Pages

quarta-feira, 2 de março de 2016

Biografia, biógrafos, dores-de-cotovelo...

Bom, me refiro, obviamente, ao post do maior tomista de todos os tempos, maior até que o próprio Aquinate, visto que o “ilustre” se deu ao desfrute de “reinterpretá-lo” para fazê-lo caber certinho nas lorotas de Dom Williamson sobre os “milagres” na missa bastarda do cismático CVII. E por que me reporto a este post? Porque quero deixar um registro honesto a respeito da escolha do prior (?) do Mosteiro da Santa Cruz. 

Volto ao tema, primeiro quero compartilhar o comentário de uma pessoa que conhece muito bem o futuro Monsenhor (família, história de vida, cidade natal), que reagiu com perplexidade à notícia jubilosa e disse: Ele não tem os três 's' para ser bispo!”. E explicou detalhadamente quais seriam os três “s”. Por uma questão de caridade, omitirei o significado aqui. O que posso dizer dos três “s” é: o segundo, ele mesmo já reconheceu não possuir; o terceiro, todo mundo sabe que ele não possui; quanto ao primeiro, é coisa entre ele e Deus, e mais não digo.

Digo, contudo, a respeito da “biografia” do monge feita por um testemunho obviamente parcialíssimo: o que, de per si, já detona a biografia do monge e a do biógrafo. Uma biografia honesta é completa. Mas como poderiam nos dar uma biografia completa do monge sem calar boa parte da história?

E o que mais grita nesta biografia, além de ser rasa como uma poça d'água, são as “grandes ausências”. As lacunas que ficaram e que eles podem até varrer para debaixo do tapete, mas são indeléveis, como aquelas marcas que a polícia técnica faz ao redor de um cadáver na cena de um crime de homicídio. As têm em mente? Não? Vide a imagem acima...

Pois bem, a primeira “grande ausência” é de um dos maiores benfeitores do Mosteiro, o que denota também uma grande ingratidão. Falo do Fleichman pai. Júlio Fleichman foi benfeitor em sentido material, mas, muito mais, em sentido moral. Graças a ele, os monges têm hoje um teto sobre suas cabeças. Ao citar o antigo superior e pai espiritual do prior, Dom Gérard, limitou-se o biógrafo a contar parte da história, a que mais convinha ao futuro Bispo e o faz posar de herói. Esqueceu-se, o preclaro e finíssimo tomista, de mencionar a “visita” de Dom Gérard ao Brasil, para tomar na mão grande o Mosteiro da Santa Cruz e, por conseguinte, omitiu também o papel preponderante e indiscutível do sr. Júlio em impedi-lo de o fazer, inclusive postando-se fisicamente contra Dom Gérard, e capaz até de chegar às vias de fato para proteger quem hoje premeditadamente o esquece de sua biografia. Foi épico! Uma das mais belas páginas da história da Tradição! Peçam ao monge para narrá-la

Enfatizo a ingratidão e o premeditado esquecimento porque, ainda que o preclaro tomista não soubesse disto (e como poderia não saber, vistos os clamorosos protestos de tão longa e profunda amizade?), por que o monge se cala sobre esta grande injustiça e ingratidão?

O porque, a grande maioria dos que estavam na Tradição em 2012 o sabem muito bem, mas resumo aqui: ao mencionar o Fleichman pai, seria obrigado a mencionar o Fleichman filho, e isto é a grande pedra (Pedro... rsrs) no sapato dele. 

Fleichman filho é Dom Lourenço Fleichman, da capela de Niterói, e que agora está com Dom Fellay indo, contente ou a contragosto, rumo à plena comunhão com Roma Apóstata. Deus o guarde! 

Mas não é exatamente por isso que Dom Lourenço é “esquecido” da biografia. É esquecido porque é uma figura inconveniente, como uma espada de Dámocles, pois mostra (ou prova) que o primeiro “s” também lhe falta.  

Há, por trás, uma história que dividiu a Tradição bem antes da necessidade de uma resistência às loucuras de Fellayque, agora, Dom Williamson e companhia também repetem. E essa divisão na Tradição se deu porque, tendo havido uma questão absolutamente pessoal entre pai e filho espirituais, acabaram por se formar duas panelas: a panela “tomasina” e a panela “lourencina”. Não sem uma grande dose de paixão e falta de bom senso, é claro! Contudo, as razões dessa disputa vão ficar do conhecimento dos que já as conhecem, porque não pretendo alimentar a curiosidade mórbida de ninguém. Fato é que, quanto à questão pessoal, eu, com as informações de que dispunha (porque não presenciei pessoalmente os fatos), me senti confortável com a posição que tomei à época nessa disputa, pois me parecia mais verossímil a versão “lourencina”. E mais não digo.  

