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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Catecismo Anticomunista - Dom Geraldo Sigaud - XVI

CATECISMO ANTICOMUNISTA

D. Geraldo de Proença Sigaud


XVI. OS PONTOS MAIS VISADOS — A REFORMA AGRÁRIA


87. Quais são os pontos mais visados pela seita comunista em sua campanha para dominar um país?
Os pontos mais visados pela campanha comunista no primeiro período, que é o da destruição da sociedade católica, são os seguintes: direito de propriedade, forças armadas, pátria, família, e sobretudo a Religião. Para quebrar todas as resistências, procura-se encher o povo de ódio contra tudo isto.

88. Que reformas o comunismo apregoa, para dominar um país?
Para dominar um país o comunismo apregoa a necessidade de várias reformas. A primeira é a reforma agrária, depois vem a reforma urbana, a comercial e a industrial, todas elas de caráter mais ou menos acentuadamente expropriatório e socialista.

89. Em que consiste a reforma agrária que os comunistas querem?
Os comunistas, tomando por pretexto a situação não raras vezes lamentável do trabalhador rural, e a conveniência de favorecer-lhe o acesso à condição de proprietário, promovem o confisco das propriedades rurais grandes e médias. Desde que haja só propriedades pequenas, caem todas sob o controle absoluto do Estado.

90. De que maneira uma tal reforma agrária prepara a Revolução desejada pelo comunismo?
De tal reforma agrária o comunismo tira diversas vantagens:

a) ela destrói as elites rurais, coluna indispensável da ordem social;
b) cria uma grande desordem no campo, com lutas, violências, homicídios;
c) daí nasce uma grande penúria e grande fome no campo e na cidade;
d) assim se enfraquece a nação e se leva o povo ao desespero. Com isto as resistências anticomunistas ficam prejudicadas, e o Partido pode dar o golpe da Revolução.

91. A Igreja concorda com uma reforma agrária que viole o direito de propriedade?
A Igreja condena toda reforma agrária que não respeite como sagrado o direito da propriedade, seja do grande fazendeiro, como do pequeno sitiante. Em ambos os casos este direito é sagrado.

92. Que reforma agrária a Igreja abençoa?
A Igreja abençoa uma reforma agrária que atenda aos seguintes pontos fundamentais:

a) respeito pela legítima propriedade, qualquer que seja o seu tamanho;
b) fornecimento por parte do Estado, de assistência técnica, social e financeira ao lavrador;
c) colonização da imensa reserva de terras inaproveitadas da União, Estados e Municípios;
d) concessão de crédito aos grandes proprietários que queiram dividir e colonizar suas terras;
e) concessão de crédito a juros baixos e prazo longo, para os agricultores que queiram adquirir terras, montar suas fazendas ou sítios;
f) assistência religiosa e educacional aos homens do campo;
g) facilitar a formação de cooperativas agrícolas, livres, de iniciativa particular;
h) facilitar o armazenamento e transporte dos produtos da agricultura.

93. A Igreja proíbe a expropriação de uma gleba para fins sociais?
A Igreja admite a expropriação de uma gleba para fins sociais, mas com grandes cautelas:

a) é preciso que se trate de alcançar um bem comum proporcionadamente grande, ou de afastar um mal proporcionadamente grande;
b) é preciso que não haja outra solução que não seja dispor da gleba;
c) é necessário que se tenha antes tentado, sem êxito, a aquisição amigável do imóvel;
d) é necessário que o dono receba, no ato da desapropriação, e em dinheiro, o preço justo, correspondente ao valor real e atual do imóvel, seja esse valor grande ou pequeno.

94. Há casos especiais de desapropriação?
Sim. Por exemplo, se a finalidade da obra a ser executada em determinada gleba o exigir, o Estado poderá desapropriar, além desta, as glebas vizinhas, a fim de que a obra aproveite ao maior número de pessoas.

CONTINUA... 

Fonte: D. Geraldo de Proença Sigaud, S.V.D., Arcebispo de Diamantina, Catecismo Anticomunista, 3ª. Ed. Editora Vera Cruz. São Paulo, 1963. 


Visto em: http://www.sacralidade.com/igreja2010/0314.catecismo_anticomunista.html.


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