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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

MODÉSTIA: Praia e esportes para a mulher.

"MODA PRAIA E ESPORTE"

por Giulia d'Amore di Ugento


foto meramente ilustrativa:
"nostalgismo" não é necessariamente uma virtude!
Ir à praia é uma atividade salutar, uma vez que o ar marinho nos ajuda a respirar melhor. Sei bem disso porque, quando descemos para Bertioga, no litoral paulista, sentimos o delicioso ar marinho quando ainda estamos descendo a Serra, e o mar é ainda uma tênue linha no horizonte! Não que em Campo Grande (MS) se tenha tamanha poluição, mas para irmos a Bertioga passamos uns dias em São Paulo (Guarulhos), e (já imaginou né?) na primeira semana costumeiramente nossas narinas "trancam"; já precisamos, uma ou duas vezes, ir ao hospital para fazermos inalações.



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Assim, e como "navegar é preciso", é necessário tomar alguns cuidados, além de simplesmente passar protetor solar. Em primeiro lugar, seria prudente encontrar uma localidade mais afastada, para evitar um dos maiores males da modernidade para a família: a pornografia institucionalizada. E, depois, encontrar vestes adequadas para os banhos.

Eu costumo usar um maiô de hidroginástica (aquele tipo "macacão" – Sras./Srtas. montfortianas, não se trata de um maiô darwiniano, não se preocupem!) por baixo de um vestido midi de algodão, que não tiro. Uso o maiô como roupa íntima mesmo, como era antes da revolução indumentária. O vestido "midi" é por razões práticas, pois um vestido longo seria completamente inadequado, uma vez que, por causa do peso que a água lhe adiciona, posso tropeçar e cair, podendo vir a dar um "show" involuntário e inadequado. Bom senso sempre!

Bom senso também é necessário para as atividades esportivas, a ginástica e as caminhadas, e para todo tipo de atividade na qual a calça parece ser mais útil e prática. Algumas senhoras/senhoritas têm me dito que usam a “calça comprida” porque a saia atrapalha as atividades; algumas se sentem “esquisitas”, atraindo a atenção de todos; outras dizem que a saia “não combina” com o tênis etc. Eu costumo fazer as minhas caminhadas – minha única atividade esportiva atualmente – de saia e tênis mesmo, sem atrapalhações nem preocupações com respeitos humanos, uma vez que não tenho vergonha de ser modesta. A coisa é simples: calça só em casos extremos! Li em algum lugar, agora me falha a memória de onde teria sido, que Nossa Senhora teria dito exatamente isso, em Fátima, sobre o uso de calças por parte da mulher: apenas para as atividades típicas do campo, como a "lida" com o gado nos currais. Como disse, bom senso sempre!

Navegando pela net, vi, certa vez, um traje de banho que as muçulmanas e as judias tradicionalistas costumam usar e que foi aceito entusiasticamente pelas mulheres norte-americanas mais conservadoras, como as mórmons ou as Amish. Compunha-se de uma blusa/túnica longa – sempre abaixo dos quadris, mas pode ser mais cumprida ainda – e uma calça que podia ir até a “batata” da perna ou o tornozelo. Feito de material similar aos das roupas esportivas, sem ser justo demais, cobre modestamente, mas sem “atrapalhar”, como aconteceria se fosse de algodão.


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Penso que esse traje seria adequado até para fazer ginástica ou as tão necessárias caminhadas, tendo em vista que resolveria ao mesmo tempo o problema prático e o estético (ou emocional), tão importante “ainda” para algumas pessoas.
Um aparte: 
Não pensem que eu esteja criticando acidamente essa preocupação com a estética tão saliente em algumas senhoras/senhoritas! De forma alguma! Se a menciono é porque o problema existe, e falando a respeito penso que ajudaria na reflexão particular de cada uma: trata-se da correção fraterna, tão ovacionada e, ao mesmo tempo, tão rejeitada!!!

