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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

24 de janeiro - Nossa Senhora da Paz

Nossa Senhora da Paz






* Esta é a Nossa Senhora da Paz, 


O título de Senhora da Paz surgiu no final do século XI, na cidade de Toledo, Espanha. Mas a história dessa data começou no século VII, com a consagração da Catedral de Toledo à Santíssima Virgem. 

Segundo antiga tradição, isto se deve à Santo Ildefonso, fervoroso devoto mariano. Seus pais pediram a intercessão da Virgem Maria para que Deus os abençoassem com um filho. Ordenado Padre, ele foi eleito Bispo de Toledo e unificou a liturgia da Espanha. Escreveu muitas obras e tratados importantes, especialmente sobre a Virgem Maria, o que lhe valeu o título de: "o capelão e fiel notário da Virgem". Participou do X Concílio de Toledo, onde se estabeleceu e fixou a Festa de Nossa Senhora da Esperança, oito dias antes da Natividade de Jesus


Santo Idelfonso recebendo a casula
Sebastian Murillo
A tradição narra que, numa noite da véspera dessa celebração, já Bispo de Toledo, Santo Ildefonso teve uma visão da Virgem Maria na Catedral. Ele viu a Mãe de Deus, descida do Céu, sentada no seu trono episcopal. Ouviu Sua doce voz chamar o seu nome. Ele se aproximou e, ajoelhado aos seus pés, recebeu um rico paramento em agradecimento à devoção que o fiel servidor de Cristo lhe dedicava. Depois, suavemente desapareceu. 

Após a morte de Santo Ildefonso, foi decretada a comemoração da visão da Virgem Maria na Catedral de Toledo, um dia após a festa do Santo. Desde então, no dia 24 de janeiro, a cidade de Toledo passou a festejar a visita da Virgem Santíssima na Catedral.  

A partir de 1085, a celebração mudou para Festa de Nossa Senhora da Paz, como acontece até hoje. Nesse ano, o rei Afonso IV reconquistou dos árabes muçulmanos a cidade de Toledo. O rei assinou o tratado de paz, mas os muçulmanos ficaram com a antiga Catedral dos cristãos, já transformada em mesquita, para seus cultos. Depois disso, o rei foi para Castela, deixando em Toledo sua esposa, a rainha Constança e o Bispo eleito. Quando souberam que a Catedral não seria devolvida, a rainha e o Bispo lideraram a invasão da Catedral com os súditos cristãos armados e expulsaram os infiéis. O rei foi avisado e voltou para Toledo disposto e castigar todos os que desrespeitaram sua decisão. Os cristãos saíram em procissão pelas ruas, vestindo luto, implorando auxílio da Virgem Maria, para clemência do rei. A rainha, o Bispo e os súditos que permaneceram na Catedral rezavam de joelhos diante da imagem da Mãe de Deus para que a paz fosse alcançada e que a casa de Deus não voltasse a ser profanada. Os muçulmanos perceberam o perigo que seria manter seus cultos na antiga Catedral cristã e foram ao rei para pedir perdão e devolvê-la. Assim, ele perdoou a rainha, o Bispo e todos os súditos. Os cristãos saíram novamente em procissão, vestidos de branco, rezando pela vida longa do casal real e agradecendo a intercessão da Virgem Maria.  



Imagem de Nossa Senhor da Paz de Toledo
A seus pés a lua islâmica.


A Catedral foi restaurada no dia 24 de janeiro, com a realização das solenidades em honra da Santíssima Virgem e pela paz restabelecida. Surgiu, assim, a devoção com o título de Nossa Senhora da Paz, celebrada nessa data. A festa foi integrada ao calendário litúrgico, em 1369 e a nova invocação mariana se propagou por toda Espanha. Nossa Senhora da Paz foi declarada Padroeira Perpétua da cidade de Ronda. Com o tempo a devoção se difundiu na América hispânica.  

Estada de Jesus no Egito.


Estada de Jesus no Egito


Consugens (Ioseph), accepit puerum et matrem eius nocte, et secessit In Aegyptum – "Levantando-se (José) tomou consigo, ainda de noite, o Menino e sua Mãe, e retirou-se para o Egito" (Matth. 2, 14).

