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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

BRASIL: Decisão provisória da Justiça mantém ‘Deus seja louvado’ no Real

 Ele, porém, respondeu: “Eu vos digo: se eles se calarem, as pedras gritarão” (Lucas 19,40).


Um pouco de bom senso e certa sensibilidade e inteligência para saber que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa! Parabéns, dra. Diana Brunstein, por negar o pedido de antecipação de tutela feito pelo Ministério Público Federal solicitando que a União e o Banco Central retirassem, no prazo de 120 dias, a expressão “Deus seja louvado” de todas as cédulas a serem impressas. 

Estado laico não é Estado ateu. Estado laico é aquele que não permite que qualquer religião se intrometa - a não ser enquanto parte da sociedade e em igual posição com todos os demais segmentos - nos assuntos de Estado. O Estado que bane Deus (ou qualquer assunto religioso) da vida pública, e às vezes até da privada, é o Estado ateu. O Brasil, em que pesem opiniões em contrário, ainda é um Estado laico. 

Quem sabe, agora, o sr. Jefferson Aparecido Dias aprenda alguma coisa sobre Direito e Legislação, sobretudo acercad da Constituição Federal, e pare de jogar dinheiro público - NOSSO - fora!

Decisão provisória da Justiça mantém ‘Deus seja louvado’ no Real


Justiça Federal negou pedido de antecipação de tutela.
MPF entrou com ação solicitando retirada da frase no início de novembro.


A 7ª Vara de Justiça de São Paulo negou na quinta-feira (29) pedido de antecipação de tutela feito pelo Ministério Público Federal solicitando que a União e o Banco Central retirassem, no prazo de 120 dias, a expressão “Deus seja louvado” de todas as cédulas a serem impressas.

A juíza federal Diana Brunstein argumenta na decisão que “não foi consultada nenhuma instituição laica ou religiosa não cristã que manifestasse indignação perante as inscrições da cédula e não há notícia de nenhuma outra representação perante o Ministério Público neste sentido. Entendo este fato relevante na medida em que a alegação de afronta à liberdade religiosa não veio acompanhada de dados concretos, colhidos junto à sociedade, que denotassem um incômodo com a expressão ‘Deus’ no papel-moeda”.

A decisão é provisória, e o processo segue agora os trâmites normais. Não há previsão de quando a ação será julgada. O que foi negado nesta quinta-feira foi o pedido de antecipação de tutela, pois a Justiça interpretou não se tratar de algo urgente.

Um dos principais argumentos apresentados pela Procuradoria da República no Estado de São Paulo pedindo a retirada da frase é que o Estado brasileiro é laico e, portanto, deve estar completamente desvinculado de qualquer manifestação religiosa.

Uma das teses da ação é que a frase “Deus seja louvado” privilegia uma religião em detrimento das outras. Como argumento, o texto cita princípios como o da igualdade e o da não exclusão das minorias.

Para a juíza da 7ª Vara Federal, “a menção a expressão Deus nas cédulas monetárias não parece ser um direcionamento estatal na vida do indivíduo que o obrigue a adotar ou não determinada crença, assim como também não são os feriados religiosos e outras tantas manifestações aceitas neste sentido, como o nome de cidades, exemplificativamente”.

Desde 1986


A inclusão da expressão nas cédulas aconteceu em 1986, por determinação do então presidente José Sarney, de acordo com informações do Ministério da Fazenda passadas à procuradoria. Em 1994, com o Plano Real, a frase foi mantida pelo ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, supostamente por ser “tradição da cédula brasileira”, apesar de ter sido inserida há poucos anos, diz.

Um dia depois de o MPF entrar com a ação na Justiça, Sarney criticou a situação. "Eu acho que é uma falta do que fazer, porque, na realidade, precisamos cada vez mais ter a consciência da nossa gratidão a Deus por tudo o que ele fez por todos nós humanos e pela criação do universo. Nós não podemos jamais perder o dado espiritual. Eu tenho pena do homem que na face da terra não acredita em Deus", disse o presidente do Senado.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

REQUIEM: Recordando meu pai

Recordando meu pai

Esvai-se o tempo e mais e mais me lembro do que,
para olvidar, luto com afinco,
de um vinte e nove sinistro de novembro,
- mil novecentos e oitenta e nove!
Não consigo esquecer por um momento,
daquele dia que bem longe vai...
em que um vento de morte e de tormento,
para bem longe transportou meu pai!

Assim é a vida: um báratro profundo,
onde o homem se afoga e,
quase louco, se perde nas mentiras deste mundo,
que tanto nos promete e dá tão pouco!
E neste mundo assim, de falso brilho,
guardo a lembrança que de mim não sai:
- de um homem bom que me chamou de filho e,
enternecido, eu o chamei de Pai!


Desconheço o autor deste poema que eu achei em um papel velho, no meio de outros tantos, enviado para descarte. Tomei a liberdade de mudar a data - está em vermelho - pela do ano em que meu pai faleceu. Quem souber o autor, por favor, me informe!
Por gentileza, leitor que por aqui passa no dia de hoje, 29 de Novembro, reze comigo uma oração (abaixo) pela alma de meu querido e amado pai. Muito obrigada. 

Giulia d'Amore di Ugento

  Rèquiem aetèrnam,
dona eis, Domine,
et lux perpètua lùceat eis.
Requiéscant in pace.
Amen.

