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terça-feira, 21 de março de 2017

A surpresa de Francisco para Fellay

Acordo, sim... Acordo, não... E Fellay continua de papinho com Francisco. Você pensa que o Superior geral não pode mais lhe surpreender, mas ele vai lá e se supera! A ingenuidade (será?) desse senhor é de embasbacar!!! Mais de embasbacar ainda é a serenidade com que os padres, religiosos e fiéis da Neofrat continuam seguindo as quimeras fellayanas. Coisa de doido.  

Enfim, esse artigo é apenas para registro do óbvio. Como não pertenço nem quero pertencer à Igreja na qual Fellay quer entrar... se tem ou não tem acordo, não me interessa.  

Questionamento para os rallies: se Fellay vai "se reintegrar" à Igreja de Francisco é porque ele não está nela. Certo? Oras, se ele não está na Igreja de Francisco - e a Igreja de Francisco para Fellay é católica - isto significa que Fellay não está na Igreja Católica. Certo? Mas, por outro lado, se Fellay está na Igreja Católica... por que motivo quer se integrar à Igreja de Francisco? Entendeu ou preciso desenhar? 

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VATICANO – LEFEBVRE A UM PASSO DA ASSINATURA DO ACORDO. AS FOTOS DA POSSÍVEL NOVA SEDE EM ROMA


Marco Tosatti   


Fontes confiáveis me dizem que a FSSPX e o Vaticano estão a um passo do acordo. Na realidade, segundo algumas vozes, faltam apenas algumas assinaturas, e se está à espera que mons. Fellay dê os últimos retoques à sua situação interna [1], para chegar então ao retorno total e oficial, como uma Prelatura pessoal, dos lefebvrianos no seio da igreja de Roma. Deste modo, Francisco terá conseguido levar a termo um percurso que teve início no pontificado de Bento XVI [2], e que havia se estagnado por questões ideológicas doutrinárias; que, porém, agora, teriam sido superadas pela disponibilidade do Pontífice de não pedir que todos os pontos sobre os “is” sejam claros e definidos [3].   
1. Fellay precisa se certificar que os sapos estejam cozidos. 
2. Sim, Bento reabriu a questão, pois Mons. Lefebvre havia encerrado a conversa com as autoridades apóstatasaté que Roma se convertesse. As autoridades não são mais apóstatas? Roma se converteu? 
3. Sic! Retórica modernista ao vivo e a cores.  


De outro lado, também mons. Lefebvre escreveu que, se o Concílio Vaticano II fosse interpretado pela hermenêutica da continuidade [4], não haveria nenhum problema para uma comunhão total com Roma. E não há nenhum problema porque, dentro da Igreja, como já dizia Bento, o Concílio seja lido deste modo [5]. Na sequência disso, reportamos, de “Inter Multiplices Una Vox”, umas interessantes considerações desenvolvidas por Mons. Fellay em sua viagem à Polônia. E também dessas considerações, tendo as cautelas que o caso exige, se compreende que o clima pode estar maduro para um anúncio importante. De outro lado, o Pontífice tem uma certa simpatia pelos lefebvrianos de Lefebvre [6] (menos pelos tradicionalistas em seu quintal [7]), herdada, parece, da boa impressão que teve da Fraternidade quando era bispo de Buenos Aires
4. Sic! O que Mons. Lefebvre disse foi que não pertencia àquela Igreja. De onde tirou esse senhor que Mons. Lefebvre era pela hermenêutica da continuidade? Se chegou a assinar o alardeado Protocolo, o rechaçou logo a seguir, por se tratar de uma armadilha. A mesma que foi oferecida, de novo, a Fellay.  
5. A frase não faz sentido também em italiano.  
6. Há algum outro tipo de “lefebvriano”? Aliás... lefebvriano é a mãe! Mons. Lefebvre não fundou nenhuma religião. Por outro lado, Franceschiello tem simpatia pelo herético Fellay, talvez, não pelos “lefebvrianos” fiéis a Mons. Lefebvre!!!  
7. E, sobretudo, pelos verdadeiros católicos.  
No sermão, na Polônia, mons. Fellay desmentiu rumores relativos à aquisição de um imóvel de propriedade do Vicariato de Roma, “Santa Maria Immacolata all’Esquilino”, como futura sede da Fraternidade. E dizia a verdade. Mas, na realidade, na perspectiva de regularização das relações com a Santa Sé, a Fraternidade estaria interessada no complexo das “Suore Immacolate” de rua Monza, una ex-escola-internato, com uma igreja que dá para a rua. Aquele complexo poderia se tornar a nova sede romana da FSSPX. As fotos que veem são desse edifício.  




