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quinta-feira, 27 de junho de 2013

25º Aniversário das Sagrações de Ecône - Menzingen fala...

OPERAÇÃO MEMÓRIA: uma declaração acerca do 25º aniversário das sagrações episcopais a que Mons. Lefebvre se viu obrigado para salvaguardar a verdadeira Fé e lhe valeu uma excomunhão que era para ele, não um estigma, mas a garantia de que os seminários não seriam procurados por candidatos não católicos. A excomunhão passou a ser, então, uma honra e uma glória - um DETENTE - para cada sacerdote, religioso e fiel. Bom, pelo menos enquanto viveu Monsenhor. Com o tempo, se transformou magicamente de garantia em estigma, e daí surgiu o medo. O medo de ser condenado à danação eterna por... apóstatas!!! "Não tenhais medo", nos exortou Nosso Senhor. Mas quem foi incumbido de nos dirigir... teve medo! Não sei o que veio antes do que, mas temos o medo, a cegueira sobrenatural, a confusão de ideias: 2+2 agora pode ser qualquer coisa. E temos o agir nas trevas, a invasão de contas de e-mails, a perseguição a sacerdotes e fiéis "descontentes", as expulsões e as "excomunhões". A (Neo)FSSPX nunca se pareceu tanto com Roma. A Roma apóstata denunciada por Monsenhor Lefebvre. E agora me vêm com essa declaração, assinada pelos três bispos que fundaram a Neo-FSSPX. Sim, porque quem se cala consente. E o que é mais claro e cristalino do que uma assinatura em um documento desses? Os três bispos estão de acordo. Só um dos quatro bispos escolhidos pelo Fundador não teve medo. Pode até se dizer - como se ouve por aí - que Dom Williamson seja britânico demais e que deveria tomar atitudes mais drásticas. Mas ele não teve medo de ser excomungado porque sabe perfeitamente com que se está a falar em Roma. Não é por acaso que o "Papa de plantão" era justamente o cardeal a quem Monsenhor se referia com epítetos nada gentis. Mas verdadeiros. Enfim, vamos ao texto. 

O primeiro parágrafo já mostra a desfaçatez de quem assina. Hipócritas. No segundo, já vemos, mais uma vez, a manipulação das palavras de Monsenhor Lefebvre em prol da suja traição por 30 moedas. No terceiro parágrafo, mais uma vez o fundador-mor da Neo-FSSPX se desdiz. Sim, porque se ESTA é a verdade... o que é há no Preâmbulo é o que? E em todas as suas declarações onde dizia que 95% do Concílio era aceitável e que 5% era discutível... ou algo assim? Agora ele diz - e os demais bispos assinam embaixo - que "a causa dos graves erros que estão demolindo a Igreja não reside em uma má interpretação dos textos conciliares – uma “hermenêutica da ruptura” que se oporia a uma “hermenêutica da reforma na continuidade” -, mas nos próprios textos, por causa da inaudita linha escolhida pelo concílio Vaticano II"! Estamos de brincadeira? Pensa que somos idiotas? E que história é essa de “hermenêutica da reforma na continuidade”? A única hermenêutica que deve haver é a da Tradição! Bom, os parágrafos seguintes são mais do mesmo, como ele habilmente faz para iludir os tolos. Dai que no 10º parágrafo, me vem com essa: "Cinquenta anos depois do Concílio as causas permanecem e continuam produzindo os mesmos efeitos, de modo que hoje aquelas sagrações episcopais conservam toda a sua justificação." Então, a pergunta que não quer calar: e por quê o superior geral quis porque quis unir-se a essa Igreja? Pelo menos é o que deixou bem claro no Preâmbulo e em outras oportunidade como na da famosa frase de que iria correndo se o papa chamasse... Sim, ele pensa realmente que somos idiotas!!!  

Em certos momentos, me ocorre o pensamento de que o bispo Fellay não saiba pedir desculpas, afinal todos nós temos nossas limitações, embora a arrogância não seja algo esperável em um religioso! Quem sabe, penso eu com meus botões, ele tenha vergonha e ache que basta voltar atrás com os discursos apenas, na esperança de ser compreendido e perdoado sem que seja necessário dizer nada... Mas daí vem o parágrafo décimo primeiro, onde ele mostra um pouco de seu "jogo":
" Entendemos que fazemos o mesmo, seja que Roma regresse logo à Tradição e à fé de sempre – o que restabelecerá a ordem na Igreja -, seja que ela nos reconheça explicitamente o direito de professar integralmente a fé e de rejeitar os erros que lhe são contrários, com o direito e o dever de nos opormos publicamente aos erros e aos fautores desses erros, seja quem for – o que permitirá um começo do restabelecimento da ordem." 
Como assim? A mesma autoridade que nos excomungou e desexcomungou agora vai nos reconhecer explicitamente o direito inalienável de professar integralmente a fé etc. e tal??? Mas com que autoridade!!! Se Monsenhor Lefebvre não reconheceu a João Paulo II autoridade para excomungá-lo... que autoridade tem o Bispo de Roma que se recusa a ser Papa de nos reconhecer o que quer que seja? Estamos loucos???

