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segunda-feira, 18 de maio de 2015

18 de maio: São Venâncio

18 de maio

São Venâncio

Mártir 


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Venâncio, após sofrer vários suplícios, foi decapitado em 18 de maio de 253, em Camerino, Itália, onde, na igreja com seu nome, está conservada uma pedra na qual o santo deixou a marca de seus próprios joelhos. Localizada na cripta, a pedra possui poderes terapêuticos e cura a parte dolorida que for apoiada sobre ela. 

Resta-se maravilhados diante do enorme e antiquíssimo culto tributado a este santo mártir em Camerino, como em toda a Itália central. Assim como se fica interdetti ao ler acerca dos martírios sofridos. Venâncio, um menino de 15 anos, pertencia a uma família nobre de Camerino, convertendo-se ao Cristianismo, deixou todos os confortos nos quais havia vivido até então e foi viver junto ao Sacerdote Porfírio.

Procurado pelas autoridades pagãs da cidade, e ameaçado com torturas e morte se não voltasse ao culto dos deuses pagãos, por ordem dos éditos imperiais. Venâncio, adolescente pela idade, mas de forte personalidade, se recusa a obedecer e, então, é submetido a flagelações, penas de fumaça, fogo, ecúleo (cavalletto), saindo delas sempre incólume e, por isso, colhe conversões entre os pagãos que assistem às torturas e entre os próprios carrascos.

Ainda assim, continua na prisão e continuam os tormentos com carvões acesos sobre a cabeça (por isso, é requisitado pelos que sofrem de dores de cabeça). Lhe são quebrados os dentes e a mandíbula, é jogado em um chiqueiro. Mas Venâncio não cede. Então, é jogado como alimento a cinco leões famintos, mas estes se deitam, inofensivos, a seus pés.


Na prisão, pôde acolher enfermos de todo gênero que o visitam admirados e implorando-lhe ajuda. E ele lhes devolve a saúde do corpo e da alma, convertendo-os ao Cristianismo. 


Já em desespero, o prefeito o manda jogar do alto dos muros da cidade, mas mais uma vez sai ileso, cantando louvores a Deus.

Então, é amarrado e arrastado pelos campos, e ainda nessa ocasião opera uma milagre fazendo surgir uma nascente de uma rocha para saciar a sede dos soldados, operando novas conversões.


Por fim, aos 8 de maio de 251, sob o imperador Décio, ou talvez em 253, sob o imperador Valeriano, é decapitado junto a outros dez cristãos. Acaba assim a galeria de horrores a que foi submetido, que fica difícil de crer a tanta crueldade de que foi capaz um povo que dominava o mundo de então, pela força, mas também pela "cultura", arte, direito e "civilidade". De toda forma, esta passio, relatada também nos Acta Sanctorum, já no século XI, foi acrescida, nos séculos sucessivos também de uma fuga do Mártir de Camerino, para subtrair-se aos perseguidores através da Valnerina em Rieti e de lá até Raiano (província de L’Aquila), onde lhe foi dedicada uma igreja.

O mártir foi sepultado fora da Porta Oriental, sob o declívio leste da colina, a 500 metros dos muros, onde foi, depois, erguida uma basílica (sec. V), reedificada muitas vezes nos séculos sucessivos, sendo ainda hoje sé da "Arca do santo", meta de devoção secular.

No curso da milenar história da cidade, seu nome, seu culto são presentes em toda parte, nas fórmulas de invocação e nas litânias dos santos dos bispos camarinenses, de 1235 e de 1242, livros litúrgicos locais dos sec. XIV e XV; nos sigilos e moedas com a efígie do santo; na igreja erigida junto à nascente que surgiu milagrosamente, a que foram ligadas duas banheiras, nas quais eram imersos os leprosos e chagados para alcançar a cura.

Com o governo dos Senhores Da Varano, desde o fim do ano 200, s. Venanzio substituiu, como protetor da cidade de Camerino, ao santo Bispo Ansovino (m. 868). Em 1259, durante a destruição e saque da cidade por parte das tropas de Manfredi, as relíquias do Mártir foram retiradas e transferidas ára o Castel dell’Ovo em Nápoles; foram devolvidas à devoção da cidade em 1269, por ordem do Papa Clemente IV.

A passio terrena do adolescente Venâncio suscitou uma riqueza em literatura, dramas, oratórios musicais, poemas, poeminhas e carmos em latinos e italiano. Solenes manifestações religiosas com tons floclóricos aconteciam, desde o 1200 em Camerino no dia 18 de maio, data de sua festa, e nos dias próximos, envolvendo toda a cidade em um pálio particular, desfile de autoridades e corporações, uma "giostra della Quintana" e outras corridas, feiras, quermesses, procissões com a estátua de prata.

Em campo artístico, são inumeráveis as obras de arte que o representam em afrescos, estampas, moedas, sigilos, incisões, medalhas, bordados, arazzi, estátuas, polípticos etc. a que se dedicou toda uma série de artista desde a Idade Média até hoje.

A bibliografia ligada ao santo mártir, a seu culto e às manifestações comemorativas é enorme, como pouquíssimos outros santos tiveram.   



Fonte: http://www.santiebeati.it/dettaglio/53900.
Tradução: Giulia d'Amore. 
Imagens: web.


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