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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Que penitências preciso fazer para alcançar o Céu?


Que penitências preciso fazer para alcançar o Céu?


Um dia perguntaram a Padre Leopoldo: “Padre, como compreende estas palavras do Senhor: ‘Se algum quer vir após de mim ... tome a sua cruz e siga-me’ (Mt 16,24)? Devemos fazer penitências extraordinárias?”. E ele respondeu: “Não precisa fazer penitências extraordinárias. Basta que suportamos com paciência as comuns tribulações de nossa mísera vida; as incompreensões, as ingratidões, as humilhações, os sofrimentos causados pela mudança das estações e pelo ambiente em que vivemos. Isso forma a cruz que o pecado nos pôs sobre as costas e que Deus quis como meio para nossa redenção.”  


São Leopoldo Mandic

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Os mistérios da água e do Sangue


Os mistérios da água e do Sangue 


Uma homilia de São Bernardino sobre o Coração rasgado, na passagem de São João (19,34): “mas um dos soldados abriu-lhe um lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água”. Do Ofício do Sagrado Coração de Jesus. 



Ex Corde scisso Ecclésia,

Christo jugáta, náscitur:

Hoc óstium arcæ in látere est

Génti ad salútem pósitum.[1] 

(Hino das Vésperas do Santíssimo Coração)[2] 



São João acrescentou: “mas um dos soldados abriu-lhe um lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água”. Ó amor que tudo desatas! Como, para a redenção nossa, abandonastes o nosso amante? De fato, para que o dilúvio do amor inundasse de todos os lados, foram rompidos sobre nós os grandes abismos; vale dizer, as profundezas[3] do Coração de Jesus, que, alcançando o íntimo, uma lança cruel não poupou. “E saiu sangue e água”. O Sangue da redenção, mas também a água correu para purificação; onde a Igreja foi formada do Lado de Cristo, para que ela saiba ser eternamente a única e amada de Cristo, e para que reconheça o quanto seja sentida a culpa pela qual saiu de tal forma o Sangue divino do Homem Deus vivo e morto. Não somos, portanto, de pouca monta, se para nós se versa o Sangue divino. 


A água literalmente não saiu misturada ao Sangue. De fato, não teria sido compreendido pelos ignorantes se tivesse saído misturada ao Sangue. E, talvez, todo o Sangue saiu daquele corpo divino em sinal de todo o amor doado; só depois saiu o humor áqueo. Isso ocorreu certamente por um grande mistério, para que primeiro saísse do mesmo Corpo o preço do resgate, e depois a água na qual está significada a multidão dos povos redimida. E visto que há muitas águas, muitos povos, todavia aqueles que pertencem à Fé Cristã formam um só povo fiel, de forma que não sejam “águas”, mas “água” que saiu do Lado de Cristo, como em 1Cor 10,17, diz o Apóstolo: “Visto que há um só Pão, nós, embora muitos, formamos um só Corpo, nós todos que participamos de um mesmo Pão. E, de novo, em Ef 4,5, diz: “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo”. 


Porém, é de notar que o Lado de Cristo se diz “aberto” e não “ferido”: uma vez que não se pode fazer uma ferida se não em um corpo vivo. De fato, o Evangelista São João diz: “um dos soldados abriu-lhe um lado com uma lança”; para que, no Lado aberto, aprendamos o amor até a morte do seu Coração, e entremos naquele inefável amor seu, onde Ele chegou a nós. Apressemo-nos, portanto, até o seu Coração, Coração grande, Coração secreto, Coração que a tudo pensa, Coração que tudo conhece, Coração que ama, não... arde de amor; compreendamos a sua porta aberta ao menos na veemência do amor; entremos cordiformes no Secreto escondido desde a eternidade, mas agora revelado na morte quase pelo Lado aberto; pois a abertura do Lado demostra a abertura do Templo Eterno, onde é a felicidade perfeita de todos os seres. 

terça-feira, 9 de junho de 2020

Renovação das promessas do Batismo

Renovação das Promessas do Batismo


Creio firmemente em todas as verdades contidas no Credo.
Creio em geral tudo o que Deus revelou e nos ensina pela sua Santa Igreja Católica Apostólica Romana. 
Creio, em particular, que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento do Altar tão real e perfeitamente como está no Céu.
Renuncio ao pecado, para viver na liberdade dos filhos de Deus.
Renuncio à sedução do mal, para não me deixar ser dominado pelo pecado.
Renuncio a Satanás e a todas as suas pompas, obras e seduções.
Prometo guardar os Mandamentos de Deus e os Preceitos de sua Santa Igreja.
Prometo viver e morrer na Santa Fé Católica. 

Credo Niceno-Constantinopolitano 


Creio em um só Deus, 
Pai Onipotente, 
Criador do céu e da terra, 
de todas as coisas visíveis e invisíveis. 
E em um só Jesus Cristo, Senhor nosso, 
Filho de Deus unigênito
e nascido do Pai antes de todos os séculos.
Deus de Deus, 
luz de luz, 
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. 
Gerado, não feito, 
da mesma substância com o Pai,
e pelo qual foram feitas todas as coisas
O qual, por nós, homens, 
e pela nossa salvação, 
desceu dos Céus. 
(aqui, todos ajoelham)
E encarnou por obra do Espírito Santo, 
em Maria Virgem, 
E FEZ-SE HOMEM. 
Foi também crucificado por nós, sob Pôncio Pilatos; 
padeceu e foi sepultado. 
E ressuscitou ao terceiro dia, 
segundo as Escrituras.
E subiu ao Céu, 
onde está sentado à mão direita do Pai, 
de onde há de vir segunda vez, com glória,
a julgar os vivos e os mortos; 
e seu reino não terá fim. 
Creio no Espírito † Santo, 
que também é Senhor, e dá Vida, 
e procede do Pai e do Filho,
com os quais é juntamente adorado e glorificado,
e é o que falou pelos Profetas. 
Creio na Igreja, 
Una †, Santa, Católica e Apostólica. 
Confesso um Batismo para remissão dos pecados. 
E espero a ressurreição dos mortos, 
e a vida do futuro século
Assim seja.



     

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Sobre a contrição



Sobre a contrição


Do Bispo de Coimbra, Dom Manuel Correia de Bastos Pina, falando acerca da contrição dos pecados necessária para obter os frutos da Indulgência Plenária concedida pelo “Decreto Pastoral sobre o Jubileu do Ano Santo de 1875”: