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terça-feira, 19 de maio de 2015

19 de maio: São Pedro Celestino, Papa e Confessor

19 de maio 

São Pedro Celestino

Papa e Confessor

 

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Ao escrever sobre este santo elogiado pelo Igreja sobretudo pela sua humildade, quero em primeiro lugar transcrever, em português, o que a Santa Madre Igreja dele diz na sua Liturgia, no Breviário. Creio primeiramente ser útil observar que este Breviário é o tradicional, ou seja, o que foi restaurado e canonizado pelo Sacrossanto Concílio de Trento, editado por São Pio V, reformado pela autoridade de São Pio X e, no que se refere a São Pedro Celestino, Papa e Confessor. Assim reza o Breviário:
"Pedro, que recebeu o nome de Celestino como Papa, nasceu de pais católicos virtuosos, em Sulmona da Isérnia [Itália]. Tendo apenas entrado na adolescência, para guardar a alma livre das seduções do mundo, retirou-se para a solidão. Aí nutrindo a mente com a contemplação, reduzindo o corpo à servidão, trazia sobre a carne nua [sob às vestes] uma corrente de ferro. Fundou uma Congregação que depois foi chamada dos Celestinos, sob a Regra de São Bento. Daí, como uma luz colocada sobre o candelabro, ele, como não conseguisse se esconder, (a Igreja Romana estava sem pastor há muito tempo) sem saber e ausente, elevado à Cátedra de Pedro, impressionou a todos pela grande admiração da notícia não menos do que pela inesperada alegria. Colocado, porém, no cume do Pontificado, repleto de vários cuidados, como reconhecesse dificilmente poder se entregar às costumadas meditações, renunciou voluntariamente não só ao peso mas também à honra. Voltando, então, ao antigo sistema de vida, dormiu no Senhor, e uma cruz brilhando no ar diante da porta de sua cela tornou mais preciosa ainda a sua morte. Ainda em vida e depois da morte, tornou-se célebre pelos seus muitos milagres; por estes milagres, correta e religiosamente examinados, Clemente V, onze anos após sua morte, incluiu-o no número dos santos".

Ouçamos agora São João Bosco:
"Foi São Celestino um dos Papas que deram mui singular exemplo de humildade. Nascido em Sulmona; desde jovem dedicou-se inteiramente à contemplação das coisas celestiais e ao exercício da penitência. Depois de ter levado setenta anos de vida austera e penitente, em um deserto, tiraram-no quase à força dali, no ano 1294, para criá-lo Papa, em lugar de Nicolau IV, que falecera em 1292. De todas as partes, acudiam as multidões para verem o novo Pontífice, com a fama de suas virtudes e milagres atraía a admiração de todos. Mas cinco meses depois de ocupar o trono pontifício, levado por sua humildade e amor ao retiro, renunciou ao Papado, coisa nunca vista até então; e, apesar das vivas instâncias dos cardeais, quis tornar a vestir os humildes hábitos de anacoreta; no fim de dez meses morreu em Sulmona, na Campânia, com fama de santidade. Ano 1296. Foi ele fundador dos monges chamados Celestinos".

Cotejemos, agora, célebres historiadores eclesiásticos, na procura de mais detalhes seguros sobre este santo que está, inclusive, muito lembrado, nestes dias após 11 de fevereiro deste ano de 2013, quando Padre Bento XVI anunciou oficialmente sua "livre renúncia", que realmente se deu no dia 28 de fevereiro deste mesmo ano [2013], às 20 horas, sendo, a partir deste dia e hora, apenas simples Bispo Emérito de Roma.

Vejamos alguns apontamentos do Padre João Batista Lehmann, que por sua vez, recolheu-os dos Bollandistas, Muratori, Wetzer, Welte e D. Jaime de Barros Câmara:

"Tendo apenas seis anos de idade, disse à mãe: 'Mamãe, quero ser um servo de Deus'. Fielmente cumpriu esta palavra, como promessa feita ao Altíssimo. Apenas tinha terminado os estudos, quando se retirou para um ermo, onde viveu dez anos. Decorrido este tempo, ordenou-se em Roma e entrou na Ordem Beneditina. Com licença do Abade, abandonou depois o convento, para continuar a vida de eremita. Como tal, teve o nome de Pedro de Morone, nome tirado do morro de Morone, ao sopé do qual erigira a cela em que morava (...). Em 1251, fundou, com mais dois companheiros, um pequeno convento, perto do morro Majela. A virtude dos monges animou outros a seguir-lhes o exemplo. O número dos religiosos, sob a direção de Pedro, cresceu de mês em mês, tanto que o superior, por uma inspiração divina, deu uma Regra à nova Ordem, chamada dos Celestinos. Esta Ordem, reconhecida e aprovada por Leão IX, estendeu-se admiravelmente, e ainda em vida do fundador contava 36 conventos".

Terminemos com a oração litúrgica que a Santa Igreja faz no dia de sua festa, isto é, 19 de maio, oração do Breviário e da Santa Missa:

OREMOS

Ó Deus, que elevastes São Pedro Celestino à eminente dignidade do supremo Pontificado, e lhe ensinastes a preferir a humildade, concedei-nos, propício, que a seu exemplo, desprezemos as coisas deste mundo, para merecermos com felicidade alcançar as recompensas prometidas aos humildes. Por N. S. 

Fonte: http://jesusviaveritasetvita.blogspot.com/2013/03/sao-pedro-celestino-papa-e-confessor.html.

Sobre a renúncia papal, vide também: 
http://farfalline.blogspot.com/2013/02/de-mattei-renuncia-de-bento-xvi.html
http://farfalline.blogspot.com.br/2013/06/neo-igreja-questao-do-brasao-do-papa.html.

Sobre São Pedro Celestino (Papa Celestino V), vide também: http://emdefesadasantafe.blogspot.com.br/2012/05/19-de-maio-sao-pedro-celestino-papa-e.html



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