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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

PAULINE-MARIE E O ROSÁRIO VIVO

O Rosário Vivo foi idealizado na França, em 8 de dezembro de 1826, por Pauline-Marie Jaricot como “Associação do Rosário Vivo para defender e reavivar a fé”. 

A associação foi formalmente aprovada pela Igreja Católica através de uma carta canônica em fevereiro de 1827. 

Os objetivos do Rosário Vivo eram dois: trazer o povo de França para um modo de vida de oração e distribuir literatura católica e artigos devocionais.

  Depois da morte de Pauline, em 1862, A Associação do Rosário Vivo lentamente desapareceu. É preciso revivê-la.

Através do Rosário Vivo vamos unir os corações pelos merecimentos de Jesus e Maria, para obter a conversão dos pecadores, pela Igreja, pela conservação da Fé nos países cristãos e pela expansão da Fé no mundo todo.

Especificamente, do que se trata?

A intenção é de criar um ou mais grupos de 15 pessoas (devido aos 15 mistérios do Rosário). Cada membro de uma quinzena assume o compromisso de rezar individualmente uma dezena do Rosário todos os dias, meditando um mistério (os mistérios são repartidos pelo responsável). Um Rosário inteiro é, portanto, recitado pelo grupo, todos os dias. É fixada uma intenção principal, mas cada um pode unir outras intenções pessoais.


Pauline-Marie Jaricot aconselhava de compor cada grupo com pessoas “boas, medíocres e algumas outras que têm a boa vontade de rezar”. Assim, dos 15 pedaços de carvão reunidos, “um só está bem iluminado, 3 ou 4 o são pela metade e outros, não. Mas juntos, temos uma fogueira!”.

O Rosário vivo tem muitas vantagens: ele nos obriga a rezar regularmente (uma dezena por dia está na ordem do possível), promove a comunhão dos santos e permite obter muitas graças.



BREVE BIOGRAFIA:


Pauline-Marie Jaricot, Leiga, Fundadora (+ 1862), 09 de Janeiro

Pauline-Marie Jaricot nasceu em
Lião, no dia 22 de julho de 1799, e morreu em Lorette, em 9 de janeiro de 1862, aos 63 anos. Ela é a fundadora da obra católica "Sociedade para a Propagação da Fé", depois conhecida como "Obra para a Propagação da Fé".

Pauline era filha de uma família aristocrática no século 19, a caçula de oito irmãos. Seu irmão, Phileas, foi missionário na Indochina Francesa (hoje Vietnã). Com a idade de dezessete anos, depois de uma doença grave e com a morte de sua mãe, ela começou a levar uma vida de intensa oração, e, no dia de Natal de 1816, fez um voto de virgindade perpétua. Ela estabeleceu uma pia união de oração entre servas piedosas, cujos membros eram conhecidos como as "
Reparadoras do Coração de Jesus Ignorado e Desprezado".

Aos 18 anos, ela compôs um tratado sobre o “Infinito Amor da Divina Eucaristia” (vide no final o link para abaixar o livro em francês, gratuitamente). Segundo seu testemunho, Santa Filomena intercedeu para ela para que se curasse de uma doença cardíaca que ela tinha e a colocava à beira da morte em alguns momentos.

Em maio de 1822, Pauline fundou a "Sociedade para a Propagação da Fé", uma associação internacional para a assistência, através de orações e esmolas, aos sacerdotes católicos missionários e aos religiosos empenhados na pregação do Evangelho em Países não-católicos. A designação oficial em latim é sociedade "Propagandum Fidei". A ideia surgiu porque, em 1820, Pauline recebeu uma carta de seu irmão, aluno do Seminário de St. Sulpice, na qual ele descreveu a extrema pobreza dos membros da “Sociedade para as Missões Estrangeiras de Paris”. Assim, ela teve a ideia de formar uma associação cujos membros contribuiriam com um centavo por semana para as missões. Ela reuniu, assim, os pobres operários em oração e coletava de cada um, mensalmente, a módica quantia de um “soldo”. Oração e esmola para difundir a Fé na Ásia. Tal ação alarmou alguns e provocou violenta oposição. Mas um Sacerdote tomou sua defesa, percebendo que esta caridade poderia, com o tempo, se transformar em algo realmente grande. Pauline continuou este trabalho por três anos, quando foi arrancada dele por outros, que o colocaram em prática em escala mundial, e até hoje é a espinha dorsal de toda a atividade missionária em todo o mundo. (SIC.)

Pauline se retirou da vida pública, sob a direção de seu diretor espiritual, e dedicou-se à vida interior por três anos. Durante esse tempo, ela concebeu a ideia do Rosário Vivo. Sua inspiração era criar uma vida de oração simples e possível a todos, seja qual for o estado de vida escolhido, cristalizada em uma realidade de extrema simplicidade: o Rosário Vivo.


BIOGRAFIA MAIS DETALHADA

Quando ela nasceu, seu pai preferiu que um padre “refratário” (que não concordava com a doutrina herética da Revolução Francesa e se mantinha ligado a Roma, recusando-se a jurar pela Constituição revolucionária) a batizasse, em vez de batizá-la pelo pároco da Paróquia de Saint-Nizier, que era um “jurado”, ou seja, havia se submetido às regras dos revolucionários e jurado fidelidade ao Governo laico e ateu.