E a razão de existir dessa preocupação estética é porque, particularmente no Brasil, a Tradição é uma coisa nova, por incrível que deveria aparecer! Pouquíssimas são as pessoas já maiores de idade que nasceram em berço tradicionalista. Ou minto? A maioria tomou conhecimento disso que é um verdadeiro estilo de vida, pois não se restringe ao banco-da-missa-de-domingo, há pouco tempo, talvez não mais do que dez anos, e, portanto, ainda não assimilou por inteiro o que é “ser” católico. É compreensível que ainda não tenha abandonado por completo o “homem velho”, com seus hábitos, suas particularidades, suas angústias, seus conceitos (pré ou pós, que sejam). Até porque conversão não é mágica! E, assim, até mesmo as coisas mais simples se tornam um problema gigantesco.

Normalmente, isso acontece logo que se conhece a Tradição: a conversão traz – para o homem que acaba de conhecer a Verdade, mas ainda revestido de toda uma vida errada – uma certa dose de escrupulosidade, que um bom (e absolutamente necessário) diretor espiritual ajudará a dissipar. Claro que um padre, por ser homem, não vai ser seu "personal stylist", não vai lhe dizer que tipo de roupa ou que cores e tecidos você deve usar. Ele vai ajudá-la a compreender o que é modéstia interior; com o tempo, gradualmente, essa excelsa virtude brotará serenamente de seu interior, e você mesma fará suas escolhas, sem pesar - o que acontece muito hoje em dia - o que os outros irão pensar, o que seu esposo acha, ou o que "fica bem" em você e, a pior de todas as situações: o que as outras mulheres irão dizer!!! A mulher se veste para ser invisível, para passar despercebida. Ao olhá-la, as pessoas devem ver Maria.
Mas essa insegurança/equívoco perduraria ainda dez anos depois? Em alguns casos sim, porque a conversão não é imediata nem definitiva. É um exercício diário e exaustivo. A cada amanhecer, recomeça o combate. Se não houver firmeza e persistência, a derrota é certa!

Uma boa leitura a respeito seria o texto “Garotas na Universidade” de Mons. Williamson, onde, além de esclarecer que a universidade NÃO É um lugar adequado para a mulher, pelos potenciais riscos que esse ambiente pode proporcionar, deixa bem clara a situação dos ambientes católicos tradicionalistas atualmente. Lembro-me que um dos primeiros “Comentários Eleison” que li falava exatamente sobre isso! Por mais boa vontade e desejo sincero de abandonar o mundo... parece que o mundo não nos abandona tão facilmente assim! 

Ainda sobre a modéstia, nem precisa lembrar que não são necessários cuidados escrupulosos, como sugerem certas pessoas que gostariam que as mulheres usassem algo similar à burca, como forma de expressar a modéstia. Não passam de nostálgicos (com alguma dose maior ou menor de farisaísmo) que pararam no tempo: exatamente por volta dos anos '40, chegando até a usar roupas tiradas de velhas revistas garimpadas em sebos. Se fosse assim, o certo seria retroagir a dois mil anos atrás e imitar a "bendita entre as mulheres", a mais perfeita de todas: Maria Santíssima!!! E não é o caso, porque a vestimenta, ao contrário das Verdades Reveladas, pode mudar e se adequar ao tempo e às circunstâncias, sempre respeitando obviamente a decência e o bom senso.

E nunca é demais repetir que a modéstia é algo interior! O cumprimento da saia e das mangas e o tamanho do decote são a exteriorização necessária da modéstia interior, não são sua causa e fim. De nada vale arrastar a saia no chão se por dentro é um... pão bolorento. Em outro post volto ao assunto.
E, voltando ao assunto em tela, em minhas navegações no cyber-oceano, descobri alguns sites (estrangeiros) em que se podem adquirir roupas modestas, entre as quais roupas esportivas e de banho, para ambos os sexos, adultos ou crianças. Aqui vai a lista de alguns desses sites:
JenMagazine - indicação de site de roupas modestas;
Modest Clothing  - indicações de sites que vendem roupas modestas.
ModestKini - nos EUA, o maiô modesto é chamado modestkini.
Bom, não precisam necessariamente comprá-las, se preferirem não favorecer de alguma forma os "inimigos da Fé", mas servem de inspiração para fazer (ou mandar fazer) um traje esportivo e/ou de banho parecido. 

Em tempo, as fotos dos burquínis são meramente ilustrativas. 

Em tudo e sempre: BOM SENSO.




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