1º DOMINGO DA QUARESMA

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Primeiro Domingo de Quaresma

Estação de S. João de Latrão

 
EPÍSTOLA (IICor. 6,1-10)

Irmãos: Nós vos exortamos que não recebais em vão a graça de Deus. Porque Ele diz: Eu te ouço em tempo propício, e te socorri no dia da salvação. Eis agora o tempo propício: eis agora o dia da salvação. A ninguém façamos ofensa alguma, para que não seja censurado o nosso ministério, porém em tudo mostremo-nos como ministros de Deus, com muita paciência das aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nas revoltas, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, pela castidade, pela ciência, pela longanimidade, pela benignidade no Espírito Santo, por uma caridade não fingida, pela palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas de justiça à direita [espada para agredir; do original] e à esquerda [escudo para defender; do original]; entre a glória e a ignomínia, entre a infâmia e o bom nome; julgados como enganadores e todavia sinceros; por ignorados, mas bem conhecidos; como moribundos, e eis que vivos; como castigados e não mortos; como tristes, mas sempre alegres; como pobres, porém enriquecendo a muitos; como nada tendo e entretanto possuindo tudo. Deo gratias.  

COMENTÁRIO: É de todos os tempos a misericórdia divina; mais copiosa, porém, derrama suas graças sobre os fiéis nos dias privilegiados da Quaresma, em que as preces unânimes de toda a Igreja, os jejuns e a abstinência solicitam mais eficazmente os favores do Céu.

Não esqueçamos que não tem valor o talento da graça de Deus senão quando aproveitado por nossa cooperação.

Extraído do Manual do Cristão, de Goffiné, in Primeira Dominga da Quaresma. Sacristia da Imaculada Conceição,15ª edição, 225º milheiro, RJ, 1944, p. 350.

EVANGELHO (Mat. 4,1-11)

Naquele tempo, foi Jesus conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo demônio. Depois de haver jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome. E chegando-se o tentador disse-Lhe: Se és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães. Ao que Jesus respondeu, dizendo: Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então, o demônio O levou à cidade santa, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: Se és o Filho de Deus, lança-te daqui para baixo. Porque está escrito: Aos seus Anjos ordenou acerca de Ti, e nas mãos Te tomarão, para que com Teu pé jamais tropeces em alguma pedra. E Jesus disse-lhe: Também está escrito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. De novo, O levou o demônio a um monte muito alto e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo com seu esplendor, dizendo-Lhe: Tudo isso Te darei, se, prostrado, me adorares. Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, satanás, porque está escrito: Adorarás ao Senhor, teu Deus, e só a Ele servirás. Então, O deixou o demônio; e eis que os Anjos se chegaram e O serviram. Laus tibe Christe.   

Então, O deixou o demônio;
e eis que os Anjos se chegaram e O serviram.

 

COMENTÁRIO: logo depois de receber o batismo de S. João, foi o Redentor levado, pelo Espírito que nele residia, ao deserto, para preparar-se à vida pública pelo retiro e jejum de quarenta dias e quarenta noite, com memorável vitória sobre o tentador. Daí aprendam os ministros do altar como devem iniciar suas funções sagradas, com o jejum e a oração.

“Logo chegaram os Anjos e O serviram”, assim, depois do combate generoso, paga Deus a seus servos fiéis, com suavíssimo consolo e celestial alegria.

Bem pode ladrar o cão infernal, diz S. Agostinho, mas não pode morder-nos, se não quisermos.

Para vencermos a tentação, como Nosso Senhor, que se dignou sofrê-la para nos ensinar, daremos adiante [vejam no link abaixo] os conselhos de São Francisco de Sales.

Extraído do Manual do Cristão, de Goffiné, in Primeira Dominga da Quaresma. Sacristia da Imaculada Conceição,15ª edição, 225º milheiro, RJ, 1944, pp. 350-351.

DA TENTAÇÃO (São Francisco de Sales): veja aqui.

A Missa do Primeiro Domingo de Quaresma, foi transcrito do Manual do Cristão, de Goffiné, in Primeira Dominga da Quaresma. Sacristia da Imaculada Conceição,15ª edição, 225º milheiro, RJ, 1944, pp. 349-351.
  
 

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