Sumário. Durante a sua estada no Egito, a sagrada Família se nos mostra modelo perfeitíssimo de uma família cristã e de uma comunidade religiosa. Quão bem ordenadas estavam todas as ocupações dessas santas pessoas, quão bem dividido o tempo entre o trabalho e a oração! Com o seu trabalho José ganha o pão para si e para os outros; Maria cuida principalmente de seu Filho; e Jesus começa a prestar a seus pais os primeiros leves serviços. Lancemos um olhar sobre nós mesmos e examinemos como temos imitado esses grandes modelos.

I. Jesus quis passar a sua infância no Egito, a fim de levar uma vida mais dura e desprezada. Segundo a opinião de Santo Anselmo e de outros escritores, a sagrada Família morou em Heliópolis. Contemplemos, com São Boaventura, a vida que Jesus levou no Egito, durante os sete anos que, conforme à revelação feita a Santa Maria Madalena de Pazzi, ali passou. A casa é muito pobre, porque São José só pode pagar um aluguel muito baixo; pobre é a cama, pobre a alimentação, pobre, em uma palavra, é toda a sua vida, porque, com o trabalho de suas mãos, só conseguem ganhar o necessário de dia em dia, e vivem num país onde são desconhecidos e desprezados, sem parentes nem amigos.

A sagrada Família vive, pois, em grande pobreza, mas como são bem ordenadas as ocupações desses três moradores! O santo Menino não fala com a boca, mas fala continuamente e eloquentemente com o coração a seu Pai celestial, oferendo-Lhe todos os seus padecimentos e todos os instantes de sua vida para nossa salvação. Maria tampouco fala, mas, vendo o seu caro Filhinho, contempla o amor divino e a graça que lhe fez escolhendo-a para sua Mãe. José trabalha igualmente em silêncio, mas vendo o divino Menino agradece-Lhe por tê-lo escolhido para companheiro e guarda de sua vida.

Foi naquela casa que Maria desabituou o menino Jesus de alimentar-se só com o leite e começou a alimentá-Lo com suas próprias mãos. Põe o Filho no colo, toma da tigelinha um pouco de pão amolecido em água e põe-Lho na sagrada boca. Naquela casa faz Maria para seu Filhinho o primeiro vestido, e chegado o tempo de lhe tirar as faixas, começa a vesti-lo. Naquela mesma casa ainda começa Jesus a dar os primeiros passos e a falar. Começa ali a fazer o ofício de aprendiz, ocupando-se com os pequenos serviços que pode prestar uma criança.

Ó desmame! Ó vestidinho! Ó primeiros passos! Ó palavras balbuciadas! Ó pequenos serviços de Jesus Menino! Vós demasiadamente feris e abrasais os corações daqueles que amam Jesus e vos contemplam! Um Deus a andar vacilando e caindo! Um Deus a balbuciar! Um Deus feito tão débil, que não pode ocupar-se senão em pequenas coisinhas de casa, que não pode levantar um pão cujo peso excede as forças de uma criança. Ó santa fé, ilumina-nos a fim de que amemos um Senhor tão bom, que por nosso amor se sujeitou a tantas misérias.

II. Dizem que, quando Jesus entrou no Egito, caíram por terra todos os ídolos daquele povo. Roguemos a Deus que nos faça amar Jesus de todo o coração, porque, quando o amor de Jesus entra numa alma, caem todos os ídolos de afetos terrestres.

Ó Menino santo, que viveis nessa terra de bárbaros, pobre, desconhecido e desprezado, eu Vos reconheço por meu Deus e Salvador, e Vos dou graças por todas as humilhações e dores que sofrestes no Egito por meu amor. Com essa vossa vida ensinastes-me a viver como peregrino nesta terra, fazendo-me compreender que a minha pátria não é este mundo, senão o paraíso, que Vós viestes adquirir-me com a vossa morte. Ah, Jesus meu! Tenho pensado no que fizestes e padecestes por meu amor. Quando me lembro que Vós, ó Filho de Deus, tivestes nesta terra uma vida tão atribulada, pobre e desprezada, como é possível que eu ande à procura de prazeres e bens terrestres?