(Latim)

L'eterno riposo, 
dona loro, o Signore,
e splenda ad essi la Luce Perpetua.
Riposino in pace.
Amen.
(Italiano)

Dai-lhes, Senhor, 
o descanso eterno
E a luz perpétua os ilumine
Descansem em paz.
Amém.
(Português)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DOM WILLIAMSON: UM BISPO INCONVENIENTE

Um Bispo Inconveniente: A Verdade Sobre Richard Williamson

por Edwin Faust


A Igreja tornou-se cada vez mais solícita com sua imagem pública. Os meios de comunicação aplaudiram o Papa João XXIII, que queria abrir as janelas da Igreja para deixar entrar o ar do mundo moderno. Mas a Igreja pagou um preço alto pela aprovação de curta duração da mídia, e a brisa da modernidade foi varrida junto aos volúveis ventos da opinião pública.

Seja qual for a diferença que Dom Williamson possa estar tendo com a liderança da Fraternidade São Pio X, qualquer avaliação honesta acerca de sua definitiva expulsão da FSSPX teria que principiar pelo incidente que fez com que o seu Superior o removesse do Ministério público e o isolasse.

Mons. Williamson é da opinião de que as câmaras de gás não foram utilizadas no extermínio de Judeus perpetrado pelos Nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele aceita as conclusões de um disputados estudo científico conhecido como “Relatório Leuchter” [PDF (em Italiano)]. Consequentemente, Sua Excelência entende que o número de Judeus mortos nos campos de concentração possa estar mais perto de um milhão e meio, ao invés de seis milhões [Para a Cruz Vermelha, teriam sido 300.000, segundo um relatório de 66 páginas feito em 1948 e que vasou no site WikiLeaks]. Ele disse isso durante uma entrevista para a televisão sueca realizada [ardilosamente] na Alemanha.

Foi esta opinião que realmente fez com que Richard Williamson se tornasse um problema para a FSSPX e seus adeptos que querem um acordo com o Vaticano. Mons. Williamson foi julgado e considerado culpado pelo crime de Negação do Holocausto, segundo a lei Alemã. Ele foi extraoficialmente considerado culpado de ser inconveniente pela FSSPX e a Santa Sé.

A expulsão de Sua Excelência da FSSPX foi consumada em Outubro. E foi imediatamente seguida por um anúncio por parte das autoridades do Vaticano de que as negociações com a FSSPX não haviam chegado ao fim ou a uma paralisação, como pensado anteriormente, mas que era necessário paciência e esperança para uma reconciliação ainda demasiado viva. Coincidência?
 
Organizações judaicas que mantêm relações com o Vaticano denunciaram o levantamento das excomunhões dos Bispos da FSSPX, fazendo notar que um “negador do Holocausto” estava entre eles. O porta-voz do Papa disse que o Santo Padre não sabia dos comentários de Mons. Williamson na época do decreto, o que implica que tal conhecimento, se houvesse existido, poderia ter afetado o levantamento das excomunhões.

Sem analisar o mérito da opinião de Mons. Williamson sobre o “Relatório Leuchter”, não seria pertinente perguntar o que tal opinião tem a ver com a Fé católica? É preciso subscrever uma específica versão da História para ser qualificado a praticar um ministério episcopal no seio da Igreja Católica? Poderíamos também perguntar: Em que medida autoridade eclesiástica foi estendida, de fato, aos tribunais alemães, às organizações judaicas e aos meios de comunicação populares?

Mons. Williamson foi removido de seu cargo de reitor do Seminário da FSSPX da América do Sul e exilado em Wimbledon, não por transgressão a uma lei de sua fraternidade sacerdotal, não por qualquer infração ao direito canônico, não por qualquer dissenso, público ou privado, acerca da doutrina dogmática da Igreja. Mons. Williamson foi destituído de seu ministério e escondido da vista do público por ser um problema de relações públicas.

Se Dom Williamson tivesse se retratado de sua opinião, pedido desculpas a todos os que foram ostensivamente ofendidos por ela, pago sua multa ao tribunal e feito seu mea culpa perante seu Superior, tudo poderia estar bem. O problema é: Ele é um homem honesto.

Ele não foi convencido de que está errado em sua opinião, e ele sabe que não transgrediu qualquer disciplina ou doutrina da Igreja. Ele continuou falando sua opinião através de seu blog. E ele foi sincero em afirmar a sua posição em relação a um acordo entre a FSSPX e o Vaticano: Ele entende que ainda não tenha chegado o momento para que a FSSPX possa confiar na ortodoxia e nas boas intenções das autoridades romanas.

Ele se opõe aos esforços nesse direção de seu Superior, mons. Fellay, e tem apelado por uma nova liderança na FSSPX. Se isso merece a sua expulsão da Fraternidade é uma pergunta que é melhor deixar para os membros da fraternidade. Mas a eliminação do Bispo Williamson certamente alivia a FSSPX de um problema de relações públicas e facilita qualquer possível acordo que possa estar em  andamento com uma Cúria Romana fortemente sensível à mídia. Naturalmente, aqueles que aprovam a expulsão de Dom Williamson podem não perceber que a acusação de antissemitismo continuará a ser dirigida à Igreja Católica sob qualquer pretexto possível, uma vez que é a própria Fé que muitos Judeus acham ofensiva.

