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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

SANTOS IRMÃOS PROTO E JACINTO, MÁRTIRES

11 de setembro

Santos Irmãos, Proto e Jacinto

Mártires
+ 257 d.C.



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Os santos mártires Proto e Jacinto eram conhecidos somente pela tradição oral e por citações da Igreja primitiva. Apenas em 1845 seus túmulos foram descobertos, na Catacumba de Bassilla (depois chamada de Cemitério de São Ermete), como veremos adiante. 

O Martirológio Romano declara: 
“Em Roma, na antiga via Salária, no cemitério de Basila, (deu-se) o natalício dos irmãos mártires Proto e Jacinto, eunucos da bem-aventurada Eugênia. Descobertos como cristãos sob o imperador Galieno, receberam ordem de sacrificar aos ídolos. Como recusassem fazê-lo, foram duramente açoitados, e logo em seguida degolados”.

A historicidade dos irmãos é um fato inquestionável, pois a memória deles é celebrada no Depositio martyrum de Roma, no Sacramentario Gelasiano (ms. di S. Gallo), no Gregoriano, em vários Itinerari (Salisburgense, Epitome de locis sanctis...) e no Calendario marmoreo napoletano



Proto e Giacinto haviam sido sepultados no Cemitério de Bassilla, em um cubículo que, no século IV, o Papa Dâmaso mandou limpar da terra que nele ruíra e colocar uma escada de acesso e uma lamparina, com uma lápide onde registrara que o sepulcro dos mártires fora encontrado escondido sub aggere montis e que ele o tornara acessível; depois, dirigindo-se aos dois santos, escrevera:
Te Protum retinet melior sibi regia coeli
sanguine purpureo sequeris yacinthe probatus
germani fratres animis ingentibus ambo.
Htc victor meruit palman prior ille coronam

Sucessivos reparos foram feitos ao sepulcro, como fazem memória algumas inscrições e o Lib. Pontificalis (I, p. 261), testemunhos de um culto muito difundido.  

Quando, nos séculos VIII-IX, os Papas começaram o translado das relíquias dos mártires das catacumbas para as igrejas urbanas, também os ossos de Proto (e não o de Jacinto) foram transferidos para Roma. Na verdade, até 1845, se acreditava que os restos mortais dos dois mártires estivessem na cidade, mas uma providencial descoberta arqueológica do P. Marchi demonstrou que a tumba de S. Jacinto permanecera intacta no cemitério de S. Ermete.  

No dia 21 de março de 1845, um escavador trouxe à luz uma lápide com a inscrição: "dp III idus septebr Yacinthus martyr", que permanecera em seu lugar original. Não muito longe, foi encontrado um fragmento de lápide com escrito: "sepulcrum Proti M.". Neste túmulo, encontraram ossos queimados, indício do tipo de martírio sofrido por Jacinto. Visto que a tumba era muito simples, pensou-se que tivesse sido escavada na época da perseguição de Valeriano, porque era proibido aos cristãos o acesso aos sepulcros. 

Atualmente, os ossos de Jacinto são venerados no Colégio de Propaganda Fide; enquanto que os de Proto em São João dos Florentinos.  

VIDA

Sobre a vida desses dois irmãos mártires que sustentaram a Fé Cristã que os levou ao Martírio sabe-se apenas que Proto e Jacinto eram servos (escravos ou eunucos) do nobre romano Filipe, Prefeito de Alexandria de Egito e pai de Santa Eugênia, então uma menina, a quem os irmãos converteram e com a qual foram batizados pelo Bispo Hilário, se dedicando ao estudo das Sagradas Escrituras, edificando a todos com sua humildade e santidade. Os irmãos conseguiram que Eugênia entrasse em um convento na própria Alexandria do Egito, e, depois de alguns contratempos, toda a família de Felipe se converteu. Eugênia voltou a Roma, onde desenvolveu um apostolado cristão. Lá, entregou seus servos à nobre amiga Bassilla, que desejava tornar-se cristã, para que a instruíssem nas verdades da Fé. Depois da conversão, Bassilla foi denunciada pelo noivo ao Magistrado, que a condenou a morte junto com Proto e Jacinto, que foram presos, cruelmente flagelados e finalmente decapitados. Eugênia também sofreu o Martírio, e sua memória é no dia 25 de dezembro.  

Em algumas legende romanas se encontram outros grupos de jovens eunucos a serviço de mulheres, como Calógero e Partênio ou João e Paulo, trata-se portanto de um tema comum e recorrente, mas em falta de documentos mais seguros, pode se tratar de lendas, nascidas, talvez, pelo fato de que os mártires eram sepultados juntos ou próximos, dando margem à possibilidade de transformar em parentes os mártires sepultados na mesma localidade. Contudo, que Proto e Jacinto fossem irmãos é afirmado pelo próprio Papa Dâmaso.  

Há dúvidas (e versões) sobre qual imperador estivesse reinando à época e, portanto, o autor certo da perseguição: Valeriano, Juliano ou Galieno (filho de Valeriano). O Martirológio Romano traz o nome de Galieno, que reinou de 260 a 268 d.C. e era bastante tolerante com os Cristãos, tendo proclamado o primeiro edito de tolerância ao Cristianismo. Mesmo assim, ainda houve atos de hostilidade isolados sob seu governo. 

Fontes de pesquisa: 
  • http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/noticia/noticia.asp?cod_noticia=3125&cod_canal=8
  • http://martyrologioromano.blogspot.com.br/2012/09/santos-proto-y-jacinto-martires.html
  • http://www.puc-rio.br/campus/servicos/pastoral/santo_setembro.html
  • http://hodiemecum.hautetfort.com/archive/2007/week37/index.html
  • http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=7BA46DC2-B34C-60FA-FEA4057C9FC271E8&mes=Setembro2000
  • http://vidas-santas.blogspot.com.br/2013/09/santos-proto-y-jacinto-martires.html
  • http://www.santiebeati.it/dettaglio/69800
Organização e traduções: Giulia d'Amore. 

 
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