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terça-feira, 12 de maio de 2015

12 de maio: São Pancrácio, Mártir

12 de maio 

São Pancrácio 

Mártir 

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Tudo o que pode haver de edificante na vida de um jovem é encontrado na vida de Pancrácio, um dos mais gloriosos mártires do Século IV. Contava com apenas 14 anos quando rendeu a alma a Deus, recebendo a palma do martírio, e foi elevado aos altares num grande exemplo de coragem, personalidade e fé na doutrina de Cristo Salvador.

Filho de pais nobres e ricos, Pancrácio era natural de Symnado, na Frígia, no ano 289 d.C. O pai ocupava altas e honrosas posições no governo de Diocleciano, que muito o estimava e com sua amizade pessoal o distinguia. Mas, dando preferência à sua Fé, seu pai pagou esta fidelidade com o Martírio. Pancrácio não conheceu seu progenitor, tendo sido confiado à guarda de seu tio Dionísio, que, apesar de pagão, educou seu sobrinho a quem devotava o mais terno amor paternal.


Passados alguns anos, Pancrácio mudou de domicílio, transferindo-se para Roma para proporcionar ao sobrinho a ocasião de relacionar-se com os mais exímios professores e membros da alta sociedade. Nessa ocasião, já ocorriam rumores de que o imperador Diocleciano tencionava exterminar o Cristianismo, exigindo de seus súditos homenagens divinas à sua pessoa.

A pouca distância da vivenda (sítio) de Dionísio, morava oculto o Papa Marcelino, hóspede de um cristão carpinteiro do palácio imperial. Observando a movimentação de homens e mulheres de todas as classes e investigando as razões, acabou descobrindo que no local havia reuniões secretas de cristãos devotos à verdadeira doutrina de Cristo. Dionísio, já fortemente inclinado ao Cristianismo, e Pancrácio, ouvindo muitas boas referências a respeito do Papa, nutriam ardente desejo de pessoalmente conhecer Sua Santidade. Certa noite, dirigiram-se ao porteiro, que, desconfiado, relutou em deixá-los entrar, mas, confessando que queriam conhecer a religião cristã, foram cordialmente recebidos pelo Papa.

Durante dias consecutivos ouviram, em reuniões, as explicações da Doutrina Cristã, até que finalmente foram admitidos no Batismo e ao culto divino nas catacumbas. Era o ano 303 d.C.

Nesse ínterim, o imperador firmara o decreto de perseguição aos cristãos. Em poucos dias, registraram-se não só numerosos casos de prisão de fiéis, mas instrumentos de tortura e morte fizeram jorrar o sangue dos cristãos abundantemente.

Dionísio, ao ver tais atrocidades, morreu num caloroso acesso, pois seu coração sensível não suportou ver o modo cruel como os cristãos eram tratados. Seu pupilo e muito querido Pancrácio prometeu fidelidade absoluta da Fé, mesmo sabendo que isso implicava em Martírio.

Como Pancrácio era de origem nobre, teve que se justificar diante do imperador, pois fora delatado como cristão. Antes de comparecer ao tribunal, pediu a bênção do Papa, que o animou e deu-lhe a santa Comunhão.

O imperador, apelando para a sua nobreza, usou de todos os meios para persuadir o jovem menino, tentando convencê-lo de que os cristãos o haviam enganado e que deveria voltar-se para suas origens e amar os deuses do imperador, caso contrário, justificaria com seu sangue o rigor das leis.

Mas, Pancrácio, com timbre argentino de sua voz juvenil, respondeu: "imperador, enganai-vos em supor que me deixei iludir pelos cristãos. Só pela misericórdia de Deus cheguei ao conhecimento da Salvação. Sou menino de 14 anos apenas, mas saiba o senhor que Nosso Senhor Jesus Cristo reparte as suas graças não pela escala dos anos, mas segundo a sua bondade e sabedoria. Coragem e entendimento Ele nos dá para não darmos às ameaças dos imperadores maior importância que a um fogo pintado. Exigis de mim que preste adoração aos deuses e às deusas da vossa veneração. Ainda bem que o sois melhor que eles são".

