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sábado, 11 de abril de 2015

11 de abril: São Leão I, o Grande, Papa, Confessor e Doutor

11 de abril  

São Leão I, o Grande

Papa, Confessor e Doutor
Pontificado: 440 - 461
  


São Leão, célebre na Hstória da Igreja pelo profundo saber, pelas grandes e extraordinárias virtudes e principalmente pelo brilhante governo que fez, como chefe supremo da Cristandade, era natural de Roma. Bem cedo, quando ainda fazia os estudos, pode-se observar-lhe um talento fora do comum, como de fato se distinguiu entre os condiscípulos, sendo entre eles um homem que ocupava o primeiro lugar. Considerando as ciências profanas o acesso para as divinas, com sua aquisição não se contentou, dedicando-se depois ao estudo da Teologia e dos Livros Sacros.

Ordenado sacerdote, o Papa Celestino, conhecendo de perto o grande valor científico e moral do jovem eclesiástico, ocupou-o logo nos trabalhos administrativos. Por diversas vezes, Leão se desempenhou de cargos dificílimos, como delegado apostólico. Foi Leão quem descobriu as tramoias hipócritas, que o pelagiano Juliano fazia para obter a readmissão no grêmio da Igreja.


Quando, em 440, Papa Sisto III morreu, Leão foi eleito Papa, por unanimidade de votos. O novo Pontífice, conhecendo bem a grande responsabilidade que um chefe da Igreja tem, se preparou
em longas e fervorosas orações para os trabalhos deste novo cargo. Roma foi o primeiro campo de sua ação apostólica. Pela oração, pela palavra e pelo exemplo, trabalhou na elevação dos costumes. Às outras dioceses, dentro e fora da Itália, dirigiu mensagens episcopais, todas elas documentos de piedade, zelo e prudência. Não estava muito tempo sentado no Sólio pontifício, quando começou a campanha contra as heresias, que por toda a parte se levantaram. Eram os maniqueus, os arianos, donatistas, priscilianistas e pelagianos que, quais lobos famintos, procuravam infestar o rebanho de Cristo. Em numerosas circulares dirigidas aos Bispos, exortou-os a serem vigilantes, indicou-lhes o modo e os meios de combaterem as doutrinas errôneas e em diversos concílios, entre estes, no célebre Concílio de Calcedônia, foram discutidas e condenadas as seitas que deturpavam a Doutrina sobre a Encarnação de Cristo.

Deu prova do seu espírito justiceiro que não conhecia acepção de pessoas em uma questão litigiosa entre Bispos gálicos que tinham invocado sua intervenção. No seu julgamento, não poupou nem a Santo Hilário, cujo rigor excessivo com os Bispos subalternos reprovou.

Enquanto Leão, com todo empenho, procurava afastar do rebanho de Nosso Senhor a peste do erro, a Europa sofria uma das maiores calamidades que a história conhece: a invasão dos Hunos, chefiados por Átila, que a si próprio se chamava o açoite de Deus. A devastação, o incêndio, pilhagem e a morte marcavam as passagens das terríveis hordas asiáticas. Apavorados, fugiam os povos à aproximação delas, para não serem vítimas da crueldade inaudita dos bárbaros. Átila, sem achar resistência, pôde atravessar o sul da Rússia, a Áustria e a Alemanha. Tendo chegado aos campos catalaúnicos, na França, achou quem lhe fizesse frente, e seu exército foi derrotado. Mudando de rumo, teve a intenção de tomar Roma e, com este fim, invadiu a Itália. Leão convidou os fiéis à oração e penitência, implorando assim o auxílio divino. Átila tinha chegado já a Ravenna, e os Romanos tremiam, na expectativa da cidade sofrer uma invasão. Leão foi ao encontro do tirano, o qual, contra aquilo que se poderia esperar, o recebeu com honras e sinais de respeito. Átila prometeu pôr termo à obra devastadora e contentar-se com o pagamento de um tributo. Posteriormente, perguntado porque se curvara diante de um sacerdote indefeso, respondeu: "Não me curvei diante de uma pessoa, mas diante de um ser sobrenatural que vi ao seu lado ameaçar-me com uma espada flamejante". Átila retirou-se para a Panônia, onde pouco tempo depois morreu.

Papa Leão I e Átila
Raffaele Sanzio
A vitória que Leão alcançou sobre Átila não lhe foi possível obter, um ano depois, sobre Genserico, rei dos Vândalos e ariano, o qual, às instigações da Imperatriz Eudóxia, invadiu a Itália e saqueou Roma. Leão apenas conseguiu salvar a cidade do incêndio e as igrejas da profanação. Genserico respeitou a vida dos cidadãos romanos, mas entregou muitos à escravidão.

Os horrores que Roma sofreu com a invasão dos Vândalos, Leão atribuiu-os à vida dissoluta e à ingratidão dos Romanos.  


Leão reinou vinte e um anos. Foi um dos mais gloriosos pontificados, devido à sabedoria, prudência e piedade do santo Pontífice. Deste grande Papa possuímos 101 alocuções e 141 circulares, documentos preciosos, que provam cabalmente que a Doutrina Católica no século quinto era idêntica à dos nossos dias. Leão o Grande, morreu no ano de 461.
 

Fonte: http://www.paginaoriente.com/santos/leaoi1104papa.htm.


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