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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

DOM FELLAY ou o sonho não morreu!

O Non Possumus publica, em espanhol, o que o Nouvelles de France publicou em Francês. Vou resumir para vocês: 

DOM FELLAY E A QUIMERA ROMANA

 

Em uma entrevista ao Nouvelles de France, acerca das relações com Roma, dom Fellay, mais uma vez, exibe um ar de incredulidade ao declarar que esperava que, antes de fechar a conta e passar a régua, Bento XVI o receberia de volta com um lindo tapete vermelho e festa e banda e coro angelical!!! Quiçá... a púrpura!!!

E sua ingenuidade não tem fim, meus caros! Ele acredita piamente que, já que este Papa não teve a fineza de se lembrar dele antes de sair, o próximo provavelmente o fará! Creio que ele não pensa que um Müller da vida possa chegar ao trono de Pedro... E nem precisa ser o Müller em pessoa, pode ser qualquer um dos 117 cardeais votantes e que podem ser votados... Qualquer um deles tem pela Neo-FSSPX a mesma estima que lhe reserva Müller. Exceção feita, talvez, ao cardeal Ranjith, que parece ser fiel à Tradição da Igreja.

Continuando...

Adotado o estilo escorregadio tipicamente modernista, dom Fellay não responde à pergunta sobre o desejo dele de que Roma reconheça o rito ordinário (sic) como ilícito; ele escorrega. Mas a pergunta insiste, e ele responde que a Igreja pode efetuar essas “correções” importantes sem pegar mal para ela ou perder a autoridade... e que “nota”, por parte dos bispos, uma certa “oposição” ao Papa que já pediu que se corrigisse a frase “por muitos”. Santa ingenuidade!!! Como se não soubesse quem manda na Igreja hoje!

À eterna pergunta sobre o CVII, dom Fellay volta a afirmar que o concílio não é todo mal, mas tem um certo número de pontos que podem ser corrigidos... E com a ressalva de que já sabe que Roma não condenará o CVII em pouco tempo, mas que ela “pode recordar a Verdade, corrigir discretamente os erros salvaguardando sua autoridade”. Entendeu? Ele sugere que Roma, sem contar a ninguém, “conserte” as coisas aos poucos, assim mantem a autoridade, e os bobos dos bispos nem vão perceber!

Insiste no fato de que, com o tempo, e estando dentro do chiqueiro, ele vá conseguir o milagre de resolver a crise na Igreja, sem se contaminar, como aconteceu com as outras comunidades Ecclesia Dei. Sim, porque com a turminha do dom Fellay as coisas serão diferentes! Conosco não, violão!

Na pergunta seguinte, dom Fellay se entrega: o ingênuo nato! Aos ser-lhe perguntado qual sua impressão ao encontrar o Papa nos primeiros meses do Pontificado, ele candidamente responde que Bento XVI “tinha o desejo sincero de realizar a unidade da Igreja”. E se desmancha em garantia de orações diárias ao Santo Padre! Certamente, dom Fellay não lê o DICI que, atualmente, se transformou no "diário de bordo do Vaticano", pois passou a relatar tudo o que acontece por lá... deixando de lado os acontecimentos e eventos da Neo-FSSPX. O assunto preferido do Papa Bento XVI sempre foi o CVII: a pupila de seus olhos! Ultimamente, a maioria de seus discursos e conversas com o clero tem sido sobre o CVII. Ele até indulgenciou (chama-se "fomento") o estudo do CVII. Só dom Fellay não sabe disso? Esqueceu de quem se trata? Esqueceu que foi ele o algoz de Mons. Lefebvre? Esqueceu quem era o interlocutor que intermediava as conversas entre Mons. Lefebvre e João Paulo II? Que era principalmente a ele – Bento XVI – que Monsenhor se referia quando chamava as autoridades romanas de apóstatas, falsas e mentirosas? Sério, dom Fellay?

Continuando... sim, porque tem mais!

Por fim, aos ser-lhe perguntado qual o ato mais importante do Pontificado de Bento XVI, dom Fellay não pestanejou e bradou: o Motu Proprio Summorum Pontificum, aquele mesmo que taxou de “extraordinário” o rito tridentino e de “ordinário” – portanto lícito e válido – o rito da missa nova protestantizada!!! Aquela que Mons. Lefebvre combateu até o último suspiro de sua vida.

Se houver um “Oscar pela Ingenuidade” certamente dom Fellay o merece! Se é que está sendo sincero. Mas com ele é difícil saber, porque ele tem vários discursos, a depender da plateia.

Bom, agora devemos aguardar até dia 22 de fevereiro, a data limite do ultimatum dos “amigos” Müller/di Noia, com o qual ameaçaram ao superior da Neo-FSSPX, com anátemas e tudo, para que aceite os termos romanos. Se for verdade que, quando o Papa chama, ele... vai correndo, não é de se estranhar que ele aceite, mesmo fazendo birra! Afinal, há tempos eles vêm cozinhando o sapo, isto é, os fieis, para que bebam com o sorriso no rosto o amargo fel da abjuração da Fé Católica.

E se o acordo prático não vier até dia 22, não precisa estar em cólicas, viu Maretboys! Ele virá! Afinal... um novo Papa vem aí! E dom Fellay já mandou lustrar a batina para correr assim que aquele chamar!

Giulia d'Amore di Ugento 




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