Qualquer pessoa que conheça Dom Williamson percebe que sua integridade é inquestionável, assim como sua caridade. Não importa quão impopulares sejam suas opiniões, elas não são formadas por maldade, mas por uma honesta convicção. Ele pode ser julgado excêntrico, e até mesmo imprudente. Mas ele é Católico até a alma. E isso pode ser o cerne do problema. Chegou a hora de reconhecê-lo.

Fonte: Fátima.org
Tradução: Giulia d'Amore

LER TAMBÉM: FSSPX: O VERDADEIRO PROBLEMA!

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NEO-SANTOS DA NEO-IGREJA: A vez de Paulo VI.

BEATIFICAÇÃO DE PAULO VI?

 

- Carta aos Cardeais -

 

Eminência Reverendíssima:

Li na Imprensa que, em 11 de Dezembro[1], os Cardeais e os Bispos, ultrapassado o obstáculo dos teólogos, darão o seu “sim” à beatificação de Paulo VI, apesar de não ter tido, durante a sua vida, fama de santidade e de ter sido, para muitos, o primeiro responsável pelos problemas atuais da Igreja, isto para não dizer que o seu Pontificado foi, na realidade, catastrófico!

Então, seja-me concedido citar o que foi relatado, em letras garrafais, na revista “Avvenire” de 19 de Março de 1999, página 17, acerca de Mons. Montini: “Ruini[2] traça o perfil do Papa [Paulo VI] que mudou a Igreja”.

Certíssimo!... Já o havíamos demonstrado com a nossa “Trilogia Montiniana”[3], nunca tida nem como falsa nem pouco fiável pelos meus opositores, limitando-se a graçolas e insultos, sem nunca denunciarem em público o “como”, o “onde”, o “porquê” de os nossos argumentos e documentos serem contrários à verdade.

IGREJA: Mais neo-Santos para a neo-Igreja

Fiquei apenas com uma dúvida: que tradicionalista concordaria com a canonização de uma filocomunista? Ou da religiosa de Calcutá? Penso que o blogueiro se refira aos mais conservadores entre os modernistas...

Uma proposta equivocada

Mesmo entre católicos que se dizem tradicionalistas encontrei quem considera justa a canonização de católicos com extrema simpatia pelo comunismo, apenas porque ajudaram os pobres. Caso em tela, a proposta de canonização da uma americana filocomunista, Dorothy Day, pela socialista USCCB. Ela acreditava nesta contradição em termos chamada por ela de "comunismo católico"; e dizia que o ideal comunista era o ideal do bem comum, o ideal de São Tomás More, de Santo Tomás de Aquino e dos primeiros Cristãos. Não se discute a fé - o que é bastante estranho entre tradicionalistas, para dizer o mínimo - ou em que realmente acreditavam esses supostos canonizáveis. Não; tudo se resume a analisar o que fizeram essas pessoas para minorar o sofrimento dos outros. É esta vida que importa, não a eterna; é o homem que importa, não Deus. Madre Teresa de Calcutá é o modelo dessa gente. Foi um apostolado realmente frutuoso, esse de Madre Teresa, que não pretendia converter ninguém e gabava-se de não tê-lo feito; sintoma de uma fé já minada pelo naturalismo. Há uma caridade na Igreja, mas essa caridade se funda na verdade católica; está portanto subordinada a um valor maior e não visa à construção de um paraíso na terra, ideal de que todo católico deveria desconfiar ou até mesmo se afastar. A função da Igreja não é primordialmente ajudar os pobres, mas santificar as pessoas, ajudá-las a chegar ao Céu; assim como o Comunismo não é simplesmente uma "opção pelos pobres", como se propaga para enganar e atrair os católicos mal catequizados, mas ateísmo/naturalismo organizado, ódio militante a Deus travestido de filosofia política, uma pseudo-religião secular, com a qual não é possível realizar nenhuma síntese. Assim é que Dietrich von Hildebrand está certo ao dizer que aquele que se preocupa mais com as prosperidades terrenas da humanidade que com a sua santificação perdeu a visão cristã do universo; e que qualquer santo glorifica mais a Deus do que todos os melhoramentos de bem-estar terrestres.

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quando montar e desmontar a Árvore de Natal e o Presépio?

Sobre a origem destas simpáticas e piedosas tradições natalinas, releiam o artigo Curiosidades Natalinas.  Sobre a polêmica - mais uma - levantada por BXVI acerca da presença de animais no presépio, leiam o artigo "Deixe o boi e o burro em paz, Sua Santidade!". 




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Quando montar a Árvore de Natal e o Presépio?







Não há uma norma a respeito de quando e como fazer a decoração dos lares para as festas natalinas, isto depende dos costumes de cada país e de cada família. Se os seus se perderam pelo desuso que os tempos modernos incentivam, pode criar sua própria tradição e, com base na liturgia católica de sempre, começar a montagem da árvore e do Presépio, bem como toda a decoração, no Primeiro Domingo do Advento.  

A árvore e o Presépio podem ser montados completamente no primeiro dia do Advento ou, principalmente se tiver crianças em casa, podem ser completados aos poucos, durante as quatro semanas, que são, para nós Católicos, um tempo de preparação para o Natal. Será uma forma de catequese bem agradável e útil. 

