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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

IGREJA: Mais neo-Santos para a neo-Igreja

Fiquei apenas com uma dúvida: que tradicionalista concordaria com a canonização de uma filocomunista? Ou da religiosa de Calcutá? Penso que o blogueiro se refira aos mais conservadores entre os modernistas...

Uma proposta equivocada

Mesmo entre católicos que se dizem tradicionalistas encontrei quem considera justa a canonização de católicos com extrema simpatia pelo comunismo, apenas porque ajudaram os pobres. Caso em tela, a proposta de canonização da uma americana filocomunista, Dorothy Day, pela socialista USCCB. Ela acreditava nesta contradição em termos chamada por ela de "comunismo católico"; e dizia que o ideal comunista era o ideal do bem comum, o ideal de São Tomás More, de Santo Tomás de Aquino e dos primeiros Cristãos. Não se discute a fé - o que é bastante estranho entre tradicionalistas, para dizer o mínimo - ou em que realmente acreditavam esses supostos canonizáveis. Não; tudo se resume a analisar o que fizeram essas pessoas para minorar o sofrimento dos outros. É esta vida que importa, não a eterna; é o homem que importa, não Deus. Madre Teresa de Calcutá é o modelo dessa gente. Foi um apostolado realmente frutuoso, esse de Madre Teresa, que não pretendia converter ninguém e gabava-se de não tê-lo feito; sintoma de uma fé já minada pelo naturalismo. Há uma caridade na Igreja, mas essa caridade se funda na verdade católica; está portanto subordinada a um valor maior e não visa à construção de um paraíso na terra, ideal de que todo católico deveria desconfiar ou até mesmo se afastar. A função da Igreja não é primordialmente ajudar os pobres, mas santificar as pessoas, ajudá-las a chegar ao Céu; assim como o Comunismo não é simplesmente uma "opção pelos pobres", como se propaga para enganar e atrair os católicos mal catequizados, mas ateísmo/naturalismo organizado, ódio militante a Deus travestido de filosofia política, uma pseudo-religião secular, com a qual não é possível realizar nenhuma síntese. Assim é que Dietrich von Hildebrand está certo ao dizer que aquele que se preocupa mais com as prosperidades terrenas da humanidade que com a sua santificação perdeu a visão cristã do universo; e que qualquer santo glorifica mais a Deus do que todos os melhoramentos de bem-estar terrestres.

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