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sexta-feira, 18 de julho de 2014

18 de Julho - Santa Sinforosa e os Sete Mártires Tiburtinos

18 de Julho

Santa Sinforosa e os Sete Mártires Tiburtinos


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A vida de Santa Sinforosa foi reportada no “Martyrologium Hieronymianum” (Martirológio Jeronimiano) e na “Passio Sanctae Sympherosae”, texto hagiográfico retomado em 1588 por F. Cardulo nos “Acta Symphorosae et sociorum”.

Sinforosa era casada com Getúlio, um oficial do exército romano sob os imperadores Trajano e Adriano. O casal teve sete filhos, chamados os Sete Mártires Tiburtinos (Tiburtino = de Tívoli). Getúlio converteu-se ao Cristianismo e abandonou o exército indo morar fora de Roma, nos Montes Sabinos, perto de Tívoli, com a família e um grupo de amigos. Certo dia, foi surpreendido pela visita de Cereal, enviado pelo imperador para prendê-lo. Entretanto, este se converteu pelo poder de persuasão de Getúlio e de seu irmão Amâncio. Logo que soube da conversão de Cereal, Adriano deu ordem ao Cônsul Licínio de prender aos três e condená-los à morte, se não renegassem à fé. Getúlio, Amâncio e Cereal fizeram uma corajosa profissão de fé e, depois de sofrerem 27 dias de encarceramento, em Tívoli, com diversas torturas, foram decapitados ou queimados vivos, na Via Salária. Com eles, morreu outro cristão, São Primitivo. Era o ano 120. Os restos mortais destes mártires forma sepultados por Santa Sinforosa, em um areal perto de sua quinta. Getúlio e seus companheiros são lembrados no dia 10 de junho.


O imperador Adriano mandara construir a “Vila Adriana” em Tívoli, acabando em 135. Contudo, o oráculo teria reclamado que a viúva Sinforosa e seus sete filhos ofendiam os deuses porque invocavam a seu Deus todos os dias e se Adriano quisesse se atendido pelos deuses devia obter dela e dos filhos que sacrificassem aos ídolos. O Imperador mandou Licínio chamar aquela mulher e procurou induzi-la a renegar a fé, fazendo o mesmo com seus filhos.

Sinforosa, porém, disse-lhe: “Meu esposo Getúlio e seu irmão Amâncio, quando combatiam no teu exército como tribunos, enfrentaram muitos gêneros de tortura por não aceitarem sacrificar aos ídolos e, como atletas valorosos, venceram os demônios com a própria morte. Preferiram, de fato, ser decapitados a deixar-se vencer, sofrendo a morte que, aceita em nome de Cristo, trouxe-lhes ignomínia no mundo dos homens ligados aos interesses terrenos, mas deu-lhes honra e glória eterna na assembleia dos anjos. Vivem agora entre os anjos e, levantando os troféus da própria paixão, gozam no céu da vida eterna com o eterno rei”.

O imperador respondeu a Santa Sinforosa: “Ou sacrificas com teus filhos aos deuses onipotentes, ou farei imolar-te com teus filhos”.

Respondeu-lhe Santa Sinforosa: “Donde vem-me a graça de merecer ser oferecida com os meus filhos como vítima a Deus?”.

E o Imperador: “Eu te farei sacrificar aos meus deuses”.

A bem-aventurada Sinforosa respondeu: “Teus deuses não podem aceitar-me em sacrifício, mas se for imolada em nome de Cristo meu Deus, eu terei o poder de fazer com que teus demônios se tornem cinzas”.

Disse, então, o imperador: “Escolhe uma das duas propostas: ou sacrificas aos meus deuses ou morrerás de morte trágica”.

Sinforosa, então, respondeu: “Crês que possa mudar o meu propósito por um temor qualquer, enquanto o meu desejo mais vivo é repousar em paz junto do meu esposo Getúlio que fizeste morrer pelo nome de Cristo?”.

O Imperador Adriano, então, mandou-a levar ao templo de Hércules Vencedor e ali primeiramente fez com que fosse esbofeteada, depois dependurada pelos cabelos. Vendo, contudo, que de modo algum e com nenhuma ameaça conseguia demovê-la do seu propósito, mandou atar-lhe uma pedra ao pescoço e afogá-la no rio. Seu irmão Eugênio, que tinha um cargo na Cúria de Tívoli (principalis curiae Tiburtinae), recolheu o seu o corpo e o sepultou na periferia de Tívoli.

No dia seguinte, Adriano mandou chamar à sua presença os sete filhos da Santa. Quando viu que de modo algum, nem com promessas nem com ameaças, conseguia levá-los a sacrificar aos deuses, mandou levantar sete postes ao redor do templo de Hércules Vencedor e, com a ajuda de máquinas, fez torturar os jovens. Em seguida, mandou matá-los: Crescens (Crescente), trespassado no pescoço; Juliano, no peito; Nemesius (Nemésio ), no coração; Primitivus (Primitivo), no umbigo; Justino, nas costas; Stracteus (Estacteno), no costado; e Eugênio foi partido ao meio, da cabeça aos pés.

O imperador Adriano, retornando ao templo de Hércules no dia seguinte, mandou levar os corpos dos mártires embora e lançá-los numa fossa profunda, na Via Tiburtina, numa localidade que os pontífices chamaram depois: “Aos sete justiçados”, a nove milhas de Roma.

Houve, depois disso, uma trégua de um ano e meio na perseguição; foi dada, nesse tempo, uma sepultura honrosa aos corpos dos mártires, e foram construídas sepulturas para aqueles cujos nomes estão inscritos no Livro da Vida.

Sob Papa Pio IV foram reencontrado na Diaconia de Santo Angelo em Pescheria.

O dia natalício dos santos mártires Sinforosa e seus sete filhos é celebrado 15 dias antes das Calendas de Agosto (17 de julho). Seus corpos repousam na via Tiburtina, a cerca de nove milhas de Roma, “sob o reinado de nosso Senhor Jesus Cristo, a quem são devidas honra e glória nos séculos dos séculos. Amém”.

Hoje, há uma igreja dedicada à Santa perto de Bagni di Tivoli. Durante as lutas pelas investiduras entre o Papado e o Império, o Imperador Henrique V, ao reconduzir Papa Pascoal II a Roma, acampou em um campo chamado “Campo qui Septem fratum dicitur”, onde haviam as ruinas de uma antiga igreja dedicada a Santa Sinforosa e seus filhos e onde os proprietários das terras vieram a construir, em 1939, na colina diante do novo santuário uma magnifica capela dedicando-a à Santa e seus sete filhos mártires.

http://fraternidadesaogilberto.blogspot.com.br/2013/07/santa-sinforosa-e-seus-filhos-martires.html
http://it.wikipedia.org/wiki/Santa_Sinforosa
http://www.santiebeati.it/dettaglio/90935
http://www.enrosadira.it/santi/s/sinforosa.htm

Getúlio:
pt.wikipedia.org/wiki/Getúlio_de_Roma
http://www.enrosadira.it/santi/g/getulio.htm
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