Durante a homilia da Missa celebrada na Polônia, em 3 de março de 2017, Mons. Bernard Fellay, Superior geral da Fraternidade São Pio X, voltou a falar sobre os rumore acerca de uma aquisição imobiliária em Roma. E os desmentiu, antes de fazer algumas precisões sobre o projeto de prelatura pessoal proposto à Fraternidade São Pio X no verão de 2015. Come havia já dito durante a entrevista dada à Radio Courtoisie [em espanhol], em 26 de janeiro de 2017, essa estrutura canônica corresponde às necessidades e ao apostolado da Fraternidade no mundo. 

Mons. Fellay declarou que a proposta escrita enviada por Roma à Fraternidade prevê que o prelado que chefiará essa nova estrutura canônica deverá ser um bispo. Como será designado? O Papa escolheria entre três nomes (lista tríplice) apresentados pela Fraternidade. É também previsto que sejam acordados à Fraternidade outros bispos auxiliares. 

E o Superior general acrescentou: “Tudo o que existe agora será reconhecido em todo o mundo. Também os fiéis. Eles farão parte desta prelatura [8] com o direito de receber os sacramentos e os ensinamentos por parte dos sacerdotes da Fraternidade. Será também possível acolher congregações religiosas, como em uma diocese: capuchinhos, beneditinos, carmelitas e outros… Esta prelatura é uma estrutura que não estará sob as autoridades dos bispos locais. Será autônoma” [sic!].  
8. Que meigo! Fellay já fala como um modernista, referindo-se ao protagonismo dos fiéis...   
Todavia, segundo Mons. Fellay, há um desenvolvimento ainda mais importante e interessante deste projeto de estrutura canônica: a mudança que se produziu dentro da Congregação pela Doutrina da Fé. A Fraternidade São Pio X poderá manter as suas objeções [9] contra a liberdade religiosa, o ecumenismo e a nova missa [10]. Estas funestas consequências do Concílio não são consideradas mais vinculantes ou como condições necessárias [sic!] para sermos reconhecidos inteiramente católicos [11]
9. HERESIAS não são meras OBJEÇÕES. É uma vergonha! Imagine que tipo de padres está formando nos seminários!!!  
10. Ou seja, Fellay colocará a Neofrat na estante multi-religiosa de Francisco, onde todas as religiões, crenças, seitas e sensibilidades religiosas vão conviver harmonicamente, como bons amiguinhos!!!  
11. Fellay, sacripanta!, eu sou católica e não preciso que um herege como Francisco me reconheça inteiramente católica
Mons. Fellay alude, aqui, às declarações de Mons. Guido Pozzo sobre a aceitação do Concílio Vaticano II, coisa que, segundo ele, não é mais critério de catolicidade [12]. Este mesmo ponto de vista foi reafirmado pelos bispos que foram visitar os seminários da Fraternidade São Pio X em 2015, com base no que foi acordado na reunião de 2014 com o cardeal Müller. 
12. Critério de catolicidade, Fellay, é rechaçar o Concílio Vaticano II!!! 
Em sua homilia, o Superior geral, sobre o assunto, afirmou: “nas discussões que tivemos com os bispos enviados por Roma, eles nos disseram que estas questões são questões abertas.” [Sic!] 