Portanto, sim, confesso, nunca nutri muita simpatia pelo monge prior (?), e parece que sou acompanhada nisso por boa parte da família, dos amigos e conhecidos de Nova Friburgo. Então, assunto encerrado.

Voltemos ao que interessa. A biografia, no mais, é só lengalenga sentimental e voltada a engrandecer quem não soube ser grande. É inegável o papel que o futuro bispo teve na Tradição – e quem seria leviano de negar? – mas não nos esqueçamos que Dom Fellay e os outros dois Bispos ralliés também tiveram um grande, senão maior, papel na História da Tradição. Até a traírem. Dom Lefebvre vivo... não havia muita escapatória, ou você era herói da Fé ou você pegava sua malinha e ia para casa! E até por isso que as tão propaladas cartas de Mons. Lefebvre ao monge perderam a tinta, sobretudo depois que ele perdeu a garra do combate e se acomoda à mitra. Agora, ele pode se abanar com elas...

Assim, com base nesses grandes silêncios, na “profundidade de uma rasa poça d’água” da biografia e na questão dos três “s”, e deixando HONESTAMENTE de lado simpatias ou antipatias, o que sobra é desastroso. Refutem isso... 

Sobre a escolha do monge para futuro bispo de Romana Igreja (?), já coloco como premissa que não me corresponde decidir pela escolha de um bispo, nem sagrar bispos somente um imbecil diria isso!, mas posso (como todos fazem hipocritamente, ainda que me condenem), me manifestar a respeito.  

E não erro em afirmar que a escolha foi imprudente. Mas vindo do Dom Williamson dos últimos tempos... o que esperar? Se até mesmo os seus ferrenhos defensores reconhecem sua imprudência atrás da covarde proteção da confidencialidade dos e-mails... o que dizer? Só digo o que digo para mim todo santo dia: “Giulia, Deus é Onipresente e Onisciente, faça sempre a coisa certa, pois é apenas a Ele, que tudo sabe e tudo vê, que você deve prestar contas naquele dia fatídico”. E o que diria eu a Ele naquele dia? Que apenas obedecia a meu Superior enquanto ele traía a Fé? Well, sou mulher, uma simples mulher, mas não sou idiota. Se os “grandes” não compreendem o 4º Mandamento, ou se para eles funciona diferente do que ensinam... não é problema meu.

ENCERRO com um comentário a respeito do maior e mais recomendando biógrafo do mundo. Soube que, desde que Dom Williamson começou a dizer asneiras sobre a Fé, ele começou a disparar tolices contra mim de forma covarde, vulgar e debochada. A última, segundo me disseram (porque não perco tempo em ler coisas inúteis) é a de que ele teria zombado de mim, chamando-me sarcasticamente de “teóloga” e “mulher fina”, ou algo assim.

Bom, quanto ao “teóloga”, é claramente um juízo temerário, pois eu jamais me fiz passar por algo que não sou, diferentemente dele. Eu jamais disse que sou teóloga. Pelo contrário, quem, antes de sair falando asneiras, LEU o que escrevi, certamente leu que: para conhecer a doutrina da Igreja não precisa ser teólogo, nem homem, nem adulto. Qualquer criança de catecismo BÁSICO sabe a Verdade e pode defendê-la.  

Onde está escrito que, para falar de religião, é requisito sine qua non ser teólogo? De fato... se isso fosse verdade, muitos dos que andam falando por aí deveriam calar as boquinhas santas! Não me consta que o futuro bispo, por exemplo, seja diplomado em teologia. Ou me engano? Até mesmo o maior tomista de todos os tempos... Será ele um teólogo de carteirinha? (e tendo em vista as universidades de teologia pós-CVII, isso valeria de que?) Ou é o fato único e exclusivo de serem homens que lhes dá autoridade para falarem asneiras por aí e rotu-las de teologia? Seriously?  

