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domingo, 25 de julho de 2021

Dia dos Avós – origem e comemoração legítima


Dia dos Avós – origem e comemoração legítima 


Por Giulia d'Amore para o Pale Ideas. 


Geralmente, as festas do mundo – dia do motorista, dia do pintor, dia da família etc. – têm origens profanas, via de regra maçônicas, para substituir, na lembrança dos cristãos, as festas dos Santos. O diabo é chamado “macaco de Deus” porque O imita sempre que pode, para confundir o homem, e é, de fato, a sua assinatura, onde pode ser reconhecido e desmascarado. Aqui, o diabo macaqueia a Igreja – que erradicou festas pagãs pelo bem das almas, criando (e não “substituindo”) novas festas, mais benfazejas aos cristãos para garantir que guardassem a Fé – e substitui as festas cristãs por outras similares – o dia do motorista, por exemplo, substitui a festa de São Cristóvão; e se vê até mesmo “padres” modernistas dando ênfase a esse detalhe secundário em detrimento do que realmente importa, a memória do Santo – e, às vezes, totalmente contrárias à fé católica, como o dia da mulher, ou o dia do orgulho (sic) LGBT... 

No caso do Dia dos Avós, não é assim, porque os Santos avós de Nosso Senhor Jesus Cristo são a motivação original da data em que se celebram e honram (ou se deveria) os avós porque é no dia de Santa Ana, ou Sant’Ana, que ocorre a festa. E isso porque Paulo VI/Montini juntou, na década de 1960, as festas em honra dos Santos avós de Jesus, celebradas sempre em separado, como se verá mais abaixo.  

Entre os vários mistérios sobre Jesus Cristo e sua família, está a figura da avó materna, com uma história pouco conhecida. Apesar disso, é no dia da Padroeira das grávidas – porque Santa Ana foi mãe tardiamente e Maria foi fruto de um milagre, ou melhor dizendo, de um mistério – que se celebra o Dia dos Avós, por causa da história da dedicação dos pais de Maria, que se mantiveram unidos mesmo nas adversidades.  


Breve Vita de Santa Ana e São Joaquim


Santa Ana era casada com São Joaquim, homem virtuoso e rico, da estirpe de Davi, e viviam em Jerusalém. Como era o costume da época, Santa Ana casou cedo, mas não teve filhos, mesmo após vinte anos de matrimônio. Por causa disso, São Joaquim foi censurado pelo sacerdote Rubén, que o impediu de sacrificar no Templo por não ter dado filhos a Israel, o que era visto como punição divina por causa de algum pecado. Homem justo, não repudiou a esposa, e juntos suportaram as humilhações, com resignada paciência, rezando e oferecendo mortificações. Um dia São Joaquim decidiu fazer penitência sozinho, no deserto, entre os pastores, onde ficou 40 dias isolado. Enquanto isso, um Anjo apareceu a Santa Ana, anunciando a iminente concepção. O mesmo Anjos apareceu em sonho a São Joaquim confirmando que as suas orações haviam sido enfim ouvidas, e ele voltou para casa. O casal se encontrou na Porta Áurea de Jerusalém; os pintores sacros medievais, como Giotto, viam no beijo casto desse reencontro o momento da concepção da Santíssima Virgem. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-nos ao prêmio de ter por filha Aquela que havia de ser a Mãe de Jesus. Assim, Santa Ana finalmente concebeu a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, que nasceu no dia 8 de setembro, quinze anos antes de conceber o Salvador. Ainda segundo a tradição, Santa Ana morreu logo que a Menina completou três anos de idade. 

Encontro na Porta Áurea
Giotto


Culto a Santa Ana e São Joaquim