Por que Roma mudou sobre este ponto? Mons. Fellay crê que seja devido à gravidade da situação da Igreja e ao verdadeiro caos que reina nela [13]. Ele esclareceu as suas afirmações repetindo as palavras do cardeal Gerhard Ludwig Müller, que pediu à Fraternidade São Pio X para se unir a ele na luta contra os modernistas [14]. Contudo, ao mesmo tempo, a Congregação para os Religiosos crê que a Fraternidade seja sempre cismática, enquanto, ao contrário, Papa Francisco diz que ela é católica [15]. E acrescentou: “Há muitas contradições, há uma luta entre os bispos, entre os cardeais, uma situação nova... Roma não é mais unida, mas dividida [16]. A tal ponto que alguns creem que as coisas foram muito além. E nos dizem: ‘vocês devem fazer algo, vocês devem resistir’ [17]. 
13. Fellay crê que a crise na Igreja seja o motivo da mudança de Roma apóstata em relação a ele? Mas foi a própria Roma apóstata quem criou a crise, o caos!!! 
14. kkkk! Essa foi boa! Fellay é um pândego. SQN. Então, agora, Müller é um tradicionalista que combate modernistas? O mesmo que não crê na Imaculada Conceição?... Çei
15. Se o Francisco já diz que a Neofrat é católica... por que ela deve se reintegrar à Igreja do CVII?  
16. Pretensioso! Essa luta sempre houve! Mons. Lefebvre e Mons. Castro Mayer se insurgiram contra os modernistas desde o começo!!! E a divisão que há é entre modernistas xiitas e modernistas soft. Não há tradicionalistas sub Franciscus. 
17. Acordo é resistência? Me parece que não. 
Mons. Fellay também falou do apoio e das cartas que recebeu de bispos [modernistas], como já havia feito em sua entrevista à Radio Courtoisie. A propósito de outros bispos, disse: “Há os que falam, que resistem, nós não estamos sós”. Segundo ele: “se iniciou, na Igreja, toda uma obra de renovamento”. [18] 
18. Fellay enlouqueceu de vez! Até a terminologia dele é modernista. Não é "renovamento", mas "RESTAURAÇÃO", Fellay. O "renovamento" já veio: é o tal de "aggiornamento" que provocou esse caos todo!
Ao mesmo tempo, Mons. Fellay não é cego [Really?]: “Isto não significa que nós devemos nos precipitar [19], nós devemos proceder com uma grande prudência [20] e assegurar o nosso futuro colocando-nos em condições de impedir qualquer possibilidade de armadilha [Really?]. Consequentemente, em tal situação, nós não nos precipitamos”.
19. Claro, ele precisa terminar de cozinhar os sapos. Ele tem que ter certeza que, quando der aquele último passo, será seguido pela macacada! 
20. Fala o imprudente que desobedeceu às diretrizes de Mons. Lefebvre: só conversar com Roma quando ela se converter. Ela se converteu? Não. Então... 
Mons. Fellay falou também do interesse paradoxal [21] que o Papa Francisco tem pela Fraternidade São Pio X: “Um papa que não se importa com a doutrina, que se preocupa com as pessoas [22], e que nos conhece desde a Argentina. Ele apreciou o trabalho que fizemos lá [23], e, por isso, tem boas disposições [24] em relação a nós, enquanto, ao mesmo tempo, é contra o conservadorismo [25]. É como uma contradição [sic!]. Mas eu pude constatar, por diversas vezes, que ele é capaz de fazer verdadeiramente algo por nós” [26]
21. Tolinho... Fellay não entende nada de Bergoglio, como não entendia de Bento!... 
22. Quem escreveu a homilia dele? Um modernista? Quando vai começar a falar das periferias? O peixe morre pela boca: quem disser que Fellay não é modernista, mente! 
23. Hum... quando foi que, como bispo de Buenos Aires, ele “autorizou” a Missa em latim por lá? A quem ele chamou de carnavalescos quando foi eleito? A quem chamou de hereges apegados ao passado? 
24. Ó, se tem! Ele quer que a Neofrat faça parte da igreja ecumênica dele... 
25. Francisco é modernista, comunista e outros "istas". Aqui se trata de TRADICIONALISMO, que vai muito além do conservadorismo. Fellay não sabe disso? Ou se faz de besta? 
26. Por “nós”, pelos luteranos, pelos umbandistas, pelos muçulmanos... Nisso, tem razão!  
Para concluir, o Superior geral afirmou que ele não sabe se haverá um reconhecimento canônico [27]: “Vamos ou não rumo a um reconhecimento? Eu não o sei, não penso que sim [28], mas o Papa pode nos surpreender. Isto parece impossível, mas ele já o fez mais de uma vez... [29] Então, nós devemos continuar a rezar muito, a pedir a nossa Protetora, a Santa Virgem Maria, para continuar a nos guiar”. [30]   
27. Uê! Então, porque desse lero-lero todo? Ou mente ou é muito tonto! Me poupe, se poupe, nos poupe, Fellay! 
28. Achava que mentir fosse pecado... 
29. O que ele fez “mais de uma vez”? Surpreender os católicos com suas animaladas? Verdade! Surpreender os católicos com ações católicas?... É ruim, ein? 
30. A coisa que mais me aborrece nele talvez seja o fato de ele colocar no meio dessa traição a Santa Virgem... como fazem os modernistas. Peraí... mas ele é modernista! Nada de novo debaixo do sol. 

Fonte: http://www.marcotosatti.com/2017/03/20/vaticano-lefebvre-a-un-passo-dalla-firma-dellaccordo-le-foto-della-possibile-nuova-sede-a-roma
Tradução, grifos e [notas]: Giulia d’Amore


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