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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Roma, os judeus e a FSSPX

"Nós temos diante de nós pessoas que não têm nenhuma noção da Verdade. Nós seremos constrangidos daqui por diante, cada vez mais, a agir considerando esta Igreja conciliar como não sendo mais católica."( carta a Jean Madiran, 29 de janeiro de 1988.)


O que Roma diz:


Um trecho do discurso do Card. Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, ao falar na Plenária da Comissão para as relações religiosas com o Hebraísmo [leia-se Sionismo] que ocorreu no Vaticano, de 28 a 30 de outubro passados:
“Diante dos hebreus, o Santo Padre me encarregou de apresentar a questão de maneira correta: ‘Nostra aetate’ não foi minimamente colocada de novo em discussão pelo Magistério da Igreja, como o próprio Papa mais de uma vez o demonstrou com os seus discursos, os seus escritos e os seus gestos pessoais em relação ao Hebraísmo; uma reaproximação com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X não significa absolutamente que as posições da citada Fraternidade serão aceitas ou apoiadas”. [Grifos nossos.]

E a pergunta que não quer calar: o que Dom Fellay[1] espera de Roma? Essa Roma modernista denunciada pelo Fundador da FSSPX e que ainda não se converteu?

O discurso "dela" nunca mudou: "ela" não pretende se converter a nada! Deixou bem claro isso em “seus discursos, os seus escritos e os seus gestos pessoais”, basta mencionar: Assis (I, II, III...); os “recadinhos” deixados no anticristão Muro das Lamentações (dois Papas) na Jerusalém sionista; visitação (e autorizações para construção em Roma) de sinagogas, mesquitas e templos protestantes; a defesa declarada e escancarada do ecumenismo; orações públicas e privadas com hereges; reconhecimento de mulheres-padres e mulheres-bispos (ao convidá-las a participar de reuniões católicas ou ao rezar junto com elas ou ao permanecer no mesmo recinto público com elas); pulso firme contra os “tradicionalistas” e pulso fraco com os abusos litúrgicos e doutrinários que se esparram feito um câncer no tecido santo da Igreja.

Então, o que ainda espera dessa Roma, Dom Fellay?

Ele - com todo "respeito" - já deu demasiadas provas de ser crédulo demais para ser um líder. Seria também arrogante, por crer que apenas "ele" será capaz de converter Roma “por dentro”? Por acaso pode-se entrar em um chiqueiro sem se sujar? As consequências dessa nefasta aproximação já se viram.

Crédulo (foi enganado por uma vidente e - segundo "Dumb Ox", de Ignis Ardens - por Roma) e arrogante (novamente por causa da vidente que lhe profetizou um lugar na História da Igreja), pretende superar o Fundador, onde este “falhou”. Oras, Alguém acha mesmo que a Divina Providência não tem nada a ver com tudo isso? Não são os homens que agem, mas Ela!

Os tempos não estão maduros. Paciência e oração. Dom Lefebvre foi claro: “quando chegar um Papa católico”! 

Isto é: não se vai a Roma, se espera por uma Roma católica! Simples assim. O que há de indecifrável nisso?

Giulia d'Amore di Ugento



[1] “Dom”, porque fui “lembrada” que ele merece respeito. Eu optei pelo “Dom” não por isso – afinal já diz o velho ditado popular: “quem quer respeito se dê ao respeito” – mas por que é como Bispo que ele responderá diante de Deus por tudo que que anda fazendo. Quando possível corrigirei todos os post onde, indevidamente, o chamei simplesmente de "sr.".