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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Santo Estanislau de Szczepanów, Bispo e Mártir

​Enquanto o Papa de hoje "não​ ​ é ninguém para julgar", Santo Estanislau cumpriu seu dever com a Igreja chamando à razão o próprio rei, ao qual ninguém ousava se opor, embora o criticassem em segredo. Um santo polonês verdadeiro, que serviu a Deus até o último instante de sua vida, ceifada enquanto rezava a Santa Missa, pela insanidade que tomou conta do rei por causa de seus pecados. O que acontece com o pecador deixado no pecado é exatamente isso: a loucura! Francisco, cerca-se de pecadores, mas os deixa no estado em que os encontra. Para não ofendê-los? Para respeitá-los em sua individualidade? Porque não é ninguém para julgá-los? Oras... e quem era Santo Estanislau senão um servo de Deus fazendo o que Cristo mandara ele fazer: ligando e desligando na terra e no Céu?! Vivemos tempos insanos, roguemos a Santo Estanislau para que interceda por nós e possa aparecer um santo bispo católico que ouse lembrar ao "rei" que há um Inferno e que ele é a paga dos nossos pecados aqui na terra. E é eterno.


08 DE MAIO

Santo Estanislau de Szczepanów

Bispo de Cracóvia e Mártir

Protomártir do Reino de Polônia

 

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Estanislau nasceu em Szczepanów, na Polônia, de pais piedosos e nobres, que consideravam o primogênito como um presente do Céu, visto que o matrimônio tinha ficado sem filhos, durante trinta anos.

Estanislau recebeu uma educação primorosa, graça esta que retribuiu com um procedimento exemplaríssimo, dando, ainda criança, provas indubitáveis de futura santidade. Amor à oração, delicadeza de consciência e uma grande compaixão pelos pobres, eram-lhe os traços característicos da alma juvenil.

Para completar os estudos, os pais mandaram-no para Paris. Passados uns anos, na volta para Polônia, não encontrou mais os pais vivos. Tomou, então, a resolução de entrar para o convento, um plano por ele acariciado havia muito tempo. Com este intuito, distribuiu seus bens entre os pobres.

O Arcebispo de Cracóvia, Lamberto, porém, conhecendo o grande talento de Estanislau e julgando-lhe utilíssima a cooperação na Diocese, ofereceu-se o título de Cônego. Neste encargo trabalhou até à morte do santo Bispo, quando foi eleito seu sucessor.


Nesta nova posição tinha a preocupação única de cumprir bem o dever, dirigir bem a Arquidiocese, ganhar almas para o Céu e santificar a sua própria alma.

A caridade quase excessiva que tinha para com os pobres e necessitados, a dedicação sem limites ao clero e fiéis, a vida austera e modelar, fizeram com que em toda a Arquidiocese fosse conhecido como o “Santo Bispo”.


O rei da Polônia era à época Boleslau II,
chamado "o generoso" por ter construído muitas igrejas e conventos em suas terras, ganhando a amizade e o apoio de Papa Gregório VII. Mas também era conhecido como "o cruel", embora não seja claro o por que. Era um monarca tirânico e devasso, odiado pela Nação. Não havia, porém, quem tivesse tido a coragem de abrir-lhe os olhos. Estanislau teve esta franqueza apostólica: obtida uma audiência com Boleslau, com todo o respeito e muita clareza, chamou a atenção do rei para os escândalos que ele dava e pediu-lhe que, por amor de Deus, salvasse a sua alma. Boleslau prometeu emendar-se; continuou, porém, com a vida escandalosa de antes. Quando a desfaçatez lhe chegou ao ponto de raptar a mulher de um fidalgo e desonrá-la, Estanislau, qual outro São João Batista, disse-lhe: “Não te é lícito ter a mulher de teu próximo”. Estas palavras fizeram amadurecer no coração do rei o plano de livrar-se do censor importuno.

Um fidalgo tinha vendido ao Arcebispo, com consentimento do rei, um terreno e recebido a importância da venda. Por três anos o Arcebispo permaneceu  na posse tranquila da propriedade, legitimamente adquirida. Boleslau instigou os herdeiros do falecido fidalgo, antigo proprietário do terreno em questão, a processar o Arcebispo por ter-se apossado indevidamente daquela propriedade e prometeu-lhes apoio incondicional naquela demanda. Os herdeiros fizeram intimação ao Arcebispo para que restituísse a propriedade ou fizesse o pagamento da mesma. Estanislau, por sua vez, protestou contra a injusta acusação, e citou em seu favor testemunhas. Estas, porém, nada depuseram, porque o rei lhes tinha proibido testemunhar.

“Pois bem”, disse o Arcebispo ao rei e aos seus conselheiros “se minhas testemunhas não querem ou não podem falar, daqui a três dias hei de apresentar-lhes uma, a quem deverão dar crédito: o próprio vendedor”. O rei riu-se desta ameaça, porque o antigo proprietário tinha morrido havia dois anos; no entanto, aceitou o desafio do Arcebispo.

Estanislau passou três dias em oração e jejum. No terceiro dia, logo após a Missa, revestido de vestes episcopais, se dirigiu à sepultura do falecido proprietário, de nome Pedro, mandou que se retirasse a terra e exclamou em alta voz: “Pedro, em nome da SS. Trindade, ordeno-te que te levantes e dês testemunho da verdade!” E eis que, na presença de muito povo, o morto se levanta e acompanha o santo Bispo, até a presença do rei e do conselho.