Sobre a origem da árvore de Natal e do Presépio podem ler aqui. Vale a pena lembrar que nenhum dos dois é de origem protestante ou pagã, como os modernos gostam de espalhar na internet. São tradições absolutamente católicas, e podem e devem ser incentivadas e enriquecidas ano a ano. 

A árvore pode ser montada acompanhando a liturgia, a cada domingo mais enfeites e orações. Contar uma história de natal ou, melhor, ler uma passagem das Escrituras referente a este grande evento pode coroar esta preciosa e piedosa atividade dominical familiar. 

A montagem do Presépio pode seguir a mesma linha da preparação da árvore de Natal. Monta-se a gruta, coloca-se os animais e os pastores; desejando, se pode colocar um pouco de neve feita de algodão. Mas próximo à noite de Natal, coloca-se A Virgem Maria e São José, deixando para a noite do Natal, após a Missa do Galo, a colocação do Menino Jesus na manjedoura.  






FSSPX: O VERDADEIRO PROBLEMA!

O VERDADEIRO PROBLEMA


De um religioso que vive no exterior:

“(...) quero fazer um aporte que me parece sumamente valioso: O problema entre Mons. Williamson e os líderes da FSSPX, o cerne do problema gira em torno do livro escrito pelo Padre Álvaro Calderón com a ajuda de Mons. Williamson: ‘Prometeo ― La religión del hombre (Ensayo de una hermenéutica del Concilio Vaticano II)’. Uma verdadeira obra-prima tomista que desmascara todos os documentos do Vat-II e as intenções da nova religião humanística que foi criada. Este é o pomo da discórdia. Quando perguntamos ao Padre Pfluger e ao Padre Nely sobre este livro, os dois responderam a mesma coisa: ‘Este livro é bom, mas não podemos segui-lo, porque se o seguirmos não poderemos conversar com Roma’. Incrível!!! Mas esta foi a resposta que nos deram. Eles não aceitam a doutrina de Mons. Williamson porque se a aceitassem não poderiam discutir com Roma e fazer uma ‘reconciliação’. Este é o cerne do problema, e é por isso que não quiseram traduzir o livro nem para o Francês, nem para o Inglês”.

Recebido por e-mail.

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Deixe o boi e o burro em paz, Sua Santidade!

A última polêmica vaticana: Não há boi nem burro! 

Por Giulia d'Amore 

Natividade (detalhe) - Frá Angélico
Recentemente, foram divulgados trechos do novo livro[1] do Papa, dos quais se destacou o fato de que a presença de animais no Presépio não consta das Escrituras, o que me leva a crer que Sua Santidade segue a teologia da Sola Scriptura, tendo em vista que, mais uma vez, faz questão de ignorar tanto a Tradição da Igreja quando a tradição popular que, humilde e alegremente, vem transmitindo, há séculos, o costume de enfeitar o presépio com um boi e um asno, assim como fez São Francisco de Assis, o "idealizador" dessa encenação natalina que é uma verdadeira catequese. 

Natividade - Frá Angélico
Além disso, há toda uma tradição artística que está sacramentada em inúmeras obras, das mais famosas às mais anônimas, que pelos séculos afora, desde Belém, vêm retratando este dois fieis escudeiros do Santo Menino.Há, sim, uma profusão de anjos, há a Estrela de Belém, há os (nobres) Rei Magos e os (pobres) pastores com suas ovelhas (que também são animais), mas há também e sobretudo o burro e o boi, sempre próximos ao seu Senhor! 

Em uma breve e rápida pesquisa, colhi estes excertos que podem nos ajudar a compreender porque Bento XVI errou.

“Um burro e um boi: Os animais representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu. ‘Jesus não nasceu em palácios, nem em lugares luxuosos, mas sim no meio dos animais’.” (Wikipédia. As figuras do presépio.) O texto entre aspas está em referências.

PADRE HEWKO: A semente de mostarda

Aguardei por uma tradução e como, apesar da boa vontade de alguns, apenas encontrei traduções na base do Google Translator e muitos erros no texto, eis-me aqui, em pleno domingo, me encarregando de mais esta tarefa. GdA

 

A semente de mostarda

 

Sermão do Padre Hewko, no dia 18 de Novembro de 2012.


Hoje é o 25° Domingo depois do Pentecostes. A Epístola foi retirada da Missa do 6° Domingo depois da Epifania, da carta de São Paulo para os Tessalonicenses, Capítulo 1:

Irmãos, não cessamos de dar graças a Deus por todos vós, e de lembrar-vos em nossas orações. Com efeito, diante de Deus, nosso Pai, pensamos continuamente nas obras da vossa fé, nos sacrifícios da vossa caridade e na firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, sob o olhar de Deus, nosso Pai. Sabemos, irmãos amados de Deus, que sois eleitos. O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação.

E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, ao receberdes a palavra, apesar das muitas tribulações, com a alegria do Espírito Santo. De sorte que vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia. Em verdade, partindo de vós, não só ressoou a palavra do Senhor pela Macedônia e Acaia, mas também se propagou a fama de vossa fé em Deus por toda parte, de maneira que não temos necessidade de dizer coisa alguma. De fato, a nosso respeito, conta-se por toda parte qual foi o acolhimento que da vossa parte tivemos, e como abandonastes os ídolos e vos convertestes a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro, e aguardardes dos céus seu Filho que Deus ressuscitou dos mortos, Jesus, que nos livrou da ira vindoura”.

