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domingo, 26 de abril de 2020

8º Domingo do Bom Pastor


Todo Domingo do Bom Pastor, o Segundo Domingo depois da Páscoa, marca, para as Missões Cristo Rei, a passagem de mais um ano em que foi necessário romper com a Neofrat do traidor Fellay. E a cada ano se faz mais clara e evidente a constatação de que fizemos o certo. A ruptura não se deu exatamente neste dia, há oito anos, mas depois, ainda no curso daquele ano.  

Neste dia de 2012, o que houve foi um sermão "escandaloso" para o superiores da Neofrat simplesmente porque o Reverendo Padre Ernesto Cardozo ousou ler trechos de escritos e discursos de Monsenhor Marcel Lefebvre que contrariavam os planos de Fellay de entregar aquela bendita Obra de Monsenhor nas mãos de um herege, ao invés de pacientemente esperar que Deus nos mandasse um Papa católico. Na mesma noite daquele Domingo, o Padre Cardozo foi denunciado ao superior imediato, o "doce e simpático" Bouchacourt. No dia seguinte, recebemos um e-mail do secretário dele alertando-nos para "tomar cuidado" e para "nos afastarmos" do perigosíssimo Padre Cardozo. Contudo, ainda que já não soubéssemos do que estava acontecendo, achamos estranho tomar cuidado com alguém que citava Mons. Lefebvre e resolvemos tomar cuidado com quem nos estava alertando. É o que manda o bom senso! E aqui estamos nós, oito anos depois, constatando que as coisas na Neofrat vão de mal a pior, não só em termos doutrinários, mas também e sobretudo morais. Afinal, é o rei que faz os súditos e não o contrário. E que súditos produziu o rei Fellay?  

Assim, após tantas negações de um acordo entre a Neofrat e as autoridades apóstatas denunciadas pelo próprio Mons. Lefebvre, o que se vê é que, na prática, houve sim um acordo. Pode-se vê-lo, por exemplo, na questão dos matrimônios, em que os padres da Neofrat, até onde se sabe, são obrigados a ficar em um cantinho, todos bonitinhos e paramentadinhos, enquanto um herege modernista realiza o matrimônio. De asco! Ou a permissão temporária de Francisco para as confissões, que se transformou magicamente em definitiva após acertarem a questão dos matrimônios. Ou o absurdo ocorrido na Semana Santa quando o Priorado da Vila Mariana soltou um comunicado pedindo aos fiéis para não incomodá-los na capela e deixando claro que não dariam os Sacramentos, particularmente o da Confissão!!! A que ponto chegamos! A que ponto chega a covardia!!! Traíram o Sacerdócio de uma forma vil e indizível. E o que é mais estranho nisso é que, por outro lado, Fellay celebrou normalmente a Semana Santa, em particular o Tríduo Pascal, em Phoenix, USA, com a presença de fiéis e sem máscaras de proteção... Daí que você se pergunta o que está a acontecer por lá... Como é que os fiéis aceitam isso caladinhos? Cadê o brio e a fibra cristã? Cansaram do combate? Acomodaram-se? Não foi por causa dos Sacramentos que não quiseram romper com a Neofrat apesar do acordo, meus caros? E não foi justamente os Sacramentos que vos foram negados, criaturas?!?!?!  

E nem vamos nos aprofundar nos escândalos morais, sobretudo sexuais e... homossexuais, como o ocorrido em St. Mary, Kansas, USA, e descoberto por causa do lamentável suicídio de um jovem de 26 anos, abusado sexualmente por um padre da Neofrat desde os 14 anos... Pobre alma! E tantos outros escândalos que aconteceram aqui e acolá, à sombra da Neofrat silenciosa e cúmplice.  

Lamentável, também, constatar que, no decorrer dos anos, poucos deixaram a Neofrat, apesar de tudo que estava acontecendo e estavam testemunhando. Ainda me lembro que, certa vez, certo padre pelo qual eu ainda tinha respeito me disse que, se houvesse acordo, "a Fraternidade gritaria"... Ainda estou à espera desse grito, que - aimé! - deve ter secado na garganta, por covardia, por comodidade & conforto, por qualquer outra fraqueza d'alma que nem vale a pena excogitar aqui.  

Continuo não compreendendo como eles conciliam o sono à noite. Onde está o temor de Deus? Onde está o Catecismo? Onde está a Verdade? A quem servem? O que esperam? O que vão fazer?  

O curioso (e triste!) é que, em 2015, foi necessário nos afastarmos também da chamada "Resistência", que bem mereceu o nome de Desistência, pois também, aos poucos, foram seguindo Fellay no caminho da traição, e se acovardaram quando Williamson, por fé ou senilidade, só Deus sabe!, começou a propalar heresias e bobagens. Calaram-se quando seria caridoso corrigi-lo, ainda que publicamente. E agora vemos a Desistência apegar-se ao "papa" Francisco com a mesma desenvoltura com que se apegou Fellay, mudando todo um discurso e também a prática, pois ainda lembro que Dom Tomás, por onde passava, mandava retirar o quadro do Bento XVI das paredes... Será que agora está mandando colocar o de Francisco? Será? Sem entrar desnecessariamente no mérito da questão do sedevacantismo, há conceitos que são claros, há Dogmas que são inquestionáveis, há uma Verdade inegável!!!  

Enfim, nós cá e eles lá.  

Parabéns Padre Cardozo por mais um ano nesta caminhada, por sua fidelidade a Cristo, à Igreja e a Monsenhor Lefebvre. Continue conduzindo o rebanho que vos foi confiado com a mesma fidelidade e lealdade. Deus vos abençoe.