Durante a sua infância, Pauline ouvia sempre falar, na sua família muito católica, dos heroicos feitos dos missionários. Na juventude, adoeceu em consequência de uma queda. Sua mãe havia feito uma promessa, oferecendo sua própria vida em favor da cura da filha. Promessa eficaz, uma vez que ela morreu tão logo Pauline ficou curada. O luto fez com que a mocinha despreocupada começasse a refletir. 


Após uma homilia do Abade Wurtz sobre a vaidade, a jovem decidiu se confessar e, a partir de então, abandonou todas as suas joias, passando a se vestir como uma operária. Deixou a fortuna paterna e passou a viver como pobre. Então, fez voto de castidade de corpo e de espírito, mesmo se dando conta de que não tinha vocação religiosa.

Em 1817, após receber uma espécie de inspiração divina durante o Domingo de Ramos, Pauline criou um grupo de caráter informal, as “Reparadoras do Coração de Jesus Ignorado e Desprezado”.

Depois disso, em 1820, fica sabendo, por intermédio de seu irmão Philéas, seminarista em Saint-Sulpice, que os Padres da "Missões Estrangeiras de Paris" enfrentavam sérias dificuldades financeiras. Para angariar fundos, Pauline e suas “reparadoras” criaram, então, uma associação estruturada que, em 1822, assume o nome oficial de “Obra para a Propagação da Fé”, a qual desempenhará um papel fundamental no desenvolvimento do movimento missionário francês do século XIX.

Seriamente doente do coração, Pauline decidiu partir em peregrinação a Mugnano, ao túmulo de Santa Filomena. Antes disso, passou por Roma e foi recebida pelo Papa Gregório XVI, ao qual perguntou se, caso retornasse curada, isto seria um milagre suficiente para fazer avançar a causa da Santa. O Soberano Pontífice respondeu-lhe que sim, convencido de que se tratava de uma moribunda e que não devia lhe negar este consolo, como o segredou em italiano a algumas religiosas presentes. 


Pauline chegou a Mugnano após uma viagem cansativa sob o calor do mês de agosto (Verão, no hemisfério Norte). Era a véspera da festa de Santa Filomena, e a multidão de peregrinos se espremia na cidade. No dia seguinte, Pauline participou da Santa Missa e comungou e, em seguida, desmaiou. As pessoas acharam que havia morrido, porém ela voltou a si e pediu que a conduzissem até o túmulo da Santa, e foi então que ela ficou milagrosamente curada. O Superior do convento fez soar os sinos para anunciar a novidade, enquanto a multidão exultava de alegria.

Depois de ser curada milagrosamente, Pauline insistiu para que o Papa Gregório XVI iniciasse o exame para a canonização de Santa Filomena, que já estava sendo conhecida como grande taumaturga (intercessora junto a Deus a favor de um milagre). Gregório XVI, tendo recebido o parecer favorável da Sagrada Congregação dos Ritos à canonização de Santa Filomena, elevou-a à honra dos altares, instituindo o ofício próprio para o culto e a festa, proclamando-a “A Grande Taumaturga do Século XIX”, a Padroeira do Rosário Vivo e a Padroeira dos Filhos de Maria. As relíquias de Santa Filomena ainda são preservadas até hoje em Mugnano, na Itália. 

Após o Concílio Vaticano II, como sabemos, houve uma "reforma" do Martirológio Romano e a Santa "perdeu a santidade", apesar dos inúmeros milagres registrados, porque seria um mito. E a Igreja conciliar canoniza gente que nem milagre fez!!!

Gregório XVI aprovou, ainda, a sua "Obra para a Propagação da Fé", dando-lhe a sua bênção papal. Com Bento XV, a Obra fundada por Pauline Jaricot se torna pontifícia e transfere sua sede de
Lião para Roma, onde sofreu a corrupção pós-conciliar.

Pauline morreu em 9 de janeiro de 1862 na miséria e no mais completo esquecimento, vítima de total indiferença, “desconsiderada, roubada de sua Obra” (segundo Yannick Essertel). Foi enterrada no jazigo familiar, no cemitério de Loyasse; posteriormente, em 1922, seus restos mortais foram transferidos para a igreja de Saint-Nizier, onde repousam perto do altar da Virgem Maria, no transepto Sul. Seu coração se encontra guardado na igreja de São Policarpo. 


Una hermosa biografía en español: http://bibliotecacatolicadigital.org/ARTICULOS/P/paulina_jaricot.htm.


Para baixar o livro dela, em francês: O Amor Infinito da Divina Eucaristia

Tradução e adaptação: Giulia d’Amore. 
Fontes:
http://it.wikipedia.org/wiki/Pauline_Marie_Jaricot 

http://en.wikipedia.org/wiki/Pauline-Marie_Jaricot 
http://en.wikipedia.org/wiki/Association_of_the_Living_Rosary 
http://en.wikipedia.org/wiki/Society_for_the_Propagation_of_the_Faith 
http://cidadaosdoinfinito.webnode.com.br/products/a-historia-de-santa-filomena/ 
http://hagiosdatrindade.blogspot.com.br/2011/01/pauline-jaricot-leiga-fundadora-1862-09.html 

Imagem: Retrato conservado na igreja de Saint-Nizier de Lião.
 

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