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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Bergoglio, Sínodo, destruição da família, traição contra a Igreja… o que mais precisa acontecer?

Publicamos uma grave e oportuna reflexão do blog Pacientes na Tribulação, não apenas sobre o Sínodo da Destruição da Família, mas também sobre a igreja conciliar - que hoje se confunde com a Igreja de Cristo - e sobre seu líder, que, desde sua (discutida) eleição, vem estarrecendo os católicos com suas performances e suas declarações, que vão da pantomima, digna de alguma compaixão, à blasfêmia e à heresia. Embora saibamos que essa não é a Igreja Católica, é claro que tudo o que eles fazem e dizem tem um impacto sobre a Cristandade. Grifos do original.


Bergoglio, Sínodo, destruição da família, traição contra a Igreja… o que mais precisa acontecer? 


As últimas notícias vindas da Babilônia conciliar tem sido alarmantes para grande número de católicos. Muitos ainda não haviam percebido o quanto o processo revolucionário está avançado.

Mas, o tal do sínodo contra a família é tão claramente anticatólico que até algumas eminências da igreja oficial estão escandalizadas. Uma notícia da Radio Vaticana sobre o relatório deste sínodo nos diz (destaques são nossos, assim como os comentários a seguir):

O Relatório aponta ainda a necessidade de “tornar mais acessíveis e ágeis os procedimentos de reconhecimento da nulidade matrimonial”, de incrementar a responsabilidade dos bispos locais e instituir a figura de um sacerdote que, adequadamente preparado, possa oferecer ‘conselhos’. 

O documento formaliza também a hipótese de acesso à comunhão aos recasados, “desde que precedido por um caminho penitencial sob a responsabilidade do bispo diocesano, e com um claro compromisso em favor dos filhos”. “Esta possibilidade não pode ser generalizada, mas fruto de um discernimento atuado caso por caso”. “Se é possível a comunhão espiritual, por que não poder acessar à sacramental?” – questiona o Relatório. 
http://pt.radiovaticana.va/news/2014/10/13/apresentado_relat%C3%B3rio_sobre_os_debates_do_s%C3%ADnodo_2014/bra-830691

Diante da clareza do texto, poucos comentários são necessários. Permitir a comunhão sacramental aos que vivem em adultério corresponde simplesmente em legalizar um sacrilégio. A Santíssima Comunhão é um sacramento de vivos, o que quer dizer que apenas os que estão vivificados pela graça santificante podem recebê-la. Os que estão em pecado mortal somente podem receber os sacramentos de quem está espiritualmente morto, a saber, o Batismo e a Penitência. Para receber um sacramento de vivo sem cometer sacrilégio é necessário antes ser vivificado, seja pelo Batismo para aqueles que ainda não foram batizados, seja pela Penitência, para os que já foram incorporados ao Corpo Místico de Cristo por meio do batismo. Não existe “caminho penitencial”, a ser conduzido por qualquer bispo diocesano, que seja capaz de apagar o pecado mortal de uma alma que não quer se aproximar do Sacramento da Penitência. E, para se aproximar deste sacramento, é imprescindível se arrepender do pecado cometido. Se a pessoa pretende continuar cometendo pecado, neste caso o adultério, não pode usar do Sacramento da Penitência e, assim, não se livra do seu estado de pecado, o que nos leva à conclusão de que não pode receber a Santíssima Comunhão e nenhum outro sacramento de vivos. Esta é a doutrina católica, revelada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, o que aqueles purpurados estão fazendo é uma aberta traição contra Cristo.

Nenhum liberal chegou até esta parte do texto sem ter me xingado até a quinta geração. Mas é possível que um bom número de conservadores tenha gostado. Se eu estivesse buscando aplausos, pararia por aqui. Mas, assim fazendo, estaria traindo a Igreja. Porque não basta citar os fatos e protestar contra eles, é necessário não ocultar voluntariamente as suas causas.

E quais são as causas desta calamidade atual senão a apostasia que vem crescendo desde as últimas décadas? No primeiro parágrafo do texto, foi dito que um bom número de católicos, que ainda não haviam percebido a gravidade da crise, está alarmado com o que está vendo. Mas, quem estuda com seriedade o processo revolucionário, não se surpreende nem um pouco com o que o bando de apóstatas está promovendo neste Sínodo de destruição da família. Traição semelhante já ocorreu durante o latrocínio Vaticano II. Mesmo sendo a proporção de bispos católicos muito maior do que hoje, os liberais, com o apoio da figura nefasta de Montini [que a igreja conciliar quer alçar à santidade justamente por esses dias], souberam manipular as regras do jogo e neutralizar a resistência católica. Naqueles dias, a Igreja contava com grandes homens, com Dom Marcel Lefebvre, Dom Antônio de Castro Mayer, Dom Proença Sigaud. Hoje já não temos nem sequer certeza da validade das sagrações episcopais no novo rito, muito provavelmente inválidas. E, meio século depois, grande parte dos “cardeais” foram escolhidos justamente por serem liberais. Então, que podemos esperar senão o desastre que estamos vendo?

A situação está tão feia que até o herege público e manifesto do Müller está sendo contado entre os conservadores [isto até parece uma amarga ironia!]

