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domingo, 20 de setembro de 2015

Santo Eustáquio e seus Companheiros, Mártires

20 de setembro 

Santo Eustáquio e seus Companheiros

Mártires

Etimologia: vem de "
Eystachios" (grego) = que produz muitas boas espigas, cheio de espigas.


Emblema: Palma

Martirologio Romano: Em Roma, comemoração de Santo Esutáquio Mártir, cujo nome é venerado em uma antiga diaconia da Urbe. 



O rico e vitorioso general Plácido, ainda que pagão, era uma pessoa muito lecada a fazer grandes beneficências, como o centurião Cornélio. A tradição dá conta de que um dia (100-1001 d.C.) estava caçando e perseguia um cervo de rara beleza e tamanho, quando este parou sobre uma rocha e, virando-se para o caçador, tinha, entre os chifres, uma cruz luminosa e por cima a figura de Cristo que lhe disse: "Plácido, porque me persegues? Eu sou Jesus, que tu honras sem o saber". 

Recuperado do susto, o general de Trajano decidiu ser batizado tomando o nome de Eustáquio ou Eustázio, e com ela também a esposa e os dois filhos com os nomes de Teopista, Teopisto e Agapio. 

Voltando ao monte, ouviu novamente a voz misteriosa que lhe prenunciava que viria a dar prova de sua paciência. E aqui começam os problemas, a peste mata os servos e depois os cavalos e o gado; os ladrões roubam-lhe tudo. 

Decide migrar para o Egito, durante a viagem, não podendo pagar pelo frete, vê o capitão lhe tirar a esposa pela qual se enamorara. Desembarcando, prossegue a viagem a pé, com os filhos, que lhe são tirados, um por um leão e o outro por um lobo, mas, salvos por habitantes do local, os dois rapazes crescem no mesmo vilarejo sem saber um do outro.  


Restando só, Eustáquio se estabelece em um vilarejo próximo chamado Badisso, ganhando a vida como guardião, restando por lá 15 anos até que, tendo os bárbaros violados as fronteiras do Impero, Trajano o manda procurar para trazê-lo de volta a Roma. 


Mais uma vez no comando das tropas, arregimenta soldados de toda parte; assim seus dois filhos acabam como recrutas, robustos e bem educados a tal ponto que Eustáquio, ainda não os reconhecendo, os nomeia suboficiais, mantendo-os perto de si. 

Vencida a guerra, as tropas param para um breve descanso em uma pequena aldeia, justo onde vivia cultivando uma hora Teopista, que restara só após a morte do capitão do navio e habitava um pobre casebre; os dois suboficiais lhe pedem hospitalidade e ao compartilhar suas vidas acabam por se reconhecer como irmãos; Teopista também os reconhece, mas não diz nada, até que no dia seguinte, ao se apresentar ao general para obter ajuda para voltar para Roma, reconhece o marido; segue o reconhecimento de toda a família, que se recompõe. 

Entretanto, morto Trajano, lhe sucedeu Adriano (117 d.C.), o qual acolhe o vencedor dos bárbaros com festas e triunfos. Porém, no dia seguinte, tinha que participar do agradecimento no templo de Apolo, e Eustáquio se recusa por ser cristão; o imperador, por isso o condena à morte no Circo (Coliseu) junto com sua família; mas o leão, porquanto incitado, nem ao menos os toca, e então são colocados vivos dentro de um boi de bronze aquecido, morrendo logo. Contudo, o calor não lhes queima nem mesmo um fio de cabelo.


Os cristãos recuperam os corpos e lhes dão sepultura; no loca, após a paz de Constantino (325 d.C.) foi erigido um oratório, onde eram celebrados no dia 1º de novembro

Esta legenda teve uma difusão extraordinária na Idade Média, e chegou até nós em muitas redações e versões gregas, latinas, orientais e línguas vulgares, quase todas europeias, diversas nos particulares, mas concordantes na essência.

O culto ao mártir Eustáquio e sua família é antiquíssimo, e inúmeras são as igrejas, citações, contos, documentos etc. nos quais aparece seu nome, já nos inícios do século VIII. A sua festa, inicialmente no dia 1º de novembro, foi transferida para o dia 2, quando foi instituída a Festa de Todos os Santos, e, depois, com a instituição da Comemoração dos Defuntos, transferida para 20 de setembro, data em que aparece já nos evangeliários da metade do século VIII. 

É protetor dos caçadores e guarda-caças, e da cidade de Matera.

Paulo VI o retirou do calendário em 1969. Continua no Calendário Católico.


Autore: Antonio Borrelli

Fonte: http://www.santiebeati.it/dettaglio/71000.
Tradução: Giulia d'Amore.

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