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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

SANTOS QUARENTA MÁRTIRES DE INGLATERRA, ESCÓCIA E GALES

A história destes mártires é muito atual e nos serve de exemplo e estímulo para nós mesmos sermos mártires da atualidade. Há vários tipos de martírios, e o martírio da ridicularização parece ser o que mais atinge os católicos ocidentais, muitos dos quais sucumbem à pressão e preferem não falar de Fé, ou não defender a honra de Deus e da Igreja apenas para não criar constrangimentos ou parecer piegas. Temos um gravíssimo exemplo disso na pessoa de Francisco/Bergoglio, quando "preferiu" dar uma benção silenciosa para não ofender os jornalistas presentes que não eram católicos. Lembram? Gravíssimo pela qualidade da Pessoa que ele representa. Mas não nos enganemos, o martírio real está à nossa porta, com as políticas públicas do governo marxista que tomou o poder no Brasil, que defende e promove pretensos "direitos das minorias" que se opõem clara e violentamente aos direitos de Deus. No Congresso, já tramitam projetos de lei que pretendem "criminalizar o homofobia" (ou seja, por na cadeia qualquer pessoa que diga que homossexualismo é pecado), liberar o aborto em qualquer caso, permitir a eutanasia, reconhecer o direito dos pedófilos ao "amor da forma como eles o concebem", com a obrigatoriedade do estudo do Islã e do marxismo nas escolas públicas, e todo tipo de atrocidade moral que visa destruir a sociedade cristã ocidental. Chegarão tempos em que não poderemos mais ficar confortavelmente sentados atrás de um computador e teremos que ir à arena, enfrentar os leões.  

Que os mártires ingleses nos sirvam de modelo para defendermos a Fé Católica daqueles que pretensamente tem o poder de, "legalmente", nos tirar a liberdade e, ilegalmente, nos tirar a vida.  


SANTOS QUARENTA MÁRTIRES DE INGLATERRA, ESCÓCIA E GALES


Século XVI-XVII  


A história das perseguições anticatólicas em Inglaterra, Escócia e Gales começa em 1535 e vai até 1681; o primeiro a desencadeá-la foi, como se sabe, o rei Henrique VIII, que provocou o cima da Inglaterra com a separação da igreja anglicana de Roma.

Além dele, artífices mais ou menos cruéis foram também os seus sucessores Eduardo VI (1547-1553), a terrível Elisabeth I, a ‘rainha virgem’ († 1603), James I Stuart, Carlos I, Oliver Cromwell, Carlos II Stuart


Em 150 anos de perseguições, morreram milhares de católicos ingleses, pertencentes a todas as classes sociais, testemunhando sua adesão à fé católica e ao papa e recusando os juramentos de fidelidade ao rei, novo chefe da religião de Estado.


Os primeiros a morrerem como gloriosos mártires, em 4 de maio e 15 de junho de 1535, foram 19 monges Cartuxos, enforcados no tristemente famoso Tyburn de Londres. A última vítima foi o Arcebispo de Armagh e Primaz da Irlanda, Olivier Plunkett, justiçado em Londres no dia 11 de julho de 1681.

O ódio dos diversos inimigos do Catolicismo, dos reis aos puritanos, dos aventureiros aos desprezíveis eclesiásticos hereges e cismáticos, aos calvinistas, levou a inventar hediondos sistemas de tortura e sofrimentos para os católicos detidos.

Em particular para todos aqueles sacerdotes e jesuítas que, de França e de Roma, chegavam clandestinamente como missionários, na Inglaterra, para tentar re-converter os cismáticos. Além do mais, eles eram considerados traidores do Estado, por se tratar de ingleses que se haviam refugiado no exterior e preparado em oportunos Seminários para voltar para o país.


Fora raríssimas exceções, como funcionários de alto escalão (Thomas Moro, João Fisher, Margarida Pole) decapitados ou mortos rapidamente, todos os demais sofreram, antes da morte, indizíveis tormentos, com interrogatórios extenuantes, cárcere duro, torturas refinadas como o "ecúleo", a "filha da Scavinger", as "luvas de ferro" e, no final, os esperava uma morte horrível; de fato, todos eles eram enforcados, mas, alguns momentos antes do sufocamento, eram libertados e, ainda semiconscientes, eram estripados.

