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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Conclavismo no Brasil: o alastramento da praga herética em nosso País



Conclavismo no Brasil: o alastramento da praga herética em nosso País


O assunto não se esgotou no artigo anterior, e talvez renda mais alguns tópicos, tendo em vista que há que detalhar melhor essa insídia que está a se propagar em nosso meio, e há se combater essa nova insídia em nosso meio, com a verdade e a informação. 

Há alguns meses atrás, o senhor Christian Augusto Spinola Montandon, mais conhecido como Frei Tiago de São José, “carmelita” (sobre o qual também estou reunindo informações para escrever um tópico em breve), foi desmascarado justamente por seu apoio ao falso bispo Julio Aonzo, e foi quando se começou a falar publicamente de conclave no Brasil. Então, a partir de hoje, vamos saber melhor quem são esses personagens, porque as “visitas episcopais” estão começando neste mês de novembro (Aonzo e Cipitria), e tudo indica que um deles ou ambos podem vir a se estabelecer no nosso País, em busca de apoio ideológico e financeiro para essa empreitada monstruosa.  

Cuidado, católicos!!! Nem toda batina é verdadeira, nem toda mitra é legítima, nem tudo que reluz é ouro!!!


Julio Edmundo Aonzo de Salvo


Começamos pelo Aonzo, conclavista-mor do grupo Aonzo-Alarcón-Frei Tiago. Bi-ordenado e bi-consagrado na linhagem Duarte Costa, um comunista de carteirinha.  

Na década de 80, Aonzo era conhecido como Frei Bernardo do Sagrado Coração; professara seus votos perpétuos nas mãos de um capuchinho legítimo e verdadeiro, o Padre Frei Eugène de Villerbaunne OFMcap, em Morgon, França. Em 19/08/1981, foi ordenado por Mons. Marcel Lefebvre em Êcone. Logo depois, seu superior, o Padre Frei Eugène, o incumbiu de fundar um convento de Frades Menores na Argentina, com a expressa indicação de trabalhar de acordo com a Fraternidade São Pio X. O convento foi fundado em Mercedes, província de Buenos Aires, com o patrocínio do engenheiro Mateo Roberto Gorostiaga, através da Fundação São Pio X. Gorostiaga participou, com Aonzo, do "conclave" que elegeu Lino II

Mas isso durou pouco, pois Frei Bernardo rompeu com seu superior e se tornou independente; esta ruptura implicava a excomunhão dele. Pouco antes havia formulado a HERESIA da imaculada conceição de São José (SIC), e, diante da negativa do corpo docente de La Reja, uma vez que no decreto do Dogma da Imaculada Conceição de Maria está expressamente definido que foi um PRIVILÉGIO ÚNICO, o Frei Bernardo também deixou de frequentar La Reja.   

Dizem seus detratores (fontes nos links abaixo) que, sob pretexto de dedicar-se à caridade e à vida mendicante, Frei Bernardo havia se especializado em tirar de cada fiel o que podia: influências, favores, recomendações, serviços profissionais, comida, viagens de carro... Relatam alguns que nunca o viram andar a pé, como faziam os frades subordinados à sua autoridade abusiva. 

Aliás, um capítulo à parte merece seu convento, caracterizado pelas constantes deserções dos vocacionados, sem um motivo oficialmente declarado, mas se sabia que a causa eram os métodos de “santificação” que ele lhes infligia: humilhações públicas, xingamentos, tratamentos degradantes... Típico dos déspotas. Os jovens literalmente fugiam assim que viam a chance. Apenas dois permaneceram até o final: Frei Leão da Imaculada (Mariano Speroni) e Frei Pio da Virgem (Martín Errozarena), ambos “ordenados” por Aonzo entre 1994 e 1995. Errozarena acabou deixando o habito. 

O Frei é lembrado ainda como um grande manipulador, que mantinha uma constância medíocre, por décadas, nos mesmos fatos: da questão do Apocalipse, à missa em latim segundo o rito de São Pio V (não é o único a desobedecer a um Papa Católico, escolhendo o rito que mais lhe agrada; algum dia falarei sobre isso também), a imaculada conceição de São José, como dito acima, o conclavismo... A par disso, dizem que tinha um interesse visceral por dinheiro, bens materiais e influências que ele poderia atrair para sua capela (me faz lembrar de outro bispo pantagruélico). 

1992. Ao perceber que havia uma chance de abocanhar o episcopado, e sabendo que alguns paroquianos possuíam joias, não pestanejou em solicitá-las para mandar fazer um anel de ouro maciço com uma pedra violeta, um báculo e... a mitra! Destarte, procuro Mons. Moisés Carmona y Rivera (1912-1991), que se recusou. Então, foi atrás de Mons. José Ramon López-Gastón (1928-2009; perenialista e casado, até se tornar sedevacantista), que o sagrou bispo aos 27 de dezembro daquele ano. Então, exigiu do seu mais fiel financiador a construção de uma sede episcopal, porque não ficava bem continuar morando na casa “de sacerdote”. 

A nota patética é que a própria mãe dele não o seguia nessa aventura, à diferença do “Papa Miguel”, de cuja eleição participaram ambos os pais...

