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sexta-feira, 27 de maio de 2016

27 de maio: São João I, Papa e Mártir

27 MAIO

SÃO JOÃO I

Papa e Mártir




Segundo uma versão, João nasceu em Túsculo (Túsculo ou Túscia era uma antiga cidade localizada na região do Lácio que foi absorvida por Roma em 381 a.C. A cidade estava situada em uma posição estratégica sobre a borda norte do anel exterior da cratera do vulcão Albano), na Itália. Outra versão o faz nativo Sena ou de Chiusdino (em província de Sena), no Castelo de Serena; e outra versão ainda, de "Anglario", hodierna Anghiari (Ar). Era filho de certo Costanzo 

Em 13 de agosto de 523, já muito ancião e frágil, foi eleito sucessor do Papa Santo Hormisdas (Papa entre 20 de julho de 514 até 6 de agosto de 523, data da sua morte e de sua memória). Não há muitas informações sobre ele, a não ser duas cartas apócrifas que lhe são atribuídas. Quando foi eleito Papa, Santo Hormisdas e o imperador bizantino Justino I, tio de Justiniano, haviam feito cessar, havia cinco anos, o Cisma entre Roma e Constantinopla, ocorrido em 484 por causa do "Henoticon" do imperador Zenone, que havia tentado uma impossível composição entre os católicos e os monofisistas. Por ter a medida obtido uma interessante reviravolta política, e os Godos serem arianos, no final de 524, Justino publicou um édito ordenando o fechamento das igrejas arianas de Constantinopla e a exclusão dos hereges de todas as funções públicas e militares. Teodorico, o Granderei dos Visigodos e da Itáliadefensor convicto do Arianismo, ficou desagradado com o édito e bastante irritado, e tanto mais irritado porque adotara, para com os católicos, uma política de absoluta tolerância, e obrigou o Papa a ir a a Constantinopla para exigir que o imperador bizantino revogasse o decreto. A recepção ao Papa foi extraordinária: uma procissão de 15.000 pessoas foi ao seu encontro, com círios e cruzes, e o Papa presidiu as solenes funções de Natal e da Páscoa. Justino aceitou devolver as igrejas aos arianos, mas não cedeu quanto à cassação dos direitos civis dos arianos convertidos ao Catolicismo que voltaram a ser arianos.  

Teodorico desconfiava da política de aproximação da Sé Apostólica à Sé de Constantinopla, pois suspeitava que escondesse um plano para restaurar a autoridade imperial na Itália. A acolhida de João por parte do imperador bizantino, pelo clero e os fiéis de Oriente prova que o papel de Pastor Supremo da Igreja fora plenamente reconhecido. E a reação de Teodorico na volta do Papa a Roma também comprova isso, pois mandou prendê-lo e encarcerar em Ravena, sinalizando que considerava o Papa um adversário e um inimigo. O rei estava enfurecido por perceber o renascimento do nacionalismo na Itália, e acabava de sujar suas mãos do sangue dos Senadores Boécio, também grande filósofo, e o sogro deste Símaco. Detestou o bom êxito de João I no Oriente e suspeitava que isso favorecesse os defensores da antiga liberdade de Roma. Preso, o Papa, já enfraquecido pela viagem, e ainda submetido a severas privações, morreu logo depois de sua prisão. Segundo a tradição, entregou sua alma a Deus no dia 18 ou 19 de maio de 526. O seu corpo foi transladado para Roma, quatro anos depois, e sepultado sob o pavimento da Basílica de São Pedro. Em seu epitáfio, não foi registrado seu papel histórico. Foi declarado Mártir da Igreja. 

São João costuma ser identificado como João Diácono, autor da epístola "Ad Senarium", importante para a história da liturgia batismal, porque é talvez o único documento que atesta a tradição da Igreja Romana de erigir e consagrar no Sábado Santo sete altares e de versar no cálice uma mistura de leite e mel. É reconhecido também pela autoria de "De fide catholica" (A Fé Católica), transmitida pelos antigos, entre as obras do filósofo e mártir São Severino Boécio, cujo trabalho exerceu grande influência sobre São Tomás de Aquino.  



Fontes: 
  1. https://it.wikipedia.org/wiki/Papa_Giovanni_I
  2. http://www.santiebeati.it/dettaglio/27250

Tradução e redação: Giulia d'Amore. 







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