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quinta-feira, 13 de março de 2014

Uma abordagem sobre a homossexualidade - Psicóloga Renate Jost de Moraes

O Inconsciente Fala

Amor o Grande Equívoco?


Renate Jost de Moraes

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Amor: palavra desgastada, desfigurada, banalizada. Em nossa atual mentalidade cientificista, o Amor perdeu o seu significado, o seu sentido, o seu lugar. Falar em Amor é motivar o descaso ou levar ao esboço de sorrisos maliciosos de conotação puramente sexual, que destroem a essência para limitar a vivência deste Amor a um "fazer" exteriorizado, vazio, apenas físico. Considera-se o Amor como algo poético, sentimental, próprio do adolescente imaturo, povoado de ilusões, indigno de merecer a "seriedade" de uma abordagem científica, a não ser sob seu aspecto apenas fisiológico, no qual se quer resumir todo este Amor.

Paradoxalmente, essa mesma ciência permite hoje que se chegue à interioridade profunda do ser humano, pela pesquisa de campo inconsciente (ADI), e que se comprove, assim, indubitavelmente, que tudo, todo o segredo de bem-estar, saúde, equilíbrio de humanidade, se assenta sobre uma única pedra fundamental, que é exatamente o Amor. Prova-nos, por outro lado, este inconsciente, que todos os males, as violências, os desatinos, as guerras, as doenças individuais e sexuais, os problemas psicológicos e mentais, se originam em última análise, do desamor.

A mesma ciência fisicista mostra-nos que neste processo de interiorização se encontra uma luz e que esta luz é aconchego e Amor. Mostra, em oposição, a outra face, o desamor, sempre percebido pelo paciente como frio que apavora, que faz tremer e é visualizado como escuridão. Uma vez dentro da luz, o paciente vê a fonte em outra luz maior e, com simplicidade, a identifica com Deus, Deus que é Amor, como diz São João. Assim, o ser humano sente-se amado na primeira instância de seu existir, na concepção, ainda antes da concretização física de si mesmo. E quem assim é amado, é capaz de amar, ainda que outras circunstâncias sejam adversas neste momento ou, ainda, que os pais, ao gerarem o filho, demonstrem não se amar.


Na prática clínica da TIP, que já conta com mais de 25 mil pacientes atendidos, a dicotomia constante entre amor e desamor coloca-se como princípio a reger todos os fatos inconscientes. Já vimos que a criança, ao surgir na concepção, visualizada a sua luz que a aquece com Amor, a inunda e lhe dá vida. Sente-se, neste momento, perfeita e saudável, cheia de alegria e vontade de viver. De imediato ela busca os seus pais que se unem, esperando encontrar neste ato o transbordamento do Amor espiritual no físico, pois a criança, neste estágio, entende as coisas com sabedoria e de forma certa. Entretanto, aí acontece uma decepção, pois os pais, contaminados pela falhas dos antepassados, não amam da forma como deveriam. É o "desamor primordial" que contamina o Eu-Pessoal sadio e que será assimilado pela criança na forma de um pensamento emocional para, logo depois, ser acatado e transformado em ordem cerebral, irradiando-se sobre a mente, o psiquismo, a alma (Eu-Pessoal) e o organismo. Aparecem na forma de "frases-registro" os condicionamentos que, a partir daí, se reforçam ou se amenizam, se enriquecem com outras "frases-registro" negativas ou positivas e se concretizam no decorrer da vida, paulatinamente, na expressão de doenças e desequilíbrios, quando negativas. Entretanto, a criança não perde de sua memória inconsciente a experiência do Amor que estava presente em seu ser, antes que este se concretizasse no zigoto. E começará a fazer as suas opções.

É na fase do útero-materno que quase tudo se inicia. A criança sabe, a todo momento, o que se passa com os pais, se eles se amam ou não, se a aceitam ou rejeitam. E reage de acordo como o que percebe, podendo agredir-se no corpo, na inteligência, no psiquismo e, quando não concretamente, então em auto-programações que se expressarão com o passar do tempo. Surge, então, o esquizofrênico, porque, por exemplo, os pais estão divididos, ou porque o pai se inclina para outra mulher. Aparece o homossexual, geralmente porque os pais desejaram uma menina e vem um menino. Surge o autista, na maioria das vezes porque muito antes, ainda na fase do útero materno, seu pai ou sua mãe, magoados, decidiram que jamais iriam amar e se fecharam para o mundo. A criança, então , também se isola por identificação, fechando-se em si mesma. Pode surgir o canceroso, em função do desejo da criança de auto-destruir-se, porque percebe que os pais não se amam e não se querem e decide mutilar as células básicas de certos tecidos do corpo. Surge o deficiente, porque desejou não ter capacidade de pensar, para não ter que admitir que seus pais não se amam e que acharam sua vinda inoportuna, indesejável. Surge, mais tarde, o menino viciado em drogas, cujo "primeiro elo" do problema se encontra na fase do útero materno, quando a mãe tomou chá para abortá-lo. O chá e a droga se identificam em seu inconsciente como sinais do desamor e da revolta de ter sido desejada sua morte pela própria mãe.

Apresenta-se, em tratamento, aquela situação tão frequente da mãe que não consegue engravidar e que encontra, em seu inconsciente, o registro de uma ancestral que fez aborto, afetando com seu gesto homicida as próximas gerações, como se fosse uma maldição. Apresentam-se casos de distrofia muscular progressiva, provocados por mulheres que rejeitam sexualmente seus maridos, fazendo com que os filhos-homens, em seu inconsciente, não queiram "andar", como forma de não viver.

Há os casos de tumores em ovários e nas mamas, porque registros negativos pessoais ou dos antepassados no inconsciente fazem com que a paciente não queira ser mulher. Surge o paciente extremamente obeso, porque deseja no inconsciente evitar a aproximação do outro, num processo duplo de autocentrismo e auto-agressão. Enfim, cada desequilíbrio, disfunção ou enfermidade têm, a partir do inconsciente, o seu registro de base único, especificado em dia, hora, minutos e segundos, mais a revelação precisa da trajetória da doença ou do desequilíbrio no organismo e no psiquismo e que acaba sempre se enquadrando, em última instância, na questão Amor-desamor.

E, por ser a causa primeira de todos os sofrimentos a falta de amor, em princípio não é difícil encontrar a solução: precisamos apenas reaprender amar.

O Nosso inconsciente, pela ADI, oferece-nos todas as respostas necessárias, ensina-nos, corrige-nos, desde que digamos com convicção "eu quero querer amar". Então, o que nos parece utópico e impossível, pode ser realmente conquistado. E, então, o inconsciente poderá ser reabilitado para cumprir sua missão, não só de curar quem está doente, mas para eliminar a enfermidade que atravessa gerações, envolvendo todos os povos, possibilitando que retomemos o nosso Eu-Pessoal originariamente sadio e perfeito.
Visto em: http://www.fundasinum.org.br/comun1.htm.
Biografia da autora: http://www.tipclinica.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=64:nova-clinica.

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