1997. Acaba sua primeira aventura eclesiástica, quando um de seus tantos romances o impeliu a renunciar ao sacerdócio para viver com a amada. Aos súditos informou que o fazia porque a Santa Sé não lhe havia concedido jurisdição. Pouco tempo depois, começava sua vida de motoqueiro, curtindo a vida com sua moto Chopper. 

2020. Depois de vagar por muito tempo de moto e surfar as ondas da internet, Aonzo regressa à Tradição com todas as pompas e honras que sempre quis: ser bispo! Aderindo ao Lienartismo(*), em dezembro daquele ano se faz reordenar por Gary Alarcón Zegada (1940-2021), um senhor casado e despreparado, da linhagem Duarte Costa

(*) O que é Lienartismo? Há uma tropa de teólogos de boteco que afirma que Mons. Achille Lienart (1884-1973) seria maçom e, por isso, todas as ordenações dele seriam inválidas, inclusive a de Mons. Lefebvre. Obviamente, faltaram à aula sobre sagração episcopal, onde aprenderiam que a Igreja determina a presença de outro bispo na sagração, justamente para impedir que possa ser invalidada por algum motivo. Tomem nota para não continuar falando asneiras, senhores!!! 

2021. Em fevereiro, a dupla Aonzo e Alarcón lança, em um vídeo raivoso, a convocatória para um conclave, passando a perna no Juan José Squetino (convocatória de novembro de 2012) e ignorando o Pablo De Rojas Sanchez-Franco (convocatória janeiro de 2021). 

Desde o retorno triunfal de Aonzo em 2020, já se percebia que, graças ao conclavismo, logo pipocariam sagrações à torta e à direita. Dito e feito! Hoje vemos que a prudência foi totalmente abandonada, e logo teremos mais “bispos” do que padres.


Duas pérolas do Aonzo, para que se compreenda de quem se trata


1ª pérola de Julio Aonzo: o abuso da Epiqueia 

“Tanto os sacerdotes e sobretudo os Bispos que se serviram da virtude da Epiqueia(*) para receber a Ordem Sagrada, estando vacante a Sé Apostólica, não o fizeram para perpetuar a vacância, mas para trabalhar para que na Cúspide da Hierarquia Católica haja um Sucessor de São Pedro. Portanto, não basta, para ser católico, ser “sedevacantista” sem ter a intenção de acabar com a vacância. Sem esta intenção, o mero feito de obter as Ordens Sagradas não os habilita nem os faz lícitos a exercer o Sacerdócio, pois o Papa é uma NECESSIDADE para a Igreja, e não o vai a procurar nem Deus sozinho sem os homens, nem São Pedro ou as Duas Testemunhas sem os homens, os quais têm o dever de o fazer. Nada impede que o façam a não ser a comodidade e a covardia”.

Fonte: um comentário deste post.

(*) Farei, a seu tempo, um “Momento Dicionário” sobre o termo Epiqueia, que tem sido utilizado para justificar tremendos abusos. 


2ª pérola, uma verdadeira heresia pronunciada quando da re-sagração do José Vicente Ramón González-Cipitria/Sofronio/Fray Máximo

“Os bons católicos daqueles tempos creram que, conservando a Santa Missa, que é expressão da fé... mas o fundamento da fé é o Papa, o fundamento da fé da Igreja é o Papa! Então, (os católicos) criam que mantendo isto (a Missa) se solucionaria a situação, mas não foi assim. A primeira coisa a se fazer era eleger ao Papa. O que tem a ver isto? Tem a ver conosco porque nos propusemos, meus queridos irmãos, com esta cerimônia, começar a acabar com essa tentação. Nós desejamos VIVAMENTE, vivamente, ser regidos, ser governados por um Sumo Pontífice, por um Vigário de Cristo, sucessor de São Pedro, e isso é o que nos propusemos fazer. Por isso é que a consagração do padre não é para que celebre a Missa (ele já a celebra). É com esta intenção, de trabalhar, unidos com a fé, para a futura e próxima eleição do Soberano Pontífice, verdadeiro vicário de Nosso Senhor Jesus Cristo”. 

Vejam bem, o fundamento da fé NÃO É o Papa, mas a Tradição, o Magistério e a Sagrada Escritura. Isto não seria uma heresia?...





Gary Gonzalo Alarcón Zegada


Este senhor já rendeu a alma a Deus e já está na eternidade, seja ela qual for. Não vou, por ora, gastar teclado com ele, porque não representa um perigo iminente para nós, no Brasil. Mas vale a pena registrar uma curiosidade, ele se declarava um integralista inimigo do comunismo, mas pertence à linhagem Duarte Costa. Irônico, não? 


Advertência aos conclavistas 


Ao pretender eleger um Papa sem autoridade para isso, estareis incorrendo na sentença divina: “Ai de vós, filhos rebeldes, diz o Senhor, que formais projetos sem contar comigo, que estabeleceis alianças sem o meu espírito, acumulando assim pecados sobre pecados” Isaías 30, 1. 

Fontes:

       

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