Estanislau apresentou-o e disse: “Aqui está a testemunha, que prometi trazer à vossa presença. Ela vos dirá a verdade”. Então, Pedro levantou a voz e disse bem alto e claro: “Sim, senhores. Vendi ao Arcebispo meu terreno livremente e recebi a paga à vista. Meus herdeiros não têm razão”. Dito isto, Pedro voltou à sepultura, para continuar o sono eterno. O Arcebispo, bem contra a vontade do rei, foi absolvido e teve sossego por algum tempo.

Boleslau, contudo, continuou a vida desregrada até que os grandes do País, cansados de ver o triste exemplo do rei, se dirigiram ao Arcebispo, com o pedido de apresentar ao monarca seus protestos e, em seu nome, exigir-lhe emenda de vida. Estanislau prometeu-lhes procurar o rei e para isto se preparou pela oração e jejum, durante alguns dias. Assim se apresentou novamente ao rei, falou-lhe do grande perigo que corria de perder a alma, da condenação eterna, certa e inevitável, caso não se quisesse converter a Deus. Vendo, porém, que tudo era debalde, e o rei recebia as admoestações com mofa e escárnio, ameaçou-o com a excomunhão. De fato, excomungou-o, porque o proceder de Boleslau, em vez de melhorar, se tornava dia a dia mais escandaloso.

O tirano resolveu, então, sem mais outros preâmbulos a morte do Arcebispo. Destacou para este fim um grupo de homens que deviam assassinar o Arcebispo na hora da Santa Missa. Efetivamente, os algozes entraram na capela arqui-episcopal, com a intenção de cumprir a ordem régia. Tomados, porém, de um pânico inexplicável, fugiram do santo lugar e declararam ao rei ser-lhes impossível levar efeito a ordem que dera.

Boleslau mandou outros homens e assim por três vezes seguidas, sem que conseguissem dar cumprimento à tarefa. Que acontece? O rei, possesso de ódio, se dirige ele mesmo à capela do Arcebispo, sequioso do sangue de sua vítima. Estanislau estava a celebrar o santo sacrifício da Missa quando Boleslau entrou e com um golpe terrível de espada, feriu a cabeça do santo Arcebispo, o qual morreu instantaneamente. O tirano, não satisfeito com a obra, ordenou que o corpo da vítima fosse arrastado para fora e cortado em pedaços, a fim de que servisse de pasto aos cães.

A Divina Providência, porém, dispôs contra a vontade do carrasco. Apareceram quatro águias, que se puseram de sentinela e guarda do corpo despedaçado do mártir, que durante a noite emanava luzes brilhantes. 


Alguns pios homens, entre sacerdotes e fiéis, encorajados por aquele prodígio, ousaram, apesar da proibição do rei, recolher aqueles santos membros espalhados, dos quais emanava um suave perfume, para sepultá-los à porta da igreja de São Miguel. Deu-se ainda outro milagre: no momento em que os membros do corpo mutilado foram conjuntados, uniram-se perfeitamente, de modo que apareceu o corpo intacto do santo mártir. Dois anos depois, o corpo de Santo Estanislau foi transladado para Cracóvia e sepultado primeiro no meio da igreja da fortaleza e depois na catedral (1008).  

O martírio de Santo Estanislau deu-se a 5 de maio do ano de 1079. 

Foi solenemente canonizado em Assis pelo Papa Inocêncio IV, em 17 de agosto de 1253. Sobre seu túmulo ocorreram muitos milagres, entre os quais a ressurreição de três mortos.

É padroeiro principal da Polônia e seu culto é particularmente vivo na Lituânia, Bielorrússia, Ucrânia e Estados Unidos. 


ARREPENDIMENTO DE BOLESLAU

Com o assassinato do Santo Bispo, o Papa Gregório VII interditou o reino da Polônia, excomungou Boleslau e o declarou decaído da dignidade real. O crime causou a revolta dos nobres e do povo, e o rei teve que fugir para o exílio. Contudo, Boleslau, perseguido pela reprovação dos súditos, dilacerado pelo remorso dos crimes cometidos, buscou refúgio junto ao rei da Hungria, Ladislau I, que o acolheu com bondade. O arrependimento não demorou a tomar conta de sua alma e empreendeu uma peregrinação a Roma para implorar ao Papa a absolvição de seus pecados e das censuras pontifícias. Chegando a Ossiach (Carinzia) a graça o mando bater à porta de um mosteiro beneditino, onde pediu que lhe fosse permitido passar lá o resto de sua vida como irmão laico. Lá permaneceu anonimamente até à morte (em 1081), dedicando-se à penitência e aos trabalhos mais humildes.
 



REFLEXÕES:

Santo Estanislau procurou salvar o rei da perdição eterna. Baldados foram-lhe os esforços, apesar de ter muitas vezes apontado para a condenação eterna, que infalivelmente seria a sorte do impenitente. Boleslau é o tipo do pecador que despreza os avisos de Deus e se entrega ao vício, sem temor e relutância. O ímpio chega ao ponto de não mais ligar importância ao pecado. “O coração endurece-lhe (Jó 41, 15-15) como a bigorna do ferreiro”. “Será oprimido de males sem fim”. (Esd 3, 27) diz o Espírito Santo. Quem estiver em pecado, trate de sair deste triste e perigoso estado. Peça a Deus que lhe dê a reta compreensão e a graça de livrar-se das cadeias, que o levam para o inferno.





Fontes biográficas: 
http://www.paginaoriente.com/santos/est1104.htm. 
http://it.wikipedia.org/wiki/Boleslao_II_di_Polonia. 
www.sapere.it/enciclopedia/Boleslào+II+(re+di+Polonia).html 
http://it.wikipedia.org/wiki/Stanislao_di_Cracovia
http://www.santiebeati.it/dettaglio/26700

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