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sábado, 8 de agosto de 2015

AINDA SOBRE A COMUNHÃO AOS ADÚLTEROS APROVADA POR FRANCISCO: A OPINIÃO DE UM JESUÍTA

Um trecho do artigo de Sandro Magister, no site italiano L'Espresso. Na sequência do tsunami que Francisco vem provocando sobre a questão de dar a Comunhão a adúlteros, na subespécie de divorciados que voltam a se casar. Os bispos de Portugal já gritaram: "A revolução na Igreja posta em marcha pelo Papa Francisco já está a dividir os bispos portugueses. Na última reunião plenária, em Abril, a discussão acendeu-se e a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) partiu-se ao meio. De um lado, o grupo encabeçado pelo bispo de Leiria-Fátima, António Marto [interessante: um Marto (descendente de Jacinta e Francisco Marto?) e Bispo de FÁTIMA!!!], que defende a abertura da Igreja nos temas da família. Do outro, os que estão com o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e consideram que não se pode pôr em causa a doutrina" (Cf. "Bispos divididos": http://www.sol.pt/noticia/404932). Mas as críticas vêm também de "fogo amigo", por parte de um jesuíta. Leia a seguir. 

Observação: Para quem ainda não sabe, Joaquim de Fiore (c. 1132 — 1202) abade cisterciense herético, defensor do Milenarismo e do advento da idade do Espírito Santo. O seu pensamento deu origem a diversos movimentos filosóficos, com destaque para os joaquimitas e florenses. Apesar de algumas das doutrinas de Joaquim de Fiore sobre a Santíssima Trindade terem sido condenadas pelo Concílio de Latrão de 1215 (IV Concílio Lateranense), o grosso do seu pensamento não levantou suspeitas de heresia até meados do século. O  tratado intitulado Introductorium in Evangelium Aeternum - obra hoje apenas conhecida pelos extratos feitos em 1255 quando do processo da sua condenação canónica - frei Gerardo de Borgo San Donnino foi solenemente condenado como herético pelo papa Alexandre IV em 1256, incluindo na condenação, para além das obras joaquimitas, o corpo principal da doutrina de Joaquim de Fiore. Na sequência desta condenação, as suas doutrinas foram refutadas pelo grande Doutor da Igreja São Tomás de Aquino na sua Summa Theologica. A condenação de Joaquim, assim como a zelosa e ferrenha repressão exercida por São Boaventura, outro Doutor da Igreja, contra os seus seguidores levou a um marcado apagamento do joaquimismo (cf. Wikipédia). Assim, leiam sob esta perspectiva o que fala, abaixo, um confrade de Francisco, a respeito da preferência doutrinária dele. 

Para registro, em 04 de abril de 2002, o Secretário de Estado Cardeal Sodano, sendo papa João Paulo II, envia uma Carta ao Arcebispo de Cosenza-Bisignano, d. Giuseppe Agostino, por ocasião do VIII centenário da morte  de Joaquim de Fiore, terminando assim: "Considerando os testemunhos de virtude autenticamente cristãos, oferecidos pelo Abade de Fiore, o Sumo Pontífice [João Paulo II] formula bons votos a fim de que esta celebração do VIII Centenário da morte de Joaquim constitua para a Arquidiocese de Cosenza-Bisignano - sua terra natal, que conserva também os seus restos mortais - assim como para o Povo de Deus que vive na Calábria, uma preciosa ocasião de reflexão e de edificação espiritual. Com estes votos, Sua Santidade [João Paulo II] envia uma especial Bênção Apostólica a Vossa Excelência Reverendíssima, aos fiéis da Arquidiocese de Cosenza-Bisignano e a quantos, animados por um sincero desejo de verdade, se aproximarem da figura deste insigne filho da Calábria durante as celebrações jubilares." (Cf. http://www.vatican.va/roman_curia/secretariat_state/documents/rc_seg-st_doc_20020404_sodano-agostino_po.htmlDITO POR UM JESUÍTA, SOBRE FRANCISCO .) O que dizer mais? Um herege que foi condenado como tal pela Igreja é tido por João Paulo II praticamente como um santo, por seus "testemunhos de virtude autenticamente cristãos"!!!
  


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AINDA SOBRE A COMUNHÃO AOS ADÚLTEROS APROVADA POR FRANCISCO: A OPINIÃO DE UM JESUÍTA 



Pode se dizer qqr coisa sobre os outros discursos papais em Bolívia, mas este de Santa Cruz é Bergoglio em seu estado puro. Contém a sua versão do mundo e do que nele não vai bem. O papa nos diz o que pensa, sem pedir nossa opinião. Porque já tirou as suas conclusões. É o que eu definiria um discurso integralmente apocalíptico e utópico. Descreve seja o quanto terrível é a realidade, seja o quanto idílica pode se tornar. Não tem o mínimo espaço para um comum senso mediano, para a ideia de que o mundo pode ir adiante por si só como tem feito por milênios. É uma exortação mais relacionada ao segundo mandamento (‘ama o teu próximo’) do que ao primeiro mandamento (‘buscai em primeiro lugar o reino de Deus’). É mais próxima a Joaquim de Fiore do que a Agostinho de Hipona.

E continua:

Pelo que me parece, neste particular discurso não encontramos quase mais traço algum da atenção cristã para a virtude pessoal, a salvação, o pecador, o sacrifício, o sofrimento, o arrependimento, a vida eterna, nem para um perene vale de lágrimas. Pecados e males são transformados em questões sociais ou ecológicas que requerem remédios políticos e estruturais.”
  
Padre James V. Schall SJ, Docente de filosofia política na Georgetown University di Washington, in “The Catholic World Report” (24 de julho 2015), in “Francesco e i media. Due casi di studio”, de Sandro Magister, http://magister.blogautore.espresso.repubblica.it/2015/08/06/francesco-e-i-media-due-casi-di-studio.   






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