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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A caminho da Roma modernista

Seguindo o propósito de publicar para que não escape da memória das pessoas, eu também, como muitos (e com todo tipo de intenção), publico o Comunicado de Menzingen, no qual oficialmente se expulsa, injusta e injustificadamente, um Príncipe da Igreja, em uma sequência de atos no mínimo equivocados do Superior Geral da FSSPX, cuja arrogância o leva cada vez mais longe nesse tipo de atuações. Em seguida, a minha opinião.  


Não é possível afastar o cálice!
Não é o servo maior do que o seu senhor.
Se a mim me perseguiram,
também vos perseguirão a vós
(S. João 15,5)


COMUNICADO OFICIAL DA CASA GERAL DA FSSPX EM MENZINGEN

 
Dom Richard Williamson, tendo se distanciado da direção e do governo da FSSPX há vários anos, e negando-se a manifestar o respeito e a obediência devidos aos seus superiores legítimos, foi declarado expulso da FSSPX por decisão do Superior Geral e do Conselho, aos 4 de outubro de 2012. Um último prazo lhe havia sido concedido para se conformar ao disposto, ao final do qual anunciou a divulgação de uma “carta aberta” pedindo ao Superior Geral que renunciasse.

Esta dolorosa decisão se fez necessária em atenção ao bem comum da Fraternidade São Pio X e de seu governo, em conformidade com o que Dom Lefebvre denunciava: “É a destruição da autoridade. Como se pode exercer a autoridade se é necessário que ela peça a todos os membros que participem do exercício da autoridade?” (Ecône, 29 de junho de 1987).

Dado em Menzingen, 24 de outubro de 2012.

DICI 

Claro, não poderia faltar uma frase do grande Fundador para justificar mais um desatino do sr. Fellay. E anterior a 1988. Típico. Certamente, as frases nas quais ele mesmo se condena são relegadas ao ostracismo, como acontece em muitas congregações que trancaram o fundador e seus escritos sob sete chaves. Pinça-se o que é útil, descontextualizando as frases como fazem os espíritas, que justificam sua doutrina em frases soltas das Escrituras, e os "ufólogos", que veem em cada nuvenzinha da Palavra um disco voador. O Mal precisa da Verdade para estabelecer o Império da Mentira. Menzingen sabe disso muito bem e age conforme. Mas... até quando? 

"E rogamos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviaí-vos deles". Rm 16,17.
Não sou dos que creem que a expulsão de Mons. Williamson seja um bem para a FSSPX, pois não há bem na divisão, outra obra do Mal. É ruim para a FSSPX, é ruim para a Igreja e é ruim para os fieis. É um tiro no pé, e isso o tempo o mostrará.  

Mas é o que há para hoje, e, por isso, agora que finalmente o sr. Fellay mostrou (parte de) sua cara, vamos seguir com o trabalho.

Contudo, não posso não pensar naqueles padres sérios que eu continuo a admirar e a aguardar um sinal de que estão vivos. Muito do que aprendi sobre a Igreja e as virtudes eu aprendi com eles, e não posso crer que tenham dois discursos: um para o púlpito e outro para a realidade do dia-a-dia. Obediência, Verdade, Roma... Isso sempre foi bem claro em seu falar sim, sim, não, não, mas não tenho visto isto ser claro na prática. Eu vejo hesitação e medo. Estou enganada?

Outro mal que advém dessa insana decisão é a completa agregação da Neo-FSSPX por Roma na Igreja conciliar à qual Mons. Lefebvre se orgulhava de nunca ter pertencido. O que mais quis dizer P. Steiner, o porta-voz da FSSPX da Alemanha, quando disse: "Esta decisão facilita com certeza as negociações (com Roma)"? 

Enfim, apesar da proibição ditatorial de acessar a internet, mantendo os fieis às escuras e sob o domínio de suas palavras, não poderá Menzingen esconder a Verdade por muito tempo. Certo dia a Verdade vai bater na cara de cada um dos que agora se recusam a enxergá-la. E Ela costuma bater doído.  

Que Deus tenha misericórdia dos que erram. Não pode haver duas Verdades irreconciliáveis. Ou o CVII é um mal, como dizia Mons. Lefebvre, ou é 95% aceitável e 5% discutível, como diz Mons. Fellay, sabendo que 1% de veneno é suficiente para causar males irreparáveis...

Não é a primeira vez que isso acontece na História da Igreja. Nem será a última.

Eu continuou com Mons. Lefebvre - que, apesar do que diz o Prior de São Paulo, não "sumiu" com sua morte, mas continua vivendo em seus escritos, em seu legado e na Comunhão dos Santos - e a verdadeira FSSPX, e apoio Mons. Williamson e Pe. Cardozo, que não mudaram o discurso ao sabor da moda.  

Giulia
Recado

 

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