Nada mudou, meus caros! São conversas para boi dormir e inglês ver!!! Hipócrita, o bispo Fellay que manipula a verdade feito Pilatos, um liberal igual a ele. Hipócritas os cúmplices dessa declaração. 

Outra pergunta que me faço é do por que da mudança da data... Dia 30 de junho de 2013 é um domingo. Dia propício para agradecer a Deus pelo sacrifício de Monsenhor Lefebvre. Então, por quê antecipar a comemoração para hoje, 27 de junho? Alguém sabe dizer?  

E mais não digo!


Mons. Lefebvre com Mons. de Castro Mayer e os quatro novos bispos.
Interessante notar a linguagem corporal e a disposição de todos. Dom Williamson aparece no mesmo núcleo
que os Monsenhores. Os demais estão separados do grupo central, cada qual a uma determinada distância.
Vemos isso em telas de grandes pintores, com algum significado oculto.
No mínimo é intrigante. Alguém pode achar profético...


Declaração por ocasião do 25º aniversário das sagrações episcopais (30 de junho de 1988 – 27 de junho de 2013)


Por ocasião do 25º aniversário das sagrações, os bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X expressam solenemente sua gratidão a Dom Marcel Lefebvre e a Dom Antônio de Castro Mayer pelo ato heroico que não tiveram medo de realizar em 30 de junho de 1988. Mais particularmente, querem manifestar sua gratidão filial ao seu venerado fundador que, depois de tantos anos de serviço à Igreja e ao Romano Pontífice, para salvaguardar a fé e o sacerdócio católico, não hesitou em padecer a injusta acusação de desobediência.

Na carta que nos dirigiu antes das sagrações, escreveu: “Eu vos conjuro a permanecer unidos à Sé de Pedro, à Igreja romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas, na fé católica íntegra, expressada nos Símbolos da fé, no catecismo do Concílio de Trento, conforme ao que vos foi ensinado no vosso seminário. Permanecei fiéis na transmissão desta fé para que venha o Reino de Nosso Senhor”. Esta frase expressa bem a razão profunda do ato que iria realizar: “para que venha o Reino de Nosso Senhor”, adveniat regnum tuum!

Seguindo a Dom Lefebvre, afirmamos que a causa dos graves erros que estão demolindo a Igreja não reside em uma má interpretação dos textos conciliares – uma “hermenêutica da ruptura” que se oporia a uma “hermenêutica da reforma na continuidade” -, mas nos próprios textos, por causa da inaudita linha escolhida pelo concílio Vaticano II. Esta escolha se manifesta nos documentos e no seu espírito: diante do “humanismo laico e profano”, diante da “religião (pois se trata de uma religião) do homem que se faz Deus”, a Igreja, única detentora da Revelação “do Deus que se fez homem”, quis dar a conhecer o seu “novo humanismo”, dizendo ao mundo moderno: “nós também, mais do que ninguém, temos o culto do homem” (Paulo VI, Discurso de encerramento, 7 de dezembro de 1965). No entanto, essa coexistência do culto de Deus e do culto do homem se opõe radicalmente à fé católica que ensina a dar o culto supremo e o primado exclusivamente ao único Deus verdadeiro e ao seu único Filho, Jesus Cristo, em quem “habita corporalmente a plenitude da divindade” (Col. 2, 9).

Somos obrigados a constatar que este Concílio atípico, que quis ser apenas pastoral e não dogmático, inaugurou um novo tipo de magistério, desconhecido até então na Igreja, sem raízes na Tradição; um magistério decidido a conciliar a doutrina católica com as ideias liberais; um magistério imbuído dos princípios modernistas do subjetivismo, do imanentismo e em perpétua evolução segundo o falso conceito de tradição viva, viciando a natureza, o conteúdo, a função e o exercício do magistério eclesiástico.

Desde então, o reino de Cristo deixou de ser a preocupação das autoridades eclesiásticas, apesar destas palavras de Cristo: “todo poder me foi dado na terra e no céu” (Mat. 28, 18) continuarem sendo uma verdade e uma realidade absolutas. Negá-las nos fatos significa não reconhecer na prática a divindade de Nosso Senhor. Assim, por causa do Concílio, a realeza de Cristo sobre as sociedades humanas simplesmente é ignorada, ou combatida, e a Igreja é arrastada por esse espírito liberal que se manifesta especialmente na liberdade religiosa, no ecumenismo, na colegialidade e na missa nova.