A verdade, bem sabemos, é outra: inveja, ressentimento, recalque, complexo de inferioridade, lacunas insuperáveis no catecismo que os faz ter uma ideia equivocada do papel da mulher na sociedade cristã. Eu prefiro me espelhar em Maria Santíssima, sem a qual, as núpcias de Canaã nem estariam nos Evangelhos. Sim, porque, se Ela fosse a mosca morta que “eles” querem que as mulheres sejam, Ela não teria, como boa mãe judia (povo), dado ordens aos empregados (que escândalo! Uma mulher dando ordens a homens, na casa dos outros!!! Passando por cima do que o Filho já tinha respondido de forma definitiva!!!! Mamma mia!!!) e proporcionado a toda a Humanidade o primeiro milagre de Nosso Senhor Jesus Cristo. Refutem isso.

Sobre o fato de eu não ser uma mulher “fina”.

1) Bom, não tenho como contra-argumentar uma grosseria, porque grosseria não é argumento (nem é... fino), mas, se eu o fizesse, diria que, certamente, é “muito fino” referir-se a qualquer mulher, por mais indigna que seja, da forma como ele o faz tranquilamente em relação a mim. Eu sei o por que dele fazer isso. Só não sei se ele sabe que eu sei. E, pior, que Deus sabe o que ele diz e faz... 

Ademais, é sabido que os tolos, que são desprovidos de argumentos, lançam mão das ofensas como desabafo por sua inferioridade intelectual. Ainda mais se for uma mulher que o desqualifica: a suprema das ofensas! É verdade, sim, que eu também, aqui e ali, uso de sarcasmo e ironia, e que isso pode “ofender” as moçoilas do gênero masculino que brincam de ser tradicionalistas. Mas, junto com o sarcasmo e a ironia, eu sempre ofereço argumentos.

E não vou me desculpar por ser mulher e por ter sido dotada por Deus por um intelecto – sem falsa modéstia! – privilegiado e ágil. Mais do que me preocupar com o que dizem/pensam de mim os meus detratores, estou ocupada em devolver a Ele muito mais do que me deu. Por isso, não posso enterrar meus talentos, como o tolo do Evangelho. 

Chego a ter dó das pobres esposas desses santos que se creem, de verdade, superiores intelectualmente à mulheres pelo só fato de terem nascido homens... O que as pobres devem suportar é inimaginável!!! Eu preferiria ser surda do estar na pele dela e ouvir o marido, com toda a empáfia, dizer asneiras... E publicamente!  

Por fim, o meu falar é sim, sim, não, não. E isso pode parecer “não fino” para as pessoas mais suscetíveis emocionalmente, aquelas que não têm ou perderam a fibra, a hombridade. Não vi Nossa Senhora pedir aos lacaios das famosas núpcias: “por favor”... Não me parece que os judeus (povo) fossem melindrosos. Basta ver que não se chocavam quando Cristo os chamava de “raça de víboras”. Uma big de uma ofensa, à época.

O caso, meus caros leitores, é de “dor-de-cotovelo”. Para isso, não tenho solução, que procurem uma terapia, ou... remédios. Eu só posso rezar por eles, e amá-los e perdoá-los. O que não é “ponto” para mim visto que é uma obrigação. Cristo foi taxativo: amar os que não nos amam e perdoar sete vezes sete.  

A Ele eu obedeço cegamente. 

Aos leitores-proibidos-de-ler-o-Pale-Ideas-mas-que-rebeldes-leem-ainda-assim, antes que gralhem que eu é que estaria com dor-de-cotovelo por causa da escolha, já lhes poupo o teclado esclarecendo que não, pela simples razão de que não tenho nada a ver com essa gente. Me incluam fora disso (LOL), por favor! Eu anseio por bispos CATÓLICOS. Se faltarem... paciência! Deus permite esse estado de coisas. Um dia saberemos o por que. Mas eu pretendo seguir católica, com ou sem bispos. Me basta a graça de Deus.   

Ademais, se eu fosse de apostar, diria que isso não durará muito, a falta dos "s" será um obstáculo intransponível. 

Giulia
A última dos inúteis servos de Deus







COMENTARISTA, LEIA ANTES O 
LEIA ANTES DE COMENTAR
THANKS! 
  

_

5 comentários:

  1. Nem precisa ser um tomista, pois até uma criança reconhece a ausência dos três "s". Árvore ruim, não oferece frutos bons".

