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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Há duas famílias!

Qual destas duas famílias é livre?

qual é escrava?


Bem, a primeira é livre, exerce plenamente o direito de escolher o que fazer, quantos filhos vai ter, o que vestir, o que assistir na TV, qual religião professar. Busca a felicidade a qualquer preço. Foge da dor e do sofrimento. Abomina o envelhecimento natural e persegue a juventude eterna. É a favor da eutanásia e do aborto: não para si, claro, mas como solução de saúde pública para "resolver problemas" a posteriori. Casa e separa com naturalidade; e cada vez mais escolhe não casar, porque é mais prático, mais barato e, afinal, um papel não significa nada, não obriga ninguém. Diz que ninguém é de ninguém, afinal o que importa é ser feliz, e "se eu não sou feliz, minha família não é feliz"... camuflando, com uma pretensiosa generosidade, um egoísmo sem fim: eu em primeiro lugar! Rejeita a autoridade, qualquer uma, afinal é autossuficiente e se autodetermina: sou adulto! Dispensa os conselhos dos sacerdotes, mas prontamente atende ao guru da moda ou ao horóscopo publicado em um jornal. Ou copia, tim tim por tim tim, a vida desregrada e sem sentido de alguma celebridade: isto, sim, é a verdade! Não presta o devido culto de adoração a Deus, porque domingo é dia de descanso! Afinal trabalhou a semana toda e merece curtir com os amigos, assistir ao futebol, ou simplesmente dormir o dia inteiro, largado em um sofá.  Já basta o patrão ter enchido a paciência a semana toda, não vai ouvir sermão de padre no domingo e corrigir sua vida!!! Não pensa no entardecer da vida, quando tiver que partir desta terra e receber a justa recompensa ou condenação, porque acomodou seu pensamento em acreditar que o inferno não existe e que todos vão se salvar, porque Deus é bonzinho! Para esta família o inferno é aqui na terra mesmo, e depois será só alegria e curtição. Bem, de repente nem tem um depois e para que se preocupar então em ser "certinho"? Ninguém voltou para contar como é! Esta família pode ser próspera ou não, caridosa ou não, educada ou não, mas é vazia e cega. Expulsou Nosso Senhor e Salvador de sua vida e já nem olha mais para Ele com peso na consciência, porque a culpa é coisa da Igreja para dominar as pessoas. Criou outro deus, à sua imagem e semelhança que tudo permite e tudo aceita, inclusive um culto ofensivo em Seus altares sagrados. Não há limites para os sacrilégios e as profanações. Porque o que conta mesmo é ser feliz. Mesmo que seja uma felicidade barata, efêmera e profundamente dolorosa na ressaca. Mesmo que se perca a dignidade e se chafurde na lama, com um sorriso na cara para demonstrar satisfação e independência. Afinal... todo mundo faz o mesmo! Todos se vestem assim! Todos falam assim! Todos assistem a tal filme indecente e corruptor da moral! Todos se divorciam, porque quando não dá certo é melhor assim... pelos filhos, sabe? A liberdade é um direito inalienável do ser humano, como a felicidade e a autodeterminação. Bem, se precisar, no fim de minha vida – porque vou viver muito e só vou morrer quando eu quiser – me emendo, se for o caso; qualquer coisa, eu convenço Deus que sou um cara legal, porque, afinal, não matei ninguém, não roubei ninguém...


A segunda família, é escrava da Verdade: não pretende ter direitos que não lhe cabem, se veste com decência, não assiste a programas imorais e não conhece a liberdade de religião, porque liberdade não é fazer o que bem se quer, mas ajustar sua conduta à vontade de Deus. Somos livres, sim, de amar a Deus, dentro de suas Leis. Esta família sofre com resignação as dores, as doenças e as tribulações que a vida traz; aceita serenamente a vontade de Deus e O vê em tudo o que acontece em sua vida: no melhor e no pior, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza... porque tudo nos vem de Deus e a Ele devemos graças. Recebe de bom grado todos os filhos que a Providência manda; vive uma vida digna, regrada e austera, toda ofertada a Deus; presta-Lhe o devido culto, segundo as normas da Igreja — a verdadeira Igreja, que firma seu Magistério nas Escrituras e na Tradição, e não se "atualiza" ao sabor da moda, dos tempos e dos pensamentos humanos: afinal Cristo é perfeito e nos deixou uma Igreja perfeita no tempo e no espaço, que não precisa de correções e atualizações em seus ritos e liturgias, para se adequar ao homem. Cristo continua atual e Sua palavra também. Nada mudou. Esta família reza no lar e na Igreja o Sagrado Terço ensinado por Nossa Senhora, que o adornou de três profundos e perfeitos mistérios – e também não necessita de "atualização" com mistérios inventados por mente humana, como querendo corrigir um "esquecimento" de Nossa amantíssima Mãe. Educa os filhos por Suas Leis e os repreende e os corrige; aconselha-se com o padre, o alter Christu; busca os Sacramentos como fim único de sua vida e quando chega a hora da morte, entrega sua alma tranquilamente nas mãos de Deus para ser julgado, segundo Justiça.

Qual é a sua família?

Você prefere a falsa "liberdade" mundana ou a escravidão em Cristo teu Salvador?

Pense bem, porque só temos esta vida; esta já é a segunda chance, porque o batismo (a primeira chance) já nos livrou do pecado original, agora é por nossa conta.

A Graça não tem obrigação de bater de novo à tua porta... se você diz não hoje, amanhã Ela pode não voltar mais. Aliás, você pode garantir que estará vivo amanhã?

de Giulia d'Amore 


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