O Santo Evangelho, retirado de São Mateus, Capítulo 13:

RATZINGER: O Concílio e a dignidade do sagrado

Interessante texto de 1988, no qual o então Cardeal Ratzinger expressa seu parece acerca da "questão Lefebvre". Como todos sabem, era o Cardeal Ratzinger o principal interlocutor de Mons. Lefebvre; representando João II, sim, mas, em última análise, eram as palavras dele que o Arcebipo ouvia. O que dá o que pensar, agora que ele se tornou Bento XVI. 
É uma leitura interessante também para compreender a situação atual da FSSPX. 


O Concílio e a dignidade do sagrado

por Joseph Ratzinger

Nos últimos meses, trabalhamos muito no caso Lefebvre, com a intenção sincera de criar para seu movimento um espaço dentro da Igreja, espaço que fosse suficiente para que este pudesse viver. A Santa Sé tem sido criticada por isso. Diz-se que não defendeu o Concílio Vaticano II com energia suficiente; que, enquanto tem tratado os movimentos progressistas com grande severidade, tem mostrado uma simpatia exagerada com a revolta tradicionalista. O desenrolar dos eventos é suficiente para refutar essas afirmações. A acusação de rigorismo por parte do Vaticano diante dos desvios dos progressistas, apresentado de uma maneira mítica, pareceu ser apenas um discurso vazio. Até agora, de fato, foram publicados apenas alguns avisos; em nenhum caso houve penas canônicas rigorosas em sentido estrito. E o fato de que, quando as coisas ficaram ruins, Lefebvre tenha se retratado de um acordo que já havia sido assinado, indica que a Santa Sé, se fez concessões realmente generosas, não lhe garantiu aquela licença completa que ele desejava.

Lefebvre viu que, na parte fundamental do acordo, era obrigado a aceitar o Vaticano II e as afirmações do Magistério pós-conciliar, segundo a autoridade própria de cada documento. Há uma contradição evidentíssima no fato de que é precisamente quem não perdeu ocasião de dar a conhecer ao mundo a própria desobediência ao Papa e às declarações magisteriais dos últimos 20 anos que pensa ter o direito de julgar que esta atitude é branda demais e que deseja que se tivesse insistido em uma obediência absoluta ao Vaticano II. O mesmo vale para aqueles que sustentam que o Vaticano concedeu o direito de discordar a Lefebvre, um direito que tem sido obstinadamente recusado aos defensores de uma tendência progressiva.

Na verdade, o único ponto que é afirmado no acordo, de acordo com a Lumen Gentium 25, é o fato límpido de que nem todos os documentos do Concílio têm a mesma autoridade. Para o resto, ficou indicado explicitamente no texto que foi assinado que as polêmicas públicas devem ser evitadas e que foi solicitada uma atitude de respeito positivo paras as decisões oficiais e as declarações. Foi concedido, ainda, que a Fraternidade São Pio X possa apresentar à Santa Sé – a qual se reserva o exclusivo direito de decisão – as suas dificuldades particulares no que diz respeito às interpretações das reformas jurídicas e litúrgicas. Tudo isso mostra que, neste diálogo difícil, Roma uniu claramente a generosidade em tudo que é negociável à firmeza naquilo que é necessário.

A explicação que Mons. Lefebvre deu para a retração de seu acordo é indicativa. Ele declarou que, ao final, entendeu que o acordo que assinara mirava apenas integrar a sua fundação “à Igreja Conciliar”. A Igreja Católica em união com o Papa é, em sua opinião, “a Igreja Conciliar”, que rompeu com seu passado. Parece, efetivamente, que não consiga mais ver que aqui se trata da Igreja Católica na totalidade de sua Tradição, e que o Concílio Vaticano II pertence a esta. Sem dúvida alguma, o problema que Lefebvre colocou não terminou com a ruptura de 30 de junho. Seria fácil demais refugiar-se em uma espécie de triunfalismo e pensar que esta dificuldade tenha deixado de existir a partir do momento em que o movimento liderado por Lefebvre se separou com uma ruptura formal com a Igreja. Um cristão não pode jamais, ou não deveria, comprazer-se de uma ruptura. Mesmo que seja absolutamente certo de que a culpa não pode ser atribuída à Santa Sé, é um dever para nós nos examinarmos, tanto sobre quais seriam os erros que temos cometido, quanto sobre quais erros ainda agora estamos cometendo. Os critérios pelos quais julgamos o passado no decreto do Vaticano II sobre o ecumenismo devem ser usados – como é lógico – para julgar também o presente.