O que se pode esperar de hereges senão que tentem destruir a Igreja? Sempre foi assim e sempre será. É o mesmo que deixar um lobo tomando conta de ovelhas. Quando o dono volta, fica assustado e pergunta candidamente: “Oh! Quem terá roubado minhas ovelhas?”. As duas questões são igualmente ridículas. Um lobo não pode ser colocado para tomar conta de ovelhas da mesma forma que um herege público, manifesto e pertinaz não pode ser colocado para defender a ortodoxia que ele abertamente renegou e combate.

Pronto, estraguei o dia dos neoconservadores que estavam até gostando do começo do artigo [não se preocupe com isso, porque os de boa fé e de boa vontade gostam que se lhes diga a verdade!].

Mas é necessário ir ainda mais longe. É necessário não somente denunciar os lobos, como também o chefe da matilha: Bergoglio. Não somente por todo apoio que ele dá aos liberais, como o “grande teólogo” Kasper. No momento que o relatório do Sínodo era divulgado, Bergoglio também fez sua “profissão de fé” no relativismo e progressismo (os destaques são meus):

Porque estes doutores da lei não percebiam os sinais dos tempos e pediam um sinal extraordinário…E por que é que não percebiam? Antes de mais, porque estavam fechados. Fechados no seu sistema, tinham sistematizado muito bem a lei, uma obra prima. Todos os judeus sabiam o que que se podia fazer e o que não se podia fazer, até onde se podia ir. Tudo bem arrumado. E assim estavam seguros.

Não percebiam que Deus é o Deus das surpresas, que Deus é sempre novo. Nunca se renega a si mesmo, nunca diz que o tinha dito era errado, nunca, mas sempre nos surpreende. (…)

Em segundo lugar, tinham esquecido que eram um povo a caminho. Em caminho. E quando se caminha, quando uma pessoa vai pelo caminho, sempre encontra coisas novas, que não conhecia. (…)

Isto deve fazer-nos pensar: estou apegado às minhas coisas, às minhas ideias, fechado. Ou estou aberto ao Deus das surpresas? Sou uma pessoa fechada, ou uma pessoa que caminha? Creio em Jesus Cristo? … Sou capaz de captar os sinais dos tempos e ser fiel à voz do Senhor que neles se manifesta? Podemos fazer-nos hoje estas perguntas e pedir ao Senhor um coração que ame a lei, porque a Lei é de Deus. E que ame também as surpresas de Deus, sabendo que esta lei santa não é finalizada a si mesma.

http://pt.radiovaticana.va/news/2014/10/13/n%C3%A3o_ficar_fechado_nos_sistemas,_abrir-se_%C3%A0s_surpresas_de_deus:_papa_em/por-830684

Em qualquer momento que fossem ditas, estas palavras deveriam causar escândalo aos ouvidos pios. Mas, como já dissemos, elas coincidiram com o relatório do sínodo. Que podem ser, senão uma apologia do relativismo sinodal? Bergoglio não distinguiu a lei mosaica da lei moral. Aquela sim era passageira, preparatória para a vinda do Messias. A lei moral, não. Ela é eterna, inscrita no coração de todo homem e no Decálogo, ensinada por todos os dignos membros da Igreja docente, em todos os tempos, em todos os lugares. A citação perfeita para este momento são as seguintes palavras d’Aquele que não somente ensinou a lei como um doutor, mas é Ele mesmo a fonte de toda moral:

“Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para abolir, mas para levá-los à perfeição. Pois em verdade eu vos digo, passarão o céu e a terra antes que desapareça um jota, um traço da lei. (Mt 5,17-18)”

Na sequência desta passagem, Cristo adverte contra aquele que viola um destes mandamentos, por menor que seja, e ensina os outros homens a fazer o mesmo. Que pensam os chefes da seita conciliar ao ler estas palavras? Se não tivessem perdido a fé, não estariam destruindo a família. Violar o mínimo mandamento já é grave, quanto mais destruir a célula básica da sociedade, que é a família, e ainda promover o sacrilégio da comunhão em estado de pecado.

No momento exato em que se exige um discurso firme contra o relativismo, o progressismo, a evolução do dogma, etc, nos vem Bergoglio dizer que “lei santa não é finalizada”. Critica as pessoas “fechadas”, “que não caminham”, “apegada às suas ideias”. Critica os judeus que “sabiam o que se podia fazer e o que não se podia fazer, até onde se podia ir”. Ora, quem não percebe a semelhança com os católicos que, felizmente ensinados pela Santa Madre Igreja, sabemos aonde podemos ir e aonde não podemos em todas as matérias morais, inclusive relativamente ao matrimônio? Não estamos apegados às nossas ideias, mas sim ao ensinamento infalível de dois mil anos.

O progressista Bergoglio fez um discurso exatamente contrário ao que deveria fazer em um momento tão grave. Certamente não foi por acaso. Um católico que tivesse um mínimo Fé se levantaria para condenar o relativismo moral, não para favorecê-lo. Mas Bergoglio não é católico, é modernista.

Agora sim, não somente os liberais e neoconservadores, mas também os falsos tradicionalistas que queriam estar em comunhão com Bergoglio e seus camaradas também vão detestar este artigo [se eles detestarem este artigo... já não são católicos]. Talvez eu tenha perdido alguns falsos amigos
[Deo gratias!]. Mas estas coisas precisam ser ditas. Não adianta chorar, como fez um bispo africano, adianta agir contra os traidores. Basta de apoiar os usurpadores. Basta de silêncio sobre inimigos da Igreja. Basta de cumplicidade com hereges. O que mais precisa acontecer para que tantos católicos entendam o que está acontecendo e ajam de maneira apropriada?


 
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