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sábado, 23 de agosto de 2025

O Assunto é... São Raimundo Nonato




O Assunto é... São Raimundo Nonato


Vida:

Devoções:

2. Ação de graças pelo nascimento do(a) filho(a) por intercessão de São Raimundo Nonato: https://precantur.blogspot.com/2025/08/acao-de-gracas-nascimento-filho-sao-raimundo-nonato.html.
3. Oração a São Raimundo Nonato para resolver os problemas: https://precantur.blogspot.com/2025/08/oracao-sao-raimundo-nonato-para.html. 31/08/2025
4. Novena a São Raimundo Nonato II: https://precantur.blogspot.com/2026/08/novena-sao-raimundo-nonato-ii.html. 22/08/2026
5. Oração a São Raimundo Nonato II: https://precantur.blogspot.com/2026/08/oracao-sao-raimundo-nonato.html. 31/08/2026 
6. Oração a São Raimundo Nonato por um feliz parto: https://precantur.blogspot.com/2027/08/oracao-sao-raimundo-nonato-bom-parto.html. 31/08/2027
7. Novena a São Raimundo Nonato III: https://precantur.blogspot.com/2027/08/novena-sao-raimundo-nonato-iii.html. 22/08/2027
8. Novena ao Cardeal São Raimundo Nonato da Ordem da Mercês, Advogado das mulheres grávidas: https://precantur.blogspot.com/2028/08/novena-ao-cardeal-sao-raimundo-nonato.html. 22/08/2028



Sempre que possível, fazei a caridade de rezar por este nosso apostolado católico. Agradecemos com nossas orações recíprocas.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Santa Filomena, a Princesa do Céu



Santa Filomena


Festa 11 de agosto  

Santa Filomena foi canonizada em 30 de janeiro de 1837 pelo Papa Gregório XVI. Seus restos mortais foram encontrados em 1802, nas Catacumbas de Santa Priscila, em Roma, cobertos por três telhas de terracota, nas quais havia sido escrito: “Pax tecum Filomena” (a paz esteja contigo, Filomena). Eram devotos dela o próprio Papa Gregório XVI e os Papas Pio IX, Leão XIII e São Pio X, e santos entre os quais São João Batista Maria Vianney (que atribuiu à Santa uma milagrosa cura que recebeu) e São Damião de Malocai. Apesar disso, seu nome e sua memória nunca foram registrados no Martirológio.  

Sua única biografia foi escrita por Soror Maria Luísa de Jesus, célebre mística e asceta que vivia no Retiro dell’Olivella, em Nápoles. A pedido de seu confessor, sob pedido, por sua vez, de Dom Francesco de Lucia, foi encarregada de pesquisar notícias sobre a vida e martírio da Santa. E, no dia 3 de agosto de 1833, enquanto rezava em sua cela, diante de uma imagem da Santa, a própria Filomena lhe apareceu narrando a história de seu martírio.  

A Santa havia sido a filha de um príncipe da Grécia que, junto com a esposa, havia se convertido ao Cristianismo. Havia nascido a 10 de janeiro, e aos 11 anos de idade havia consagrado ao Senhor a sua virgindade. O imperador Diocleciano, então, declarou guerra ao pai de Filomena, o qual foi até Roma, com a família, para tratar da paz. O imperador se apaixonou pela menina, que tinha cerca de 13 anos, mas, diante de sua rejeição, a submeteu a uma série de torturas. Filomena foi flagelada, mas dois anjos a curaram. Depois foi amarrada a uma âncora e jogada no rio Tibre, mas foi novamente salva. Foi, então, atacada com flechas, mas os dardos foram desviados mesmo depois de terem sido abrasados. Por fim, foi decapitada no dia 10 de agosto.  

A piedosa revelação a Soror Maria Luísa foi aprovada pelo Santo Ofício aos 21 de dezembro de 1833, indicando que não havia nada neles que contrariasse os elementos da fé.  