Ó meu amado Redentor, permiti que me associe convosco, admiti-me a viver nesta terra sempre unido a Vós para que unido a Vós chegue um dia a amar-Vos no céu, gozando de vossa companhia para sempre. Dai-me luz, aumentai a minha fé. Que bens e prazeres! Que dignidades e honras! Tudo é vaidade e loucura. A única riqueza, o único bem é possuir-Vos, ó meu Jesus, e a ninguém quero senão a Vós. Vós me quereis e eu Vos quero. Se possuísse mil reinos, renunciá-los-ia todos para Vos dar gosto: Deus meus et omnia – "Meu Deus e meu tudo!" Se em outros tempos corri atrás das vaidades e prazeres do mundo, agora detesto-os e estou arrependido. Meu Salvador amado, de hoje em diante, Vós sereis o meu único Bem, o meu único Amor, o meu único Tesouro. Maria Santíssima, rogai a Jesus por mim; rogai-lhe que me faça rico de seu amor, e nada mais desejo. (II 388.)

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Não existe acordo!

Duas informações despertaram o interesse nos grupos tradicionalistas esta semana: a supressão (não é bem isso, mais adiante desenho) da Comissão Ecclesia Dei e os rumores da nomeação de um bispo modernista para a Neofrat. 

São assuntos concatenados entre si e ligados ao acordo-que-não-existe.  

O primeiro, da supressão da Comissão Ecclesia Dei é descarado. A Comissão foi criada para alojar a FSSPX de Monsenhor Lefebvre, para neutralizá-la. Como nunca conseguiram pegá-la nessa armadilha, os modernistas começaram a estocar lá os outros tradicionalistas, que iam, um após o outro, caindo na tentação da estrutura, ainda que herética, e, de bônus, para os vendilhões, de um episcopado ou outras quinquilharias. O que é uma mitra perto do Céu? Quinquilharia!   

Como a FSSPX não caíra no conto do (pseudo)vigário da plena comunhão com Roma Apóstata - e vejam que Fellay tentou à exaustão! - lhes foi oferecida a Prelatura Pessoal, cujo comando é um cargo vitalício (nada de chatos Capítulos Gerais de seis em seis anos para eleger um Superior Geral) diretamente subordinado ao "Papa". Algum olhinho deve ter brilhado de satisfação e... as coisas foram avançando, com a promessa ilusória de que não precisariam aceitar o CVII nem rezar a missa nova, como os tolinhos da Ecclesia Dei. Quem é o tolinho agora? Pois, com Prelatura Pessoal reluzente de nova, veio a imposição das mesmas cláusulas, mas shhhhhhhhhhhh! Silêncio!, os sapos cozidos (padres e fiéis) não podem saber ainda!!! Além disso, veio a imposição também de 3 bispos sagrados por Francisco à escolha de Fellay. Não necessariamente das fileiras da Neofrat. Vejam bem!  

E com isso chegamos ao segundo assunto: O Jogo do Ganso avança... 

Sites tradicionalistas de vários idiomas estão reverberando os rumores de um bispo modernista para a Neofrat. Tem nome:  Monsenhor Vitus Huonder, de 76 anos, conservador, o qual - oficialmente - pensa em se aposentar e ir viver em um internado masculino da Neofrat em Wangs, cantão suíço de San Galo. Amigo da Neofrat e próximo de Francisco, o qual lhe negou a aposentadoria em 2017, se não me engano. Um elo de ligação a mais. 

Minhas fontes me informaram que padres de um priorado centro-americano teriam sido solicitados em La Reja para aulinhas de como fazer para os fiéis irem se conformando ao acordo, sem chamá-lo de acordo, para não espantá-los. Veremos... 

Enquanto isso, os Ecclesia Dei foram rebaixados a uma Seção-de-qualquer-coisa, subordinada à Congregação para a Doutrina da Fé, aceitando o CVII e sendo bi-ritualistas... Que triste fim de uma tão bela história. 

Bom, fontes?... Pesquisem no Google. Minha obrigação é informar, não convencer. E como percebi que, apesar de todo o trabalho que sempre me dei para fundamentar as informações aqui não serve de nada, porque há ouvidos surdos... vou me poupar disto.  

Sigo rezando para que mais sapos cozidos despertem desse sono sobrenatural e tenham a coragem de defender a Fé e a Verdade, embora duvide que depois de tantos anos sendo doutrinados pelos ralliés ainda haja esperança. De qualquer forma, as portas das Missões Cristo Rei estão abertas. São bem vindos.  


Recordar é viver: http://farfalline.blogspot.com/2018/07/da-trave-que-entrava-os-olhos.html.