Uma das descobertas fundamentais da teologia do ecumenismo é que os cismas podem ocorrer apenas quando determinadas verdades e determinados valores da Fé Cristã não são mais vividos e amados dentro da Igreja. A verdade que é marginalizada torna-se autônoma, permanece separada da totalidade da estrutura eclesiástica, e é então que um novo movimento se forma ao seu redor. Devemos refletir sobre o fato de que numerosos Católicos, distantes do estreito círculo da Fraternidade de Lefebvre, vejam este homem como um guia, em um certo sentido, ou pelo menos como um aliado útil. Não se pode atribuir tudo a motivos políticos, à nostalgia, ou a fatores culturais de importância secundária. Essas causas não são capazes de explicar a atração que é sentida também pelos jovens, e particularmente pelos jovens, que vêm de muitas nações realmente diferentes e que vivem em realidades políticas e culturais completamente diferentes. Certamente, mostram aquilo que é, de todos os pontos de vista, uma perspectiva limitada e parcial; mas não há dúvida de que um fenômeno dessa magnitude seria inconcebível se não houvesse agindo, aqui, alguns valores, os quais, geralmente, não encontram suficientes possibilidades de realizar-se dentro da Igreja de hoje. Por todas estas razões, devemos considerar toda a questão, sobretudo como a ocasião para um exame de consciência. Deveríamos não ter medo de fazermos a nós mesmos perguntas fundamentais acerca dos defeitos da vida pastoral da Igreja que emergem a partir desses fatos. Assim, deveríamos ser capazes de oferecer um lugar dentro da Igreja àqueles que estão procurando e pedindo, e de conseguir eliminar qualquer razão para um cisma. Podemos esvaziar o cisma de suas motivações renovando as realidades internas da Igreja.

Há três pontos, eu penso, que é importante considerar. Se há muitas razões que poderiam levar tão grande número de pessoas a procurar refúgio na liturgia tradicional, o principal é que lá encontram conservada a dignidade do Sagrado. Depois do Concílio, houve muitos padres que elevaram deliberadamente a “dessacralização” a um nível de um programa, sob a alegação de que o Novo Testamento aboliu o culto do templo: o véu do templo que se rasgou de cima para baixo no momento da morte de Cristo na cruz é, para alguns, o sinal do fim do sagrado. A morte de Jesus fora das muralhas da cidade, isto é, do mundo público, é agora a verdadeira religião. A religião, para ser vivida plenamente, deve ser vivida na não-sacralidade da vida cotidiana, no amor que é vivida. Inspirados por tal raciocínio, eles puseram de lado as vestes sagradas; despiram as igrejas quanto foi possível daquele esplendor que leva a elevar a mente ao sagrado; e reduziram a liturgia à linguagem e aos gestos de uma vida ordinária, através de saudações, de sinais comuns de amizade e coisas assim. Não há dúvida de que, com essas teorias e práticas, desprezaram por completo a autêntica conexão entre o Antigo e o Novo Testamento: se esqueceram de que este mundo não é o reino de Deus, e que “o Santo de Deus” (João 6,69) continua a existir em contradição a este mundo; que precisamos de purificação antes de nos aproximarmos dEle; que o profano, mesmo após a morte e Ressurreição de Jesus, não conseguiu se transformar no “santo”.

O Ressuscitado apareceu, mas àqueles cujo coração estava bem disposto em direção a Ele, o Santo; não se manifestou a todos. É, assim, um novo espaço foi aberto para a religião à qual todos nós agora devemos nos submeter; esta religião que consiste em nos aproximarmos da família do Ressuscitado, a cujos pés as mulheres se prostravam e O adoravam. Não pretendo, agora, desenvolver ulteriormente este aspecto; limito-me sinteticamente a esta conclusão: devemos recuperar a dimensão do sagrado na liturgia. A liturgia não é uma festa; não uma reunião com o objetivo de passar momentos serenos. Não importa absolutamente nada que o pároco queime os miolos para idealizar sabe-se lá que ideias ou novidades ricas de imaginação. A liturgia é aquilo que faz com que o Deus três vezes Santo esteja presente entre nós; é a sarça ardente; é a aliança de Deus com o homem em Jesus Cristo, que morreu e voltou novamente à vida.

A grandeza da liturgia não reside no fato de que ela oferece um entretenimento interessante, mas no tornar tangível o Totalmente Outro, que nós [sozinhos] não são capazes de evocar. Vem porque quer. Em outras palavras, o essencial na liturgia é o mistério, que se realiza na ritualidade comum da Igreja; todo o resto o diminui. Alguns procuram experimentá-lo segundo uma moda vivaz, e estão enganados: quando o mistério é transformado na distração, quando o ator principal na liturgia não é o Deus Vivo, mas o padre ou o animador litúrgico.

Além das questões litúrgicas, os pontos centrais do conflito atualmente dizem respeito à posição tomada por Lefebvre contra o decreto que trata da liberdade religiosa e ao chamado “espírito de Assis”. É aqui que Lefebvre estabelece as linhas de demarcação entre a sua posição e à da Igreja Católica. Há pouco a dizer sobre isso: o que ele está dizendo sobre esses pontos é inaceitável. Aqui não queremos considerar os seus erros, mas desejamos nos perguntar onde está a falta de clareza em nós mesmos. Para Lefebvre, o que está em jogo é a batalha contra o liberalismo ideológico, contra a relativização da verdade. Não estamos obviamente de acordo com ele sobre o fato de que – entendido segundo as intenções do Papa – o texto do Concílio ou a oração de Assis induzam ao relativismo.

É uma operação necessária defender o Concílio Vaticano II em relação a Mons. Lefebvre, como válido e como vinculante para a Igreja. Certamente, há uma mentalidade tacanha que leva em conta apenas o Vaticano II e que provocou esta oposição. Há muitas apresentações dele que dão a impressão de que, do Vaticano II em diante, tudo foi mudado, e que aquilo que o precedeu não tem valor ou, na melhor das hipóteses, só tem valor à luz do Concílio Vaticano II. O Concílio Vaticano II não foi tratado como uma parte da inteira Tradição viva da Igreja, mas como o fim da Tradição, um novo começo do zero. A verdade é que este particular Concílio não definiu dogma algum e deliberadamente escolheu permanecer em um nível modesto, como um concílio meramente pastoral; mas muitos o tratam como se tivesse se transformado em uma espécie de superdogma que tira a importância de todos o resto. Esta ideia é fortalecida por coisas que estão acontecendo agora.