    ResponderExcluir
  2. Pois é, sra. Cláudia, se escudam atrás da necessidade de ser teólogo para explicar o que é claro. Cristo não exigiu nada disso a seus Apóstolos... E falava às turbas, compostas de gente de todas as idades e homens e mulheres... Querem ser mais divinos do que Deus. Até para MUDAR a verdade: Cristo disse que uma má árvore não dá bons frutos e vice-versa. Vem, agora, os "campeões da fé" mudar a Verdade dizendo que uma árvore pode dar frutos bons e maus. Certamente, em biologia, mas não em religião!!! Coração duros! Sepulcros caiados!

    ResponderExcluir
  3. Ao sr. Eduardo, uma resposta: não vou publicar seu post, não pq posso até considerá-lo um anônimo, visto que a sua identificação é falha - e, por princípio, abomino o anonimato -, mas pq o que "informa" é... fofoca.

    1) A alegação em questão é mentirosa e já foi devidamente respondida, inclusive pelos "inimigos" da pessoa em questão.

    2) O site que traz como referência é dado a assassinar a reputação alheia, seja quem for, basta que tenha uma opinião divergente dos administradores.

    3) A senhorita em questão é uma pobre alma perturbada, bastante notória na Tradição. Portanto, se engana ao dizer que o comentário dela traz "luz" ao assunto que menciona. Como pode iluminar quem tem sombras no intelecto? Pior é que grande parte dos problemas dela vêm, justamente, do fato de ter o diretor espiritual que tem, o qual, aliás, tem sido a ruína de outras almas... Esse senhor que imprudentemente dirige almas vai se entender com Deus no devido tempo. Pobre moça, uma rápida olhada no Facebook dela já mostra quão modesta e virtuosa ela tenha se tornado.

    4) Nada do que traz em seu comentário tem a ver com o assunto aqui tratado. Dai que me pergunto: leu TODO o post? Se leu todo, COMPREENDEU o que eu escrevi? Eu fico admirada com a quantidade de analfabetos funcionais na Tradição. É um fenômeno...

    O fato de me chamar de "mulher" não o transforma em NSJC.

    Giulia d'Amore - sem anonimato!

    ResponderExcluir
  4. Mantenho meu anonimato para evitar perseguições mesmo, sobretudo porque esses fariseus estão desgovernados e perderam o dom do Temor de Deus.

    O Primeiro Mandamento é claro e não diz "amar Fellay/Williamson/Francisco sobre todas as coisas".

    Esses liberais recalcados, travestidos de Católicos Tradicionalistas são a treva. Só causam transtornos, enganam os tolos e colocam a culpa nos outros, como bom covardes que são.

    Não reconheceriam a verdade nem que ela aparecesse pintada de ouro na frente deles, porque a soberba, o orgulho e a estupidez os cegam.

    ResponderExcluir
  5. Prezado sr. Anônimo, como todos sabem, não costumo publicar os comentários anônimo, por princípio, mas às vezes publico qdo são relevantes ou percebo que o anonimato tem uma forte justificação.

    Compreendo seu receio pq recebo comentários de todo tipo: com ameaças, com grosserias, com idiotices, com presunção que transborda de todo lado, com recalque, com asneiras... enfim! Compreendo e por isso resolvi publicar.

    Obviamente, a título de registro, há outros comentários que são verdadeiras consolações, mas não publico ou pq me pedem ou pq contêm elogios aos quais sou avessa. Non nobis...

    Sobre o que comenta, infelizmente devo concordar. "É o rei que faz os súditos", e esse “rei” – Dom Williamson – com sua imprudência fez um monte de "imprudentinhos"...

    O grande problema (para eles) é que eu não sou responsável pelas almas deles, mas Dom Williamson é. Se assumiu para si a tarefa de liderar uma “resistência”, deve cuidar da boca, para não sair dizendo asneiras, como faz Francisco. Igualzinhos. Ambos soltam por aí suas opiniões pessoais como se não tivessem a responsabilidade de confirmar-nos na Fé; como se fossem uns "Zé das Couve"... Mas não são.

    E o desastre disso já se vê pelas almas, pobres almas, que estão desnorteadas, defendendo o erro e prontas a pegar o "primeiro avião, com destino à felicidade" bergogliana. Ou Dom Williamson e Dom Faure não disseram isso?

    Obrigada pelo comentário. E sigamos católicos. Os cães ladram e a Caravana passa. Viva Cristo Rei.

    ResponderExcluir

Este blog é CATÓLICO. Ao comentar, tenha ciência de que os editores se reservam o direito de publicar ou não.

COMENTE acima. Para outros assuntos, use o formulário no menu lateral. Gratos.