A liberdade religiosa exposta por Dignitatis humanae e a sua aplicação prática por cinquenta anos conduzem logicamente a pedir ao Deus feito homem que renuncie a reinar sobre o homem que se faz Deus, o que equivale a dissolver a Cristo. Ao invés de uma conduta inspirada por uma fé sólida no poder real de Nosso Senhor Jesus Cristo, vemos a Igreja vergonhosamente guiada pela prudência humana e duvidando a tal ponto de si mesma que não pede aos Estados nada além daquilo que as lojas maçônicas querem lhe conceder: o direito comum, no mesmo nível e entre as outras religiões, que ela não ousa mais chamar de falsas.

Em nome de um ecumenismo onipresente (Unitatis redintegratio) e de um vão diálogo interreligioso (Nostra Aetate), a verdade sobre a única Igreja é silenciada; assim, uma grande parte dos pastores e dos fiéis, não vendo mais em Nosso Senhor e na Igreja católica a única via de salvação, renunciaram a converter os adeptos das falsas religiões, deixando-os na ignorância da única Verdade. Este ecumenismo literalmente matou o espírito missionário pela busca de uma falsa unidade, reduzindo muito frequentemente a missão da Igreja à transmissão de uma mensagem de paz puramente terrestre e a um papel humanitário de alívio da miséria no mundo, colocando-se assim atrelada às organizações internacionais.

O debilitamento da fé na divindade de Nosso Senhor favorece uma dissolução da unidade da autoridade na Igreja, introduzindo um espírito colegial, igualitário e democrático (cf. Lumen Gentium). Cristo não é mais a cabeça da qual tudo provém, em particular o exercício da autoridade. O Romano Pontífice, que não exerce mais efetivamente a plenitude da sua autoridade, assim como os bispos que – contrariamente ao ensinamento do Vaticano I – creem poder compartilhar colegialmente de modo habitual a plenitude do poder supremo, se colocam daí em diante, com os padres, à escuta e atrás do “povo de Deus”, novo soberano. É a destruição da autoridade e, em consequência, a ruína das instituições cristãs: famílias, seminários, institutos religiosos.

A missa nova, promulgada em 1969, debilita a afirmação do reino de Cristo pela Cruz (“regnavit a ligno Deus”). De fato, o seu próprio rito atenua e obscurece a natureza sacrificial e propiciatória do sacrifício eucarístico. Subjacente a esse novo rito, encontra-se a nova e falsa teologia do mistério pascal. Ambos destroem a espiritualidade católica fundada sobre o sacrifício de Nosso Senhor no Calvário. Esta missa está penetrada de um espírito ecumênico e protestante, democrático e humanista, que remove o sacrifício da Cruz. Ela ilustra também a nova concepção do “sacerdócio comum dos batizados” que esconde o sacerdócio sacramental do padre.

Cinquenta anos depois do Concílio as causas permanecem e continuam produzindo os mesmos efeitos, de modo que hoje aquelas sagrações episcopais conservam toda a sua justificação. É o amor pela Igreja que guiou Dom Lefebvre e que guia os seus filhos. É o mesmo desejo de “transmitir o sacerdócio católico em toda a sua pureza doutrinal e sua caridade missionária” (Dom Lefebvre, A vida espiritual) que anima a Fraternidade São Pio X no serviço à Igreja, quando pede com instância às autoridades romanas de reassumir o tesouro da Tradição doutrinal, moral e litúrgica.

Este amor pela Igreja explica a regra que Dom Lefebvre sempre observou: seguir a Providência em todo momento, sem jamais pretender antecipá-la. Entendemos que fazemos o mesmo, seja que Roma regresse logo à Tradição e à fé de sempre – o que restabelecerá a ordem na Igreja -, seja que ela nos reconheça explicitamente o direito de professar integralmente a fé e de rejeitar os erros que lhe são contrários, com o direito e o dever de nos opormos publicamente aos erros e aos fautores desses erros, seja quem for – o que permitirá um começo do restabelecimento da ordem. Na espera disso, e diante desta crise que continua seus estragos na Igreja, perseveramos na defesa da Tradição católica e nossa esperança permanece íntegra, pois sabemos com fé certa que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mat. 16, 18).

Entendemos assim seguir a exortação do nosso querido e venerado pai no episcopado: “Queridos amigos, sede o meu consolo em Cristo, permanecei fortes na fé, fiéis ao verdadeiro sacrifício da missa, ao verdadeiro e santo sacerdócio de Nosso Senhor, para o triunfo e a glória de Jesus no céu e na terra” (Carta aos bispos). Que a Santíssima Trindade, por intercessão do Imaculado Coração de Maria, nos conceda a graça da fidelidade ao episcopado que recebemos e que queremos exercer para honra de Deus, o triunfo da Igreja e a salvação das almas.

Ecône, 27 de junho de 2013, na festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Dom Bernard Fellay
Dom Bernard Tissier de Mallerais
Dom Alfonso de Galarreta




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