Depois disso, com uma bestialidade que superava qualquer limite humano, seus corpos eram esquartejados e as pobres partes besuntadas de piche eram expostas às portas e nas principais zonas da cidade.

Apenas em 1850, com a restauração da Hierarquia Católica na Inglaterra e Gales se pôde tentar a possibilidade de uma beatificação dos mártires, pelos menos daqueles cujo martírio era comprovado, não obstante os séculos que haviam passados.

Em 1874, o Arcebispo de Westminster, enviou a Roma uma lista com 360 nomes com as respectivas provas.

A partir de 1886, os mártires ou grupos mais ou menos numerosos, foram beatificados pelos Papas. Os Quarenta Mártires de Inglaterra e Gales foram canonizados em 25 de outubro de 1970. 


  



Aqui estão os nomes deles (ordem alfabética): 
  1. Alban Bartholomew Roe, Sacerdote beneditino, 21 janeiro
  2. Alexander Briant, Sacerdote jesuíta, 1 dezembro
  3. Ambrose Edward Barlow, Sacerdote beneditino, 10 setembro
  4. Anne Line, Leiga, 27 fevereiro
  5. Augustine Webster, Sacerdote cartuxo, 4 maio
  6. Cuthbert Mayne, Sacerdote, 30 novembro
  7. David Lewis, Sacerdote jesuíta, 27 agosto
  8. Edmund Arrowsmith, Sacerdote jesuíta, 28 agosto
  9. Edmund Campion, Sacerdote jesuíta, 1 dezembro
  10. Edmund Gennings, Sacerdote, 10 dezembro
  11. Eustace White, Sacerdote, 10 dezembro
  12. Henry Morse, Sacerdote jesuíta, 1 fevereiro
  13. Henry Walpole, Sacerdote jesuíta, 7 abril
  14. John Almond, Sacerdote, 5 dezembro
  15. John Boste, Sacerdote, 24 julho
  16. John Houghton, Sacerdote cartuxo, 4 maio
  17. John Jones, Sacerdote dos Frades Menores, 12 julho
  18. John Kemble, Sacerdote, 22 agosto
  19. John Lloyd, Sacerdote, 22 julho
  20. John Paine, Sacerdote, 2 abril
  21. John Plessington, Sacerdote, 19 julho
  22. John Rigby, Leigo, 21 junho
  23. John Roberts, Sacerdote beneditino, 10 dezembro
  24. John Southworth, Sacerdote, 28 junho
  25. John Stone, Sacerdote agostiniano, 23 dezembro
  26. John Wall (Gioacchino di Sant’Anna), dos Frades Menores, 22 agosto
  27. Luke Kirby, Sacerdote, 30 maio
  28. Margaret Clitherow, Leiga, 25 março
  29. Margaret Ward, Leiga, 30 agosto
  30. Nicholas Owen, Religioso jesuíta, 2 março
  31. Philip Evans, Sacerdote jesuíta, 22 julho
  32. Philip Howard, Leigo, 19 outubro
  33. Polydore Plasden, Sacerdote, 10 dezembro
  34. Ralph Sherwin, Sacerdote, 1 dezembro
  35. Richard Gwyn, Leigo, 17 outubro
  36. Richard Reynolds, Sacerdote brigidino, 4 maio
  37. Robert Lawrence, Sacerdote cartuxo, 4 maio
  38. Robert Southwell, Sacerdote jesuíta, 21 fevereiro
  39. Swithun Wells, Leigo, 10 dezembro
  40. Thomas Garnet, Sacerdote jesuíta, 23 junho.  

Além deles, há mais dois que foram canonizados em 19 de maio de 1935 pelo Papa Pio XI:
  1. John Fisher, bispos, 22 junho 
  2. Thomas Moro, Leigo, 22 de junho. 
Oliver Plunkett, Arcivescovo di Armagh, foi canonizado no dia 12 de outubro de 1975, e John Ogilvie, sacerdote jesuíta, foi canonizado no dia 17 de outubro de 1976. 

  


Numerosos mártires da mesma perseguição ainda são venerados apenas como beatos, e trataremos deles em um outro post, com o título de Beatos Mártires de Inglaterra, Gales e Escócia.  

Autor: Antonio Borrelli. 

Fonte: http://www.santiebeati.it/dettaglio/93301.
Tradução: Giulia d'Amore. 



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