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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Padre sim, padre não... depende do que acha Francisco hoje!

O meio pseudo-tradicional estremeceu diante de mais uma notícia midiática de Francisco I: a "benevolente" permissão dele para que os padres da Neofrat de Fellay possam perdoar os pecados apenas durante o Ano da Misericórdia. Para economizar espaço - kkkkk - vou linkar as notícias a respeito: 

1. Carta de Francisco a Fisichella (que nem é da Congregação que trata desse tema), aqui
2. Resposta agradecida de Fellay: aqui

Minha modesta opinião. 

Bem diferente do que pensam alguns, a Resistência não ri nem chora, não rasga as vestes, nem perde o sono com esse assunto. Simplesmente porque não nos diz respeito. Nós, como Mons. Lefebvre nunca pertencemos à "Igreja" que o excomungou. Claro que cada um pode ter ficado mais ou menos escandalizado, seja pela "autorização" de Francisco, como pelo agradecimento de Fellay. Mas o escândalo é óbvio e natural, pois, se é verdade que não nos atinge, atinge uma infinidade de almas que acreditam piamente em cada palavra pronunciada por Francisco. O mal para as almas é incalculável, ainda que previsível.  


E é óbvio que vamos comentar, não porque temos obsessão pelo assunto, ou porque seja do interesse dos resistentes (somos bem formados e informados, não precisamos disto), mas para alertar as pessoas de boa fé e de boa vontade que continuam sendo enganadas pelos superiores!  

Nossa "obsessão" cessaria se Fellay & companhia parassem de ser notícia. E notícia escandalosa, como sempre!

Resumidamente, para quem não leu ou não entendeu o que acontece, Francisco outorgou aos padres de Fellay o poder que só pertence a sacerdotes validamente ordenados - ou seja, católicos - de perdoar os pecados. Mas não para todo o sempre, senão pelo prazo de um ano, que corresponde ao Ano da Misericórdia. E Fellay, comovido, agradeceu! 

Não precisa ser teólogo para ver o disparate de mais esta bergogliada!  

Pelo jeito que ele escreveu, se, no lugar de "os sacerdotes da Fraternidade Sacerdotal São Pio X", colocarmos "os sacerdotes do Dalai Lama", daria na mesma, pois até parece que não precisa ser um sacerdote católico para perdoar os pecados! Qualquer um que Francisco achar que possa perdoar poderia fazê-lo... Um diácono, um leigo, uma mulher, um cão, uma árvore, um E.T...  

1. E se precisa ser católico - e precisa! - então Francisco reconhece que os padres de Fellay são "católicos"; mas, se são católicos, não precisam da autorização dele para nada, porque já a receberam quando foram ordenados! Então... para que todos esse blablablá?

2. E se não precisa ser católico - mas precisa! - então Francisco é papa de que Igreja? A resposta a sabemos. Foi só um exercício de argumentação, uma pergunta retórica.

3. E que sacramento estranho é esse que fica preso no tempo? Pode por um ano, mas antes e depois disso não pode? É Papa ou... ditador?!?! Há uma grande diferença entre um Monarca e um ditador! Espero que não tenham se esquecido disto

4. Para Francisco, os padres da neofrat seriam padres católicos válidos apenas por um ano e apenas para confissões. Sério? E Fellay agradece por isso? Sério? Quem deveria estar rasgando as vestes não seriam os da Resistência... Mas como poderiam os ralliés se dar conta disso se já estão cozidos

Mas a coisa não para aqui, pois Fellay... respondeu! Ou seja: foi fisgado pela isca francisquita. 

E, pior, respondeu AGRADECENDO! Dai temos que

1. Ou Fellay não sabe nada de doutrina católica! 

2. Ou está tão deslumbrado pelos afagos modernistas que já perdeu a noção das coisas!  

Por fim, o que há por trás dessa carta de Francisco? Sim, porque, como bom jesuíta, não dá ponto sem nó! Para mim, que nada sou e nada sei, tem ligação com o próximo Sínodo. De alguma forma. Poderei falar mais a respeito em outro post.  

Mas também faz parte do plano conciliar de destruir a Igreja, confundindo as pessoas. Vejam como confunde Fellay e seus seguidores. Pela reação deles nos comentários que se leem na web, os vimos primeiro com ar blasé, e debochando da Resistência que, segundo eles, estava a rasgar as vestes. Depois, diante do agradecimento tolo e público de Fellay, os vimos, como macaquinhos de circo, aplaudir e louvar, encontrando justificativas "teológicas" para um ato tão "magnânimo" de "misericórdia" de Francisco.

O engraçado - ainda que não seja engraçado - é que esses asseclas neofrat há tempos vêm zombando da Resistência, aqui e ali, nos pequenos redutos em que se encastelaram, com piadinhas sobre o acordo que nunca aconteceu. É mais patético do que engraçado, na verdade, porque os sapos já estão cozidos. Não vou gastar mais teclado sobre isto, quem quiser que leia aqui, aqui e aqui.  

E, tendo em vista a reação dos neofrat diante da primeira e, em seguida, da segunda notícia, lhes aconselharia a esperar um pouco antes de se desabalar a comentar porque, pelo que se vê, não sabem nada do que pensa, faz e diz sua própria liderança! Para quem não estava nem aí... no fim a coisa foi bem diferente! 

Rezemos pelos católicos que deixam a doutrina de lado para seguir pessoas. É inacreditável que católicos batizados deixem de fazer uso da razão e se utilizem da paixão para guiar seu entendimento. Cavam a própria ruína.

Pior é que vez ou outra aparece algum texto interessante, mas que não é corretamente interpretado: http://fratresinunum.com/2015/09/02/o-jesuitismo-de-francisco

Vale a pena ler: https://nordestetridentino.wordpress.com/2015/08/31/a-ingenuidade-dos-tradicionalistas-de-fronte-a-mao-estendida-do-modernismo/.

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