Diante de tais palavras, que reputou injuriosas, o imperador ordenou sua imediata decapitação.

Diante da terrível sentença, o semblante angélico do jovem se cobriu de santa alegria e prontamente Pancrácio se pôs à disposição do carrasco. Sem a menor relutância, entregou sua cabeça ao cutelo do algoz. Antes disso, proclamou: "Graças vos dou, ó Jesus, pelo dom da fé e pela honra de me terdes aceito entre os vossos servos". Foi decapitado no dia 12 de maio de 304, na Via Áurea. Os cristãos se incumbiram de sepultar o jovem Mártir em um cemitério nas proximidades dessa importante via da Roma Antiga, a Catacumba de Calepódio, que, em seguida, teve o seu nome mudado em homenagem a ele. Neste local lê-se “HIC DECOLLATUS FUIT SANCTUS PANCRATIUS” (Aqui foi degolado São Pancrácio).  


No local do seu túmulo, no Cemitério de Ottavilla, o Papa Símaco mandou erguer no século VI uma igreja em sua homenagem. Mais tarde, outro Pontífice, o Papa Honório I, construiu, entre os anos de 625 a 638, uma basílica em sua honra, visto que a anterior estava em ruínas, e mandou gravar a seguinte inscrição no sepulcro:
"Pelos méritos insignes e singulares do bem-aventurado Pancrácio eu, Bispo Honório, servo do Senhor, para o bem do povo de Deus, ordeno derrubar o velho edifício que armazenava as ruínas e não continha os restos do santo, devido aos descuidos dos antigos, e mando construir de nova planta outra igreja, e dentro do altar adornado com mármores preciosos, coloco suas relíquias que antes estavam no exterior da parede do templo".

O culto a São Pancrácio iniciou-se desde o dia de seu Martírio; muitos devotos visitavam a tumba, convertendo-a em um autêntico Santuário de peregrinação de pessoas vindas de todos os lugares. A Devoção a São Pancrácio propagou-se pelo Ocidente (
Itália, França, Inglaterra e Espanha) e pelo Oriente no decorrer dos anos, em boa parte graças à narração de sua paixão e de dois atrativos que ajudaram a sua veneração: a sua tenra idade por ocasião da morte e os milagres que por sua intercessão lhe foram atribuídos. Há numerosas igrejas em louvor a São Pancrácio onde o seu culto mais se difundiu. A ele foram ainda dedicados um mosteiro em Roma, fundado por São Gregório Magno e um em Londres fundado por Santo Agostinho de Cantuária (meados do séc. VI). 

São Pancrácio é considerado padroeiro dos jovens e das crianças, amparo dos idosos e intercessor dos enfermos. Apesar do patrono dos trabalhadores ser São José, São Pancrácio é também outro dos santos a quem muitos devotos recorrem para encontrar trabalho. É o padroeiro dos enfermos, na Itália; padroeiro dos trabalhadores, na Espanha e padroeiro da Juventude da Ação Católica, na América Latina.  


DEVOÇÕES A SÃO PANCRÁCIO


Oração: http://precantur.blogspot.com/2015/05/oracoes-sao-pancracio.html.
Novena a São Pancrácio: http://precantur.blogspot.com/2015/05/novena-sao-pancracio.html - de 3 a 11 de maio.
Tríduo a São Pancrácio: http://precantur.blogspot.com/2015/05/triduo-sao-pancracio.html - de 9 a 11 de maio.



Fontes: 
http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/mai/nap1205.htm
http://www.saopancracio.com.br/saopancracio.asp.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pancr%C3%A1cio_de_Roma
http://www.saopancracio.com.br/saopancracio_roma.asp
Revisado pelo blog. 



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