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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Legado de Mons. Lefebvre

Último número de "LA TRADIZIONE CATTOLICA"... A vinte anos da morte de Monsenhor Lefebvre.



 
"... Que coisa mais bela Nosso Senhor legou à humanidade, que coisa mais preciosa, mais santa (...) quando morria na Cruz? Foi o Sacrifício de si mesmo (...). A Missa é o “tesouro – o maior, o mais rico – que Nosso Senhor concedeu” à humanidade. (...) A Missa é "tudo para Deus". Por isso vos digo: pela glória da Santíssima Trindade, pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela devoção à Santíssima Virgem Maria, pelo amor à Igreja, pelo amor ao Papa, pelo amor aos Bispos, aos Sacerdotes, a todos os fieis, pela salvação do mundo (...) guardai o testamento de Jesus Cristo, guardai o Sacrifício de Nosso Senhor! Conservai a Missa de Sempre! (...)" (Mons. Marcel Lefebvre)


Esperamos que todos os membros da Fraternidade São Pio X nunca esqueçam o que diz abaixo Mons. Fellay...


SEM MONS. LEFEBVRE NÃO HÁ FRATERNIDADE SÃO PIO X

Olhemos um pouco mais de perto esta nossa Fraternidade. Há algo evidente: falar da Fraternidade, falar do que ela faz, falar de suas intenções, significa falar necessariamente de uma pessoa, de nosso caro e venerado Fundador, Mons. Marcel Lefebvre. Se ele não tivesse existido, não haveria Fraternidade alguma, nós não existiríamos. Esta obra da Igreja existe porque ele a fundou, e não só isso: toda a nossa batalha pela Igreja é regida pelas suas diretrizes, por um espírito que recebemos de Mons. Lefebvre.  É claro que ele foi um homem suscitado pela Divina Providência para esta época. Por isso, Deus o dotou de um número impressionante de talentos e de dons. Em primeiro lugar, lhe permitiu de compreender que na Igreja havia um problema, uma crise. Deus também lhe deu a capacidade de mostrar os meios para sair dela, e qual era o antídoto. A Fraternidade, depois de quarenta anos, vive dessas indicações que nos foram dadas por Mons. Lefebvre.
A coisa mais extraordinária é que as indicações que nos deixou – seja para explicar o que acontece na Igreja, seja para mostrar quais são os meios que precisamos usar para sair disso –, esta visão da Igreja é tão profunda que após quarenta anos se pode ler o que diz e aplicá-lo como se o estivesse dizendo agora. Isto significa que tal visão é tão elevada que de alguma maneira supera o tempo; vale para a nossa época e, mesmo assim, é suficientemente acima dos elementos particulares e contingentes de uma época que pode nos mostrar o que é preciso fazer. Colocado o problema, eis a solução!
A Fraternidade é um legado. Até nisso há um liame com a Igreja. A Igreja é uma tradição, no sentido de que de geração em geração é transmitido aos pósteros o que Nosso Senhor Jesus Cristo confiou aos Apóstolos. Isso é, de fato, a tradição: a transmissão de um depósito, de um tesouro que se chama “depósito revelado”, que Deus confiou aos homens para salvação deles próprios. Na nossa Fraternidade ouve-se repetir exatamente a mesma coisa, um eco fiel, não algo de diferente, porque nós estamos na Igreja.
Mons. Lefebvre dizia, e quis que fosse escrito em sua lápide: “Transmiti o que recebi” (I Cor 11, 23). Nós recebemos e ainda vivemos hoje este tesouro. Se vocês estão aqui hoje é porque vocês também receberam este tesouro, e, se nós contamos hoje quarenta anos de existência, significa que por quarenta anos esta transmissão foi mantida. O que fazemos – e Monsenhor insistiu muito sobre este ponto – não deve ser outra coisa do que aquilo que faz a Igreja.
Quando nos falava do espírito que deve animar a Fraternidade; quando lhe perguntávamos qual devesse ser este espírito, ele respondia que ela (Fraternidade) não quer ter um espírito próprio, mas o da Igreja. Considerando a Igreja, vemos o que domina nela e o que a move. Este mesmo espírito deve ser o que move a Fraternidade. Agora na Igreja tem o combate e a defesa da Fé. Mas isto não basta. Não é tudo. Vocês mesmos compreendem bem como as pessoas que nos olham de fora veem elementos negativos: a defesa da Fé, a condenação dos erros, o combate ou mesmo a guerra… e geralmente param aí. Seria bom que olhassem um pouco melhor, e veriam que estes elementos são bem reais, mas não são o fim nem o cumprimento da Fraternidade. O fim é a santidade. É verdadeiramente belo e extraordinário considerar esta finalidade em uma época como a nossa, na qual a santidade é ridicularizada em toda parte. Época em que as proteções e os auxílios que ofereciam as leis dos Estados para a moral e a defesa da lei natural desapareceram. Tudo ruiu, tudo foi afundado na podridão... pois bem, em um tal ambiente, em tal naufrágio, é verdadeiramente extraordinário ver que esta pequena Fraternidade, atacada por todos os lados, consegue, de alguma forma, fazer brilhar a luz de Deus, que é a luz da Fé, dando aos homens a coragem de resistir no meio de tudo isso, para viver uma vida que agrada a Deus, uma vida na graça. É algo absolutamente extraordinário que de milagroso. Hoje devemos, realmente, dar graças a Deus. Dar graças a Deus por ter-nos dado um Mons. Lefebvre.

NONPOSSUMUS
Tradução: Giulia d'Amore di Ugento

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