O que antes era considerado o mais santo – a forma como a liturgia foi transmitida – aparece, repentinamente, como a mais proibida de todas as coisas, a única coisa que pode ser impunemente proibida. Não suportam que sejam criticadas as decisões que foram tomadas pelo Concílio; por outro lado, se alguns questionam as regras antigas, ou até mesmo as verdades principais da nossa Fé – por exemplo, a virgindade corporal de Maria, a Ressurreição corporal de Jesus, a imortalidade da alma etc. – ninguém reclama, ou apenas o faz com a maior moderação. Eu mesmo, quando era professor, vi como o próprio Bispo que, antes do Concílio, havia despedido um professor que era realmente irrepreensível, por uma certa crueza no falar, não foi capaz, depois do Concílio, de afastar um professor que negava abertamente verdades da Fé certas e fundamentais. Isto tudo leva muitas pessoas a se perguntar se a Igreja de hoje é realmente a mesma de ontem, ou se a mudaram por qualquer outra sem contar às pessoas. A única maneira que o Vaticano II pode ser feito plausível é a de apresentá-lo como ele é: uma parte ininterrupta da única Tradição da Igreja e da sua Fé.

Não há a menor dúvida de que, nos movimentos espirituais da era pós-conciliar, muitas vezes houve um esquecimento, ou até mesmo uma supressão da verdade: aqui nos confrontamos com o problema hoje crucial para a teologia e para o trabalho pastoral. A verdade é tida como sendo uma pretensão que é demasiado elevada, um triunfalismo que não pode ainda ser absolutamente permitido. Vós vedes claramente esta atitude na crise que afeta a prática e o ideal missionário. Se não fizermos da verdade um ponto importante na proclamação de nossa Fé, e se essa verdade não é mais essencial para a salvação do homem, então as missões perdem seu significado. De fato, a conclusão foi tirada, e foi tirada hoje, de que no futuro devemos apenas buscar que os cristãos sejam bons cristãos, os bons muçulmanos sejam bons muçulmanos, os bons hindus sejam bons hindus e assim por diante. E se chegamos a essas conclusões, como fazemos para sabermos se alguém é “um bom” cristão ou um “bom” muçulmano? A ideia de que todas as religiões são – levando-as a sério – apenas os símbolos daquilo que finalmente é incompreensível está ganhando terreno rapidamente na teologia e já penetrou a prática litúrgica. Quando as coisas chegam a este ponto, a Fé é deixada para trás, porque a Fé realmente consiste em confiar na Verdade tanto quanto é conhecida. Assim, nesta matéria, há todas as razões para retornar no reto caminho. Se ainda uma vez seremos capazes de evidenciar e viver a plenitude da religião Católica sobre esses pontos, podemos esperar que o cisma de Lefebvre não seja de longa duração.

Discurso de Sua Eminência, o Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, à Conferência Episcopal Chilena, aos 13 de julho de 1988.

Fonte original: Rinascimento Sacro 6/12/2007
Fonte: Internetica.it
Tradução: Giulia d'Amore di Ugento
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domingo, 25 de novembro de 2012

Conselhos de Dom Bosco: as amizades!

Fugir dos maus companheiros


Há três espécies de companheiros: os bons, os maus e os que não são totalmente maus, mas nem são bons. Com os primeiros podeis entreter-vos e tirareis proveitos; com os últimos, tratai quando houver necessidade, sem contrair nenhuma familiaridade. Quanto aos maus, esses devemos absolutamente evitar. Mas quais são esses maus companheiros? Prestai atenção e ficareis sabendo quais sejam.

Todos os jovens que na vossa presença não se envergonham de ter conversas obscenas, de dizer palavras equívocas ou escandalosas, murmurações, mentiras, juramentos vãos, imprecações, blasfêmias, ou então procuram afastar-vos das coisas da igreja, os que vos aconselham a roubar, a desobedecer aos vossos pais ou a transgredir algum dever vosso, todos esses são maus companheiros, ministros de satanás, dos quais deves fugir mais do que da peste e do diabo em pessoa.

Ah! meus caros, com as lágrimas nos olhos eu vos suplico que eviteis e
aborreçais tais companhias. Ouvi o que diz o Nosso Senhor: quem andar com o virtuoso será também virtuoso. O amigo dos estultos tornar-se-á semelhante a ele. Foge do mal companheiro como da mordedura de uma cobra venenosa: quasi a fácie cólubri (Eccl. XXI, 22).

Em suma, se andardes com os bons, eu vos afianço que ireis com os bons ao Paraíso. Pelo contrário, freqüentando companheiros perversos, vos pervertereis também vós, com perigo de perder irremediavelmente a vossa alma. Dirá alguém: São tantos os meus companheiros, que seria preciso sair deste mundo para evitá-los todos. Bem sei que são muitos numerosos os maus companheiros e é por isso mesmo que vos recomendo com empenho que fujais deles.

