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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Virtutes Theologicae: As virtudes teologais da Fé, Esperança e Caridade


Virtutes Theologicae
 As Virtudes Teologais da Fé, Esperança e Caridade

As origens das virtudes teologais encontram-se nas Escrituras. São Paulo escreve em sua carta aos Coríntios: "Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade. A maior delas, porém, é a caridade" (1Coríntios 13,13). Aqui e em todas as Escrituras, os temas da fé, esperança e caridade são constantemente enfatizados e, portanto, têm sido destacados e lhes foi dado o nome de "as Virtudes Teologais". Elas são chamadas virtudes teologais porque a palavra "teologal" significa "pertencente ou relativo a Deus". Nossa fé, esperança e caridade devem ter Deus por sua base e motivação, caso contrário elas são inúteis.

Na Bíblia, vemos que a Fé é o começo da salvação humana porque: "... é impossível agradar a Deus sem a fé. De fato, quem se aproxima de Deus deve acreditar que Ele existe e que recompensa aqueles que O procuram" (Heb. 11,6). Desta Fé em Deus deve, então, vir a Esperança, a confiante Esperança de que Deus vai realizar Suas promessas para nós. As Escrituras nos dizem, em Romanos 8,24: "... porque em esperança já fomos salvos". E, novamente, em Gálatas 5,5: "... aguardamos no Espírito a esperança de nos tornarmos justos através da fé". Por último, a partir desta Esperança edificada sobre a Fé nasce a Caridade, pois "a esperança (...) não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado a nós " (Rm 5,5). É deste Amor que Cristo falou quando disse, "Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo." (Mat. 22,37-39).

Dois papas, em particular, percebiam fortemente estas virtudes teologais. Papa Bento XIII (1649-1730), em 15 de janeiro de 1728, concedeu a indulgência plenária aos atos de Fé, Esperança e Caridade. Vinte e oito anos depois, em 28 de janeiro de 1756, o Papa Bento XIV (1675-1758), que compreendia profundamente que essas virtudes teologais sempre foram importantes, confirmou a concessão do seu predecessor e estendeu a concessão para incluir uma indulgência parcial sempre que forem recitados. Ele também estendeu a concessão a qualquer forma legítima das três virtudes teologais. Esta concessão posterior continua até hoje no Enchiridion Indulgentiarum. Uma indulgência parcial é concedida a qualquer ato legítimo de Fé, Esperança e Caridade.

muitas versões destes Atos de Fé, Esperança e Caridade. Os que vêm abaixo são os mais populares hoje em dia:



Ato de Fé

Actus Fidei

Dómine Deus, firma fide credo et confiteor ómnia et síngula quae Sancta Ecclésia Cathólica propónit, quia tu, Deus, ea ómnia revelásti, qui es aetérna véritas et sapiéntia quae nec fállere nec falli potest. In hac fide vívere et mori státuo. Amen.

Ato de Fé

Senhor Deus, creio firmemente e confesso todas e cada uma das coisas que a Santa Igreja Católica propõe, porque Vós, ó Deus, revelastes todas essas coisas, Vós, que sois a eterna verdade e sabedoria que não pode enganar nem ser enganada. Nesta fé, é minha determinação viver e morrer. Amém.



Ato de Esperança

Actus Spei

Dómine Deus, spero per grátiam tuam remissiónem ómnium peccatórum, et post hanc vitam aetérnam felicitátem me esse consecutúrum: quia tu promisísti, qui es infiníte potens, fidélis, benígnus, et miséricors. In hac spe vívere et mori státuo. Amen.

Ato de Esperança

Espero, Senhor Deus, que, pela vossa graça, hei de conseguir a remissão de todos os pecados e depois desta vida a felicidade eterna, porque Vós prometestes, Vós que sois infinitamente poderoso, fiel e misericordioso. Nesta esperança, é minha determinação viver e morrer. Amém.


Ato de Caridade

Actus caritatis

Dómine Deus, amo te super ómnia et próximum meum proter te, quia tu es summum, infinítum, et perfectíssimum bonum, omni dilectióne dignum. In hac caritáte vívere et mori státuo. Amen.

Ato de Caridade

Senhor Deus, amo-Vos sobre todas as coisas e a meu próximo por causa de Ti, porque Vós sois o sumo bem, infinito e perfeitíssimo, digno de todo amor. Nesta caridade, é minha determinação viver e morrer. Amém.












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