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terça-feira, 8 de março de 2016

Comentários anti-Eleison: As causas do Caos

Publicamos texto do Rev. Pe. Cardozo. Já informo com antecedência porque há leitores desavisados (ou burros mesmo) que acham que sou eu a autora desses textos, ou que os publico sem que o Padre saiba, ou, PIOR, que o Padre se deixa manipular por leigos, como o fazem certos outros padres por aí... Até parece que não conhecem o Padre Cardozo!!! Ele sozinho tem uma doutrina mais sólida que toda essa tchurminha junta. 

Em espanhol: http://wwwapostoladoeucaristico.blogspot.com.es/2016/03/r-p-cardozo-comentarios-anti-eleison.html.


Comentários anti-Eleison


As causas do Caos

 


(ou a estranha teologia do intrincado P. Trincado & companheiros)


A sinistra resposta de Monsenhor Williamson a meu pedido de deter tanta desordem causada por seus Eleison: “Paciência Padre… O caos apenas começa!, paciência!...”, valha como introdução.

É notável como muito buscam distrair a atenção da desordem provocada pelos escritos de Monsenhor Williamson com dúzias de efeitos secundários, e não queiram, conscientemente ou não, ver a CAUSA. Não consideram como Monsenhor maneja a ambiguidade, a contradição, como força e modifica o sentido da Sagrada Escritura; como semeia imprudentemente a dúvida sobre questões de Fé, o que, por si só, já é suficientemente grave, sobretudo em um bispo que se diz católico.


Vou me deter onde Monsenhor Williamson, deturpando o sentido das Sagradas Escrituras (Mt 7-17), sustenta que: “… a árvore metade boa, metade má, pode dar frutos metade bons, metade maus”… forçando o texto para realçar sua própria ambiguidade e contradição (Eleison 385 [aqui, enquanto não apagam...])

O Padre Trincado, grande sofista defensor de Monsenhor Williamson, me escrevia defendendo tal erro (aos 9/12/2015):

“... A árvore e os frutos tampouco podem ser tachados de errôneos (!) … Um exemplo sobre isso, se eu digo “se um cego guia outro cego, ambos cairão no buraco normalmente ou na maioria das vezes, mas não sempre (SIC!!!!). Não cometo heresia, nem expresso algo que realmente justifique um escândalo (SIC!). As parábolas de Cristo não são definições dogmáticas”. (SIC!)

Esta correspondência foi também dirigida a Mons. Faure e, até onde sei, este não corrigiu, com a devida ênfase, ao autor de semelhante disparate. Ou seja, que, segundo o diretor de Non Possumus, cada qual pode sofismar à vontade as parábolas e as palavras da Infinita Sabedoria, porque, afinal, nós somos mais inteligentes do que o Divino Mestre! ... E isso não é heresia nem causa de escândalo!!... Este senhor, sem dúvida, é mais do que Deus!! Parece que esqueceu o que o Concílio de Trento e o Vaticano I expressam, por exemplo:

“Se alguém não aceitar como sagrados e canônicos os livros da Sagrada Escritura, íntegros com todas as suas partes, tal como os enumerou o santo Concílio de Trento, ou negar que hajam sido divinamente inspirados, seja anátema.” (Dz. 1809, Canon 4). “… E estes livros do Antigo e do Novo Testamento, inteiros e com todas as suas partes... devem ser aceitos como sagrados e canônicos. E a Santa Igreja os tem como tais ... porque, escritos sob a inspiração do Espírito Santo, têm a Deus por autor, e como tais foram confiados à mesma Igreja” (Dz. 1787). “Todavia, já que o salutar decreto dado pelo Concílio Tridentino sobre a interpretação da Sagrada Escritura para corrigir espíritos petulantes é erradamente exposto por alguns, Nós ... declaramos … deve-se ter por verdadeiro sentido da Sagrada Escritura aquele que foi e é mantido pela Santa Madre Igreja, a quem compete decidir do verdadeiro sentido e da interpretação da Sagrada Escritura; e que, por conseguinte, a ninguém é permitido interpretar a mesma Sagrada Escritura contrariamente a este sentido ou também contra o consenso unânime dos Santos Padres” (Dz. 1788, Capítulo 2). “Se alguém não aceitar como sacros e canônicos esses livros, na íntegra, com todas as suas partes, como era costume serem lidos na Igreja Católica ... e desprezar ciente e premeditadamente as preditas tradições: - SEJA EXCOMUNGADO”. (Conc. De Trento; Dz. 786).

Com isso, demostramos que, tanto Monsenhor Williamson, quanto Monsenhor Faure, o sofista Padre Trincado e Dom Tomás, o futuro Monsenhor (que me declara, aos 27/01/2016, que não encontra nenhum erro nos escritos do bispo inglês, SIC! ... e que aconselha a sua leitura, como “grande autor antiliberal”! – ver entrevista de 5/3/2016), são, em razão de sua contumácia, ao menos SUSPEITOS DE HERESIA! (1)

Podem, esses clérigos, que contradizem abertamente a Sagrada Escritura, ser considerados católicos?

Faltamos à Verdade quando os chamamos de heterodoxos, liberais (2) e modernistas (3)?

Os difamamos quando mostramos seus públicos erros, ou quando defendemos o bem comum da Igreja?

São lobos ou pastores do rebanho?


“… quem tem olhos para ver, veja”! Marcos. 8-18


P. Ernesto J.J. Cardozo

Ipatinga, 7-3-2016



(1) “Evite o herege, depois de uma primeira e segunda correção, sabendo que tal homem é pervertido e que peca, já que ele é condenado pelo seu próprio julgamento”. (Tit 3,10-11).
- “Fugi dos hereges, eles são os sucessores do diabo que conseguiu seduzir a primeira mulher”- (Santo Inácio de Antioquia)
- “Fugi de todos os hereges” (Santo Irineu)
- “Fugi do veneno dos hereges” (Santo Antão, o Grande)
- “Não te sente com os hereges” (Santo Efrém)
- São Vicente de Lerins aclarou: “O Apóstolo ordena esta intransigência a todas as gerações: sempre haverá que anatemizar aqueles que têm uma doutrina contrária à recebida.”

(2) “É próprio do liberal a contradição. Um católico liberal é um maçom sem avental”. (Canônico Roca).

(3) Cf. Enc. Pascendi de S. Pio X


  
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