Misa Trindentina en Uruguay


http://farfalline.blogspot.com.br/p/missas-no-brasil.html


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sábado, 24 de novembro de 2012

FSSPX: A solução de Bugnini ao "caso Lefebvre"

Quando Bugnini propôs soluções para o “caso Lefebvre”



Yves Chiron é, hoje, um dos nossos melhores historiadores e um leitor atento e escrupuloso de documentos. Acaba de demonstrá-lo na última edição de sua publicação Aletheia: lettre d’informations religieuses. Lá consagra um extenso artigo às Memorie autobiografiche de Mons. Bugnini, o grande ator da reforma litúrgica pós-conciliar, particularmente através do Consilium e da Congregação para o Culto Divino. É muito proveitosa a leitura desse artigo de Yves Chiron, uma vez que se pode aprender muitas coisas. Mas três elementos me impressionaram particularmente:


- Primeiro elemento: A afirmação de Mons. Bugnini sobre Paulo VI, na qual dizia que o papa "viu tudo, seguiu tudo, aprovou tudo" em relação à reforma litúrgica. Yves Chiron comenta: "A expressão é, sem dúvida alguma, excessiva. Mas é certo que, ao contrário de outras questões, Paulo VI acompanhou de perto os arquivos da reforma litúrgica e teve inúmeras sessões de trabalho, tête à tête, com Mons. Bugnini". Em passant, não nos esqueçamos de que Yves Chiron também é o biógrafo de Paulo VI (Perrin, reeditado por Via Romana).

- Segundo elemento: acaba se descobrindo que o ator da reforma litúrgica, tão detestados nos meios tradicionalistas, se mostrou mais aberto do que Paulo VI com eles. Yves Chiron também nos demostra que, após da permissão que foi dada em 1971 aos sacerdotes anciãos para celebrar a Missa de São Pio V e, após do indulto acordado aos bispos ingleses para autorizar, sob certas condições, a celebração da mesma Missa, "Mons. Bugnini sugeriu ao papa conceder uma faculdade idêntica a outras conferências episcopais. O papa se mostrou ‘intratável’ (p. 86) e se recusou a estender o indulto".

O Poder de uma Mãe

Estando a rezar em um mosteiro carmelita, ajoelhado, um amigo religioso da Ordem Carmelita se aproximou e sentou-se ao meu lado. Como me pareceu que ele queria dizer alguma coisa, acabei minhas orações e sentei-me. Ele me disse: “Acabo de sair da clausura com um tesouro”.

Sorri para ele e lhe respondi: “Há muitos tesouros na clausura”.

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Ele, que já me conhecia, sorriu também e assim começamos uma conversa caminhando em direção ao jardim externo. Conversávamos sobre a mediação de Nossa Senhora junto ao Pai Eterno. Foi então que me lembrei desta história abaixo, que li no livro “Ave Maria – a oração da Mãe do Senhor – do Pe. Luís Mehler:

Quando o general romano Coriolano foi injustamente condenado à morte pelos seus concidadãos, fugiu às ocultas e se bandeou para o lado dos inimigos de Roma.

Não tardou muito, ele apareceu diante das muralhas da cidade, à frente de numerosos batalhões, e anunciou que ia vingar-se da pátria ingrata.

Os romanos, consternados, enviaram-lhe diversos mensageiros com grandes quantias de dinheiro para apaziguar o temível general e implorar seu perdão. Mas foi tudo inútil.

Afinal sua própria mãe, já idosa, foi encontrá-lo, e o exortou a esquecer o ultraje que havia recebido e a renunciar aos desejos de vingança.

Mal tinha ela acabado de falar, e já Coriolano lhe tinha concedido tudo quanto havia pedido: no mesmo dia foi levantado o cerco de Roma, e a cidade se salvou.

Se um general pagão e de instintos selvagens nada pode recusar a sua mãe, como poderá o Filho de Deus, tão amável e tão bom, rejeitar a Mãe que ternamente ama, e recusar o que Ela Lhe pede?

Fonte: http://almascastelos.blogspot.com.br/2010/09/o-poder-de-uma-mae.html

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sermão sobre o Santo Estanislau Kostka

Sermão do Beato Estanislau Kostka, de Padre Antônio Vieira





Da Companhia de Jesus,
Pregado na língua italiana, em Roma, na Igreja de Santo André do Monte Cavallo, Noviciado da mesma Companhia.
Ano de 1674.

Beatus venter qui te portavit. [1]

§1

Louvar o filho pela mãe, ou engrandecer a mãe pelo filho, invento não vulgar de uma eloqüência do vulgo. A tríplice geração de Cristo e a tríplice geração de Estanislau. Assunto do sermão: um filho bem-aventurado, beatificado em três mães, e três mães bem-aventuradas e beatificadas em um filho.

Louvar o filho pela mãe, ou engrandecer a mãe pelo filho, invento foi não vulgar de uma eloqüência do vulgo. Assim disse quem não tinha aprendido a bem falar na língua própria, e assim o farei eu na estranha. Hei de falar de um beato, e não posso deixar de beatificar o ventre de que nasceu: Beatus venter qui te portavit (Lc. 11, 27). - Esta é a obrigação de louvar o filho, e esta a necessidade de não poder louvar juntamente a mãe. Mas qual mãe? O filho é Estanislau; e, quando eu ponho os olhos neste bendito filho, vejo uma, duas, e três mães, cada uma das quais o quer por seu. Não basta aqui a espada de Salomão, porque são mais de duas as que litigam.