], batizai (todas as gentes), em nome etc. (cf. Mt 28, 19), o judeu em questão deve ser batizado novamente por outra pessoa, para mostrar que um é o batizado e outro é o que batiza. Ainda que tivesse morrido imediatamente, teria voado instantaneamente para a Pátria celeste pela fé no sacramento, mas não pelo sacramento da fé. (Grifos nossos.)


Nota 1: CIC Decr. Greg. III,. 42, 4: Frdbg II 646 s; Rcht II 621 s; Pth 2875; PL 215. 986 A.

Extraído de Dezinger 739, 1963 (traduzida para o espanhol da 31ª edição de 1958), p. 148.  



sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Papa Pio XI e os R&R

Me enviaram este texto, mas não consegui encontrar o autor ou site/blog de publicação. Foi compartilhado através do Telegram. Se alguém souber de quem é, por gentileza me avise, para colocar os devidos créditos.  
Minha ponderação sobre o tema:  
Há duas situações de R&R 
1. A da Neofrat e similares, que reconhecem como Papa a um falso papa e lhe resistem (desobedecem).  
2. A dos que reconhecem um Papa verdadeiro (Pio XII, por exemplo), mas lhe resistem (desobedecem). A obediência absoluta é reservada apenas ao líder que os induz ao erro; e tanto pode ser um padre quanto um dos inúmeros gurus de internet que ensinam sem conhecimento e sem autoridade.
As duas são obviamente erradas: Uma, porque, ao reconhecer um falso papa como Papa católico, estão em cisma com a Igreja de Cristo. Outra, porque, ao reconhecer um Papa Católico e ao escolher o que obedecer ou não de seus documentos, estão em heresia (como explicado abaixo). Então, os R&R ou são cismáticos ou são heréticos, ou ambos.  
Consideração final: esse termo "resistir" remete aos esquerdistas, que se orgulham de chamar de resistência os crimes que praticam... 


Papa Pio XI aniquila a posição de reconhecer e resistir

24 de Março de 2023




Os fiéis podem reconhecer e resistir ao Papa? 


Pio XI, em seus ensinamentos, esmaga por completo a teologia de reconhecer e resistir. Um fiel católico rejeitaria os ensinamentos dos Santos Padres? Por que muitos rejeitam hoje em dia? Por quais argumentos? Abaixo, lemos alguns destaques de trechos relevantes. Dentro do contexto que contradiz o R&R-ismo, recorramos à declaração Mortalium Animos[1] – Sobre a Unidade Religiosa. 

As palavras "reconhecer e obedecer" são exatamente opostas a "reconhecer e resistir". A turma do R&R não obedece àqueles que eles chamam de sucessores legítimos de Pedro. Os ignoram, resistem a eles e rejeitam seus ensinamentos. É claro que esse povo do R&R está correto ao rejeitar o Modernismo dos "papas" do Vaticano II, mas sua justificação para fazê-lo, em oposição ao que é reconhecido como a autoridade papal, é herética e uma blasfêmia. O princípio subjacente de Mortalium Animos é rejeitado pela turma dos R&R. Todo documento papal é uma instância do Romano Pontífice apresentando sua autoridade para que os fiéis obedeçam, não resistam.  

Em 31 de dezembro de 1929, o Papa Pio XI promulgou a Divini Illius Magistri[2] – Sobre a Educação Cristã. Esta declaração trata da importância de obter uma boa, santa e verdadeira educação cristã, que só é possível seguindo e obedecendo aos ensinamentos de um legítimo Romano Pontífice e seguindo suas regras para essa educação.  

Qual é a condição da Igreja Católica se ela está propagando o erro como qualquer outra religião, como os proponentes do R&R essencialmente afirmam? A posição da turma R&R faz da Igreja Católica apenas mais outra organização no mundo, que tem mais ou menos permissão para desviar as pessoas com o erro. Enquanto todas as outras religiões são condenadas pela Igreja Católica por fazerem a mesma coisa. 

Em 31 de dezembro de 1930, o Papa Pio XI promulgou Casti Connubii[3] – Sobre o Casamento Cristão. Mais uma vez, o Papa enfatiza sua autoridade sobre todos os fiéis. 

A mentalidade de reconhecer e resistir é uma grande hipocrisia. Pelas verdades de fé, como já tratamos, hereges não pertencem ao Corpo da Igreja, não lhes cabe serem reconhecidos. Portanto, a resistência encaixa apenas ao ponto de, justamente, afirmarmos que estes membros não fazem parte do Corpo da Igreja.  

Oremos para que o Papa Pio XII tenha um sucessor, e que o Papado seja restabelecido.

Notas 
[1] A Encíclica Mortalium animos, do Papa Pio XI, de 06 de janeiro de 1928. 

 

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