O culto logo de propagou por toda a Itália e também a França, e a Igreja de Nossa Senhora das Graças se tornou um Santuário a Santa Filomena. A estátua, que havia sido doada pelo Cardeal Luigi Ruffo Scilla, arcebispo de Nápoles, transpirou maná por três dias consecutivos durante os festejos de 1823. Em 1827, através da mediação de Monsenhor Ludovici, o Papa Leão XII doou ao Santuário as pedras tumbais do sepulcro, que o Papa Pio VII havia feito transferir no Lapidário Vaticano. Em 1836, a cidade de Mugnano foi preservada da epidemia de cólera, e isso foi atribuído a Santa Filomena. No dia 30 de janeiro de 1837, graças aos milagres alcançados por Paolina Jaricot (fundadora da Obra da Propagação da Fé e do Rosário vivente) e Giovanna Pascutti de Veneza, o Papa Gregório XVI concedeu o culto público à Santa no dia 11 de agosto, o Ofício Divino para os Sacerdotes da Diocese de Nola e a Missa do Comum de uma virgem e mártir para os demais Sacerdotes. O beato Papa Pio IX concedeu a Missa e o Ofício próprio em 11 de janeiro de 1855. Durante seu exílio em Gaeta, Pio IX foi até Mugnano, no dia 7 de novembro de 1849, onde declarou Santa Filomena a “Segunda Patrona do Reino das Duas Sicílias”. A festa do Patrocínio de Santa Filomena, que se festeja no primeiro domingo depois do dia 10 de janeiro, foi instituída pelo Papa Leão XIII, no dia 8 de setembro de 1886. Grande devoto da Santa foi São Pio X, que escreveu o Breve Apostólico “Pias Fidelium Societates”, em favor da Santa, quando começou a questão filomeniana; e, ainda, elevou a Piedosa Arquiconfraria de Santa Filomena a Arquiconfraria Universal, no dia 21 de maio de 1912. Pregadores e missionários espalharam o culto pela Europa, Estados Unidos, Canadá, China, Índia, América do Sul e Oceania. Inúmeras congregações, arquiconfrarias e movimentos católicos surgiram em seu nome. Poemas e hinos sagrados foram compostos para disseminar ainda mais o culto. 




A “Questão Filomeniana”.  

A “Questão Filomeniana” surgiu com a celebração do primeiro centenário de Santa Filomena, em 1902, quando o arqueólogo Orazio Marucchi formulou a hipótese da “teoria da reutilização do epitáfio de Santa Filomena”, baseando-se exclusivamente em cópias das lápides. A teoria de Marucchi supunha que o corpo encontrado não era de Santa Filomena porque os tijolos encontrados haviam sido reutilizados, e que o frasco encontrado não continha sangue. Contudo, sua teoria foi imediatamente contestada pelo arqueólogo Giuseppe Bonavenia, que estudou os tijolos encontrados nas Catacumbas de Priscila durante sua visita ao Santuário em 27 de abril de 1905 e concluiu que esses tijolos nunca haviam sido reutilizados; além disso, confirmou que a ampola continha sangue. A teoria de Bonavenia foi apoiada pelo arqueólogo jesuíta Padre Antonio Ferrua, que em 1963 rejeitou completamente a hipótese de Marucchi, declarando que os tijolos haviam sido dispostos na ordem errada apenas porque os coveiros provavelmente não sabiam ler. Monsenhor Giovanni Braschi, Reitor do Santuário de Santa Filomena, promoveu novos estudos sobre os tijolos e o que restou da ampola no início dos anos 2000. Testes realizados em 2003 pela Universidade de Milão-Bicocca e pelo Opifício das Pedras Duras, em Florença, liderados pelo professor Carlo Lalli, descartaram a reutilização dos tijolos, em parte devido à presença do mesmo tipo de argamassa. E a ampola continha material orgânico, provavelmente restos de hemoglobina. Entre os “mal-entendidos” que a Igreja modernista originou se diz que o culto à Santa foi suprimido, mas isso não é verdade. Em 14 de fevereiro de 1961, a Sagrada Congregação dos Ritos decretou: “Festum autem S. Philumenae V. et M. quolibet calendario expungatur”, ou seja, “o dia da festa de Santa Filomena seja eliminado de qualquer calendário”. Contudo em abril de 1961, o então bispo de Nola, Adolfo Binni formou uma comissão para consultar o Vaticano a respeito da linha de conduta e a resposta foi: “continuai como antes”. Em 1964, foi pedido um novo esclarecimento, por parte do então reitor do Santuário de Santa Filomena, Luigi Esposito, e a Congregação dos Ritos respondeu: “foi tirado o culto litúrgico, permaneceu inalterado o culto popular. A Santa pode ser venerada e pode ser honrada com a festa externa e a Missa do Comum de uma virgem e mártir”.  

Para a Igreja Católica, a festa continua inalterada, nos lugares de culto anteriormente autorizados, no dia 11 de agosto. Missa “Loquébar” (Primeira Missa para uma Virgem Mártir: Leitura: Eclesiástico 51, 1-8 et 12; Evangelho: S. Mateus 25, 1-13), paramentos vermelhos. 

Tradução e texto: Giulia d'Amore. 

Fontes:
https://www.santiebeati.it/dettaglio/65825
https://it.wikipedia.org/wiki/Filomena